Três startups similares haviam jogado a toalha, mas ela conseguiu arrecadar mais de US$ 126 milhões em capital. Mediante US$ 99 (inicialmente, US$ 299, mas o preço foi reduzido) e com uma amostra da saliva do consumidor, a companhia de exames genéticos 23andMe crescia informando como as pessoas poderiam viver mais e melhor, indicando a propensão delas a determinadas doenças e viabilizando medidas preventivas, além de lhes contar curiosidades. Então, no final de 2013, a empresa foi proibida pela Food and Drugs Administration de vender tais informações a clientes, mediante argumentos de que faltam provas de sua eficácia. Os temores são de que um erro no resultado provoque tragédias pessoais e de que haja invasão de privacidade (se os dados vazarem para planos de saúde, por exemplo). A empresa foi fundada em 2006 por Anne Wojcicki, bióloga, ex-funcionária em Wall Street e esposa do cofundador do Google Sergey Brin até alguns meses atrás, quando o casal anunciou a separação. E segue operando, à espera de uma mudança de posição da FDA em face de provas de eficácia e de utilidade: além de estimularem a abordagem preventiva à saúde, esses mapas genéticos podem orientar o desenvolvimento de drogas e tratamentos. Fica a questão: como equilibrar risco e recompensa na inovação?