Quando a empresa começa a investir em marketing digital, o que nos vem à mente, em geral, são canais como email marketing, compra de anúncios, redes sociais etc. No entanto, para isso tudo funcionar, é preciso de uma base forte.
Assim como a fundação faz toda a diferença e não construímos uma casa em terreno instável, não faz sentido pensar em canais e escalar os investimentos neles se a base não for muito sólida. Muitas vezes o que acreditamos ser problemas nas técnicas ou linguagem, são na verdade problemas mais profundos, nesses 4 elementos fundamentais:
## Satisfação com o produto
Não há estratégia de marketing e aquisição que salve um produto ruim. Se partirmos do pressuposto que [Marketing hoje tem a ver com ajudar as pessoas](https://www.instagram.com/p/CDxH68TA-wB/), indicar um produto ruim não vai se encaixar na estratégia. Mais do que isso, mesmo que você force a venda, a verdade vai fluir muito mais naturalmente em um mundo super conectado. Vai ser difícil não ter clientes relatando experiências ruins ou indicando outros produtos melhores e, no médio a longo o prazo, o fracasso será certo.
Tem quem pense em começar a vender agora para ir melhorando a experiência com o produto depois. O problema é que, muitas vezes, melhorar a experiência tem a ver com encontrar o cliente ideal e saber trabalhar bem a expectativa criada por ele. Ambas as coisas impactam muito o [processo de aquisição de clientes](https://revistahsm.com.br/post/a-cura-para-o-trauma-na-digitalizacao-de-marketing-e-vendas), logo podem demandar começar tudo do zero e desperdiçar muitos dos esforços e investimentos.
O melhor indicador de que temos algo relevante é uma alta retenção: é o cliente continuar voltando sempre e comprando mais. Mas como saber de forma precisa a retenção é algo que pode levar muito tempo, é viável olhar para indicadores intermediários.
Pesquisas como [NPS](https://hsmuniversity.com.br/blog/o-que-e-o-net-promoter-score/) ou quão insatisfeito o cliente ficaria se o produto deixasse de existir podem ajudar nisso.
## Conhecimento profundo sobre o público
Entender muito bem quem é a buyer persona e como é sua jornada de compra é fundamental para conseguir desenhar uma estratégia adequada.
É isso que vai determinar o conteúdo, o tom de voz, os canais de aquisição e de relacionamento, o tipo de benefício do produto que vai ser evidenciado na comunicação, entre outras coisas. Ter isso mapeado facilita todo o resto do processo.
Perguntas como “devo falar sobre o tema A ou sobre o tema B?” têm a ver com o quanto isso faz parte da jornada do cliente. Perguntas como “estar na rede social A ou na rede social B?” têm a ver com onde esse cliente está e qual ferramenta é mais presente no seu dia a dia. É daí que devem vir as definições.
## Entendimento do posicionamento ideal
Por que você é diferente? Por que um cliente escolhe você e não a concorrência?
Um posicionamento adequado reflete aquilo que naturalmente os clientes sentem. Não é uma simples definição da empresa, não é o que ela fala. É o que acontece na prática, é a experiência do cliente com a sua empresa em todos os pontos de contato.
A comunicação vai servir de reforço. Entender isso vai ajudar você a passar mais verdade no seu conteúdo e definir os argumentos-chave.
## Domínio da matemática do produto
Quanto um cliente gasta com sua empresa? Quanto é gasto pela empresa para produzir o produto ou entregar o serviço? Quanto sobra de margem nessa conta? E dessa margem, quanto estou disposto a colocar em marketing e vendas para a estratégia de aquisição?
O processo de aquisição de clientes depende fundamentalmente dessa conta. A aquisição não funciona só quando trazemos clientes. Ela funciona quando trazemos clientes em uma conta que faça sentido.