Uncategorized

20 anos em 2

Na International Paper, o jovem trainee observa a intensidade da experiência de adquirir muitas competências em poucos anos, mas diz ter tempo para fazer pós-graduação, pedalar e jogar futebol
Sofia Esteves Fundadora, sócia e presidente do grupo de consultoria DMRH. Adriana Chaves Sócia do grupo DMRH, responsável pela divisão de desenvolvimento e carreira.

Compartilhar:

Nascido em Barra Bonita, no interior paulista, Bruno Teixeira ouviu o mesmo discurso durante toda a sua graduação em direito: “Você tem três opções de carreira: ser juiz, promotor ou advogado”. Foi fazer estágio no departamento tributário da International Paper (IP). Logo descobriu que o conhecimento teórico aprendido não era suficiente para o dia a dia do ambiente corporativo. Era uma crise? Ele encarou como uma oportunidade e acabou aprendendo muito, em especial sobre habilidades comportamentais. O novo conhecimento lhe abriu novas portas, sua história começou a ser reescrita. Após experiências acadêmicas na Atlética da faculdade, foi, pela organização estudantil global Aiesec, atuar em Moçambique, responsável por montar planos de negócios para investidores. Viveu um ano no país africano, depois de ter concluído sua formação acadêmica nos Estados Unidos. 

De volta ao Brasil, retornou para a IP, por meio do processo seletivo do programa de trainees na área jurídica, mas era só o começo. O slogan do programa lhe dava a segurança de ter entrado em uma empresa onde os profissionais crescem: “Infinitas possibilidades, seja protagonista de sua carreira”. Passou os três primeiros meses na área jurídica da divisão de negócios de papéis e, por meio da job rotation, experimentando projetos específicos, estruturados em diferentes áreas: supply, sourcing, área comercial, divisão de negócios de embalagens – esta é o negócio-fim atualmente estabelecido. Como tem sido a experiência? “Emocionante”, define ele. 

O trainee é exposto o tempo todo à alta liderança da empresa. “Tenho também a possibilidade de viver 20 anos em 2”, completa, por aprender muito em pouco tempo. Bruno aprecia especialmente uma ferramenta denominada “One-to-One”, bate-papo com o gestor ou qualquer outra pessoa da empresa que aborda aspectos sobre a carreira, possibilidades dentro da organização e feedback e pode ocorrer sempre que o trainee ou seu gestor acharem necessário. A conversa ocorre, no mínimo, a cada três meses. Trata-se de algo tão valorizado pela empresa que qualquer compromisso pode ser desmarcado na IP, menos as reuniões One-to-One. 

**O PROGRAMA**

O programa de trainees da IP dura dois anos, sendo um e meio em rotação de cargos e meio na potencial área-fim. O aprendizado se distribui na filosofia 70:20:10. Se 70% do conhecimento se aprende na prática, 20% vêm de treinamentos (em temas como liderança, gestão de conflitos e adversidade) e 10%, de mentoria e coaching. Além de ter seu gestor, todo trainee ganha um coach e um sponsor (este é um dos diretores). 

O primeiro o acompanha nas várias etapas do processo; o segundo o orienta sobre a carreira. Perto do final, o jovem se reúne com gestores, diretores, coaches e RH, e, juntos, eles identificam áreas de oportunidade para que possa dar sequência a sua carreira. Bruno está feliz: vai de bike ao trabalho em 25 minutos, cursa pós-graduação na FGV e joga futebol nas horas vagas.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Empreendedorismo
Esse ponto sensível não atinge somente grandes corporações; com o surgimento de novas ferramentas de tecnologias, a falta de profissionais qualificados e preparados alcança também as pequenas e médias empresas, ou seja, o ecossistema de empreendedorismo no país

Hilton Menezes

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A Inteligência Artificial Generativa (GenAI) redefine a experiência do cliente ao unir personalização em escala e empatia, transformando interações operacionais em conexões estratégicas, enquanto equilibra inovação, conformidade regulatória e humanização para gerar valor duradouro

Carla Melhado

5 min de leitura
Uncategorized
A inovação vai além das ideias: exige criatividade, execução disciplinada e captação de recursos. Com métodos estruturados, parcerias estratégicas e projetos bem elaborados, é possível transformar visões em impactos reais.

Eline Casasola

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A IA é um espelho da humanidade: reflete nossos avanços, mas também nossos vieses e falhas. Enquanto otimiza processos, expõe dilemas éticos profundos, exigindo transparência, educação e responsabilidade para que a tecnologia sirva à sociedade, e não a domine.

Átila Persici

9 min de leitura
ESG

Luiza Caixe Metzner

4 min de leitura
Finanças
A inovação em rede é essencial para impulsionar P&D e enfrentar desafios globais, como a descarbonização, mas exige estratégias claras, governança robusta e integração entre atores para superar mitos e maximizar o impacto dos investimentos em ciência e tecnologia

Clarisse Gomes

8 min de leitura
Empreendedorismo
O empreendedorismo no Brasil avança com 90 milhões de aspirantes, enquanto a advocacia se moderniza com dados e estratégias inovadoras, mostrando que sucesso exige resiliência, visão de longo prazo e preparo para as oportunidades do futuro

André Coura e Antônio Silvério Neto

5 min de leitura
ESG
A atualização da NR-1, que inclui riscos psicossociais a partir de 2025, exige uma gestão de riscos mais estratégica e integrada, abrindo oportunidades para empresas que adotarem tecnologia e prevenção como vantagem competitiva, reduzindo custos e fortalecendo a saúde organizacional.

Rodrigo Tanus

8 min de leitura
ESG
O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

Charles Schweitzer

5 min de leitura
Finanças
Com projeções de US$ 525 bilhões até 2030, a Creator Economy busca superar desafios como dependência de algoritmos e desigualdade na monetização, adotando ferramentas financeiras e estratégias inovadoras.

Paulo Robilloti

6 min de leitura