Cultura organizacional, Estratégia e execução

Festival Teal Brasil mostra amadurecimento das organizações evolutivas no Brasil

Cinco anos depois do lançamento de Reinventando as Organizações, evento apresenta o panorama atual das organizações com práticas evolutivas no Brasil

Maria Clara Lopes

Maria Clara Lopes é colaboradora da revista HSM Management....

Compartilhar:

Passados menos de dez anos do lançamento da primeira edição em inglês do livro *Reinventando as Organizações* e praticamente cinco anos da edição brasileira, o Festival Teal Brasil mostra o que acontece quando iniciativas buscam formas de responder a pergunta original que Frederic Laloux fez em 2014: “E se fosse possível reinventar as organizações?”.

O evento online, que acontece hoje, 10 de novembro, oferece aos participantes um panorama amplo e diverso de várias iniciativas nacionais que apontam um amadurecimento do movimento teal no Brasil, iniciado em 2017, com o lançamento do livro. “Começamos por ele para criar uma linguagem e ter um contexto para podermos falar sobre essa nova proposta”, explica Henry Goldsmid, fundador do Teal Brasil. “Com 15 mil exemplares vendidos, centenas de empresas e milhares de pessoas foram impactadas pela mensagem do livro. É uma porta de entrada poderosa para elas”, avalia ele.

Impacto que, ao longo do tempo, se transformou em histórias reais de empresas com iniciativas teal que transcendem a teoria, como mostra o evento. “É a provocação que o Teal Brasil veio fazer”, diz Goldsmid. “A gente amadureceu, a visão das pessoas não é mais tão distinta da nossa, já há uma linguagem e principalmente temos casos, realidades, fatos e dados para mostrar”.

## Resultado
Quando o tema das empresas mais humanizadas vêm à tona, junto surge uma antiga discussão: e a execução? E o resultado, como fica? Para Goldsmid, essa pergunta é um refúgio comum daqueles que acreditam que apenas a mentalidade de “comando e controle” garante mais eficiência. “Não se vê que uma consciência que dá mais autonomia e considera as relações pode gerar tanto quanto ou mais resultados”, pondera ele.

Ele lembra que o resultado nasce da alquimia de engajamento, maestria e autonomia das pessoas. “O movimento teal coloca em pauta quais são os mecanismos que distribuem poder, que dão autonomia, que consideram as relações e que não perdem performance”, destaca.

## O festival
Dividido em dois blocos, o festival fomenta tanto a inspiração quanto a ação nos participantes. No primeiro, palestrantes convidados – Alexandre Pellaes, Marcelle Xavier (Instituto Amuta), Marcelo Cardoso (CHIE), e Pedro Paro (Humanizadas) – buscam ampliar a compreensão e compartilhar novas visões de mundo com o público.

A segunda parte foca na partilha de triunfos e desafios que 18 casos brasileiros viveram (e ainda vivem) em suas jornadas evolutivas. Empresas como Vagas.com, Roche, Mercur, Natura, CPI Tegus e Anga&Din4mo, grupo do qual faz parte a Editora Qura, que publica __HSM Management__. O encerramento será feito pelo próprio Frederic Laloux, diretamente de Nova York.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Segredos para um bom processo de discovery

Com a evolução da agenda de transformação digital e a adoção de metodologias ágeis, as empresas se viram frente ao desafio de gerar ideias, explorar

Sim, a antropologia é “as a service”

Como o ferramental dessa ciência se bem aplicado e conectado em momentos decisivos de projetos transforma o resultado de jornadas do consumidor e clientes, passando por lançamento de produtos ou até de calibragem de público-alvo.

Sua empresa pratica o carewashing?

Uma empresa contrata uma palestra de gerenciamento de tempo para melhorar o bem-estar das pessoas. Durante o workshop, os participantes recebem um e-mail da liderança