Liderança

Qual é o segredo de uma boa estratégia de employer branding?

Dicas de ouro para quem quer começar nesta jornada e ter sucesso.
Graduada em psicologia, com carreira formada em grandes empresas, como Johnson&Johnson e Phillips. Na área de gestão de pessoas, Arraes atuou focada também em estratégia de pessoas, crescimento e desenvolvimento de equipe.

Compartilhar:

A velha máxima: “quem não é visto, não é lembrado” remete à importância de fazer-se visível, e, portanto, não cair em esquecimento ou mesmo perder seu espaço para outros. Diferentes marcas e produtos fortes e consolidados investem incessantemente em ações que ajudam a manter sua já alta familiaridade juntos aos clientes e/ou consumidores, convertendo consideração e desejo em efetiva compra ou consumo. 

Quando falamos de marca empregadora, como aplicar estratégias para se tornar relevante e entrar para a liga das empresas dos sonhos?  

Além de tornar os esforços de atração e contratação mais simples, uma marca empregadora forte contribui diretamente para o engajamento dos atuais talentos. O cada-vez-mais-debatido “employer branding” é uma excelente oportunidade de atuar de forma multidisciplinar, pois se inspira em marketing, navega forte pelas ondas da tecnologia, e se espelha totalmente na estratégia de negócio, para finalmente culminar em uma fascinante disciplina liderada por RH.  

Para quem quer começar e não sabe como, sugiro atenção aos quatro passos a seguir.

## Diagnóstico

Uma primeira dica é examinar de forma profunda a identidade da empresa. Uma boa forma de fazer isso é verificar dados das pesquisas de engajamento, se existirem. Outra maneira é realizando entrevistas e/ou grupos focais, com públicos bem diversos, de maneira a tirar uma foto completa sobre: 

1. **Os aspectos culturais**: como explicam a empresa, o ambiente de trabalho.

2. **A experiência de quem trabalha ali**: porque escolheram a empresa e o que mantém as pessoas conectada a ela.

3. **Os atributos que diferenciam a empresa**: o que as pessoas acham incrível e aquilo que precisa melhorar. 

Realizando este diagnóstico, pode-se organizar as descobertas em drivers de atratividade, que a Universum Global organiza em quatro grandes categorias: reputação e imagem, pessoas e cultura, remuneração e benefícios, conteúdo e características do trabalho. Cada categoria desta agrupa uma lista de atributos. 

## Estratégia de comunicação

O passo seguinte é definir uma estratégia de comunicação clara: conteúdo, mensagens, formatos, canais, frequência, identidade visual. Você pode começar aos poucos e ir expandindo, porém defina já desde o início como o fará. Vale aqui unir forças com a área de marketing e comunicação, o que costuma dar bastante certo. 

## Público-alvo

Em seguida, identifique seu público-alvo: defina bem com quem você deseja se comunicar sobre sua marca empregadora. Mirar em todos é pouco eficaz e produzirá baixo retorno. Dividir e conquistar costuma funcionar muito melhor neste passo. 

Identifique sua “dor”, entenda que tipo de perfis costumam demandar muitos esforços de atração. Podem ser, por exemplo, vagas demoradas ou difíceis de encontrar, ou mesmo posições que têm alto volume e requerem uma atuação constante de recrutamento e seleção. Escolha suas batalhas e, sem dúvida, terá resultados mais interessantes!

## Da porta para dentro

Finalmente, cuide bem das suas pessoas e as valorize na sua estratégia de EB. De nada adianta ter ações que causam encantamento a quem te vê de fora se as pessoas que estão hoje experimentando seu ambiente de trabalho estão descontentes. 

Portanto, olhe sempre para dentro, garanta que a experiência do funcionário corrobore a experiência do candidato. Valorize os talentos internos contando suas histórias, envolva-os em sua estratégia de EB a todo momento. 

Prepare-os para serem seus embaixadores e dê a eles um papel protagonista no seu plano: tanto colaboradores como lideranças. Juntos, pode-se ir mais longe e com muito mais agilidade.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Tecnologia e inovação, Empreendedorismo
6 min de leitura
Inovação
Cinco etapas, passo a passo, ajudam você a conseguir o capital para levar seu sonho adiante

Eline Casasola

4 min de leitura
Transformação Digital, Inteligência artificial e gestão
Foco no resultado na era da IA: agilidade como alavanca para a estratégia do negócio acelerada pelo uso da inteligência artificial.
12 min de leitura
Negociação
Em tempos de transformação acelerada, onde cenários mudam mais rápido do que as estratégias conseguem acompanhar, a negociação se tornou muito mais do que uma habilidade tática. Negociar, hoje, é um ato de consciência.

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Inclusão
Imagine estar ao lado de fora de uma casa com dezenas de portas, mas todas trancadas. Você tem as chaves certas — seu talento, sua formação, sua vontade de crescer — mas do outro lado, ninguém gira a maçaneta. É assim que muitas pessoas com deficiência se sentem ao tentar acessar o mercado de trabalho.

Carolina Ignarra

4 min de leitura
Saúde Mental
Desenvolver lideranças e ter ferramentas de suporte são dois dos melhores para caminhos para as empresas lidarem com o desafio que, agora, é também uma obrigação legal

Natalia Ubilla

4 min min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
Cris Sabbag, COO da Talento Sênior, e Marcos Inocêncio, então vice-presidente da epharma, discutem o modelo de contratação “talent as a service”, que permite às empresas aproveitar as habilidades de gestores experientes

Coluna Talento Sênior

4 min de leitura
Uncategorized, Inteligência Artificial

Coluna GEP

5 min de leitura
Cobertura de evento
Cobertura HSM Management do “evento de eventos” mostra como o tempo de conexão pode ser mais bem investido para alavancar o aprendizado

Redação HSM Management

2 min de leitura