Em maio de 2015, um artigo do jornal The New York Times teve repercussão impressionante. Nele, o professor Aaron Carroll, da escola de medicina da Indiana University, encorajava as pessoas a aumentar seu consumo de café de três para cinco copos diários, pelos benefícios da bebida à saúde humana – contra câncer, contra mal de Alzheimer, contra problemas cardíacos. (Nos EUA, o café vem em copo, porém, como é bem mais fraco, a recomendação seria de cinco xícaras também para nós.) A real explicação para o sucesso do texto? Carroll foi uma autoridade que endossou um hábito cultivado desde o século 19: tomar café para aumentar a produtividade no trabalho.
Segundo especialistas diversos, o café deixa as pessoas em maior estado de prontidão, mais criativas e mais aptas a aprender rapidamente – portanto, mais produtivas. No universo da gestão de negócios, a pergunta que nos fazemos é se existem soluções tão poderosas como o café para aumentar a produtividade de organizações inteiras e ainda torná-las mais saudáveis.
Um dos grandes nomes dessa área, Bob Fifer, autor do best-seller Dobre Seus Lucros, entrevistado com exclusividade por nós nesta revista, garante que sim. E, em nosso Dossiê sobre produtividade, especialistas das maiores consultorias mundiais e de escolas de negócios como o Insper concordam com ele. Só que, no caso das empresas, a receita da produtividade talvez sejam 15 xícaras de café por dia, servidas de quatro bules – o da eficiência organizacional, o da eficiência operacional, o da eficiência comercial e o da eficiência do capital.
Sabedores da importância da produtividade para o Brasil e nossas empresas, e conscientes de que a probabilidade de conseguir implementar as soluções que a alavancam aumenta em tempos de crise, produzimos esta edição especial com um Dossiê ampliado, no qual descrevemos detalhadamente as 15 soluções para que incorporá-las seja fácil, e sustentá-las no longo prazo, ainda mais. Não é só isso, contudo, que torna especial a presente edição: trazemos uma reportagem de leitura obrigatória sobre o futuro.
Com base no que acontece em uma cidade dos Estados Unidos onde a inexistência de trabalho virou a regra, desenham-se três cenários (que possivelmente vão sobrepor-se) para um mundo em que as máquinas substituirão a maior parte da mão de obra humana. Trata-se de um assunto muitas vezes abstrato, mas indicadores diversos comprovam que esse futuro está em curso, ainda que lentamente, e o debate do Fórum Econômico Mundial de janeiro deixou isso cristalino. Curiosamente, publicamos na mesma edição o estudo Melhores Empresas para Trabalhar na América Latina 2016, do Great Place to Work.
Empresas com excelência em gestão de pessoas são um alento e um contraponto fundamental. Aliás, sinto orgulho em dizer que a Unimonte, empresa-irmã da HSM controlada pelo grupo Ânima, aparece entre as cem campeãs. Outro conteúdo que faz esta revista única é o utilíssimo artigo do cofundador da HSM José Salibi Neto, sobre a nova visão das empresas como plataformas de negócios. Traduz bem o foco de HSM Management na gestão a um só tempo avançada e prática. Por fim, os textos sobre a revolução do blockchain/bitcoin (não é o que você pensa), o Airbnb, o Tinder e a Samarco não podem faltar em minhas sugestões de leitura. Com café.