Uncategorized

VOCÊ PRECISA PENSAR PEQUENO

Os makers passam a simbolizar uma nova geração de pessoas que consomem diferente; para alcançá-los, é preciso mudar o mindset
é cofundador da Bolha, estúdio de tecnologia criativa especializado em projetos unindo hardware, software e experiência.

Compartilhar:

Estamos vivendo uma era de grande evolução que vem gerando uma revolução nas ofertas e demandas relacionadas a tecnologia. Internet das coisas (IoT), _wearables_, fabricação digital, realidade virtual e aumentada – essas são as tecnologias que já estão no mindset de todos para criar produtos e demandas inovadoras em busca de experiências marcantes.Aqui na Bolha, chamamos isso de tecnologia criativa. 

Conhece os makers? Estão deixando de ser uma tribo de entusiastas de tecnologia criativa para se tornar o símbolo de uma nova geração.As crianças que chegarão ao mercado nos próximos anos já são makers, mesmo que ainda não saibam disso. Elas vão querer mudar o mundo e terão as ferramentas e o conhecimento para fazer isso. Também consumirão de maneira diferente. Serão mais refratárias à propaganda tradicional, que apenas entrega uma mensagem, seja por texto, foto ou vídeo. Para atingi-las, será preciso criar experiências. 

Como as empresas podem alcançar esse novo tipo de consumidor? Usando a tecnologia criativa para criar tais experiências. E o setor de comunicação pode ser a porta de entrada disso em uma organização. Tecnologia de ponta ainda custa caro, sobretudo em um país com tantas barreiras – sociais, cambiais, burocráticas – como o nosso. O marketing pode investir o necessário para criar produtos que ainda não são viáveis em escala, sob a justificativa de promover uma marca e trazê-la para um contexto de inovação. 

Atuando nesse mercado, desenvolvemos algumas ações de grande repercussão, como um baile no qual máscaras brilhavam quando seus portadores se aproximavam de alguém com perfil social semelhante, um ônibus que circulava virtualmente em Barcelona enquanto rodava por Florianópolis, uma pista de carrinhos de corrida controlados pela mente – experiências memoráveis, alinhadas à revolução tech em curso e que geraram real relevância para as marcas. 

E é claro que a tecnologia criativa não precisa ficar limitada a ações de marketing. Uma empresa pode usá-la para desenvolver produtos e aprimorar processos. Basta a (difícil) mudança cultural para que isso aconteça. O jeito maker de criar requer pesquisa, prototipagem, compartilhamento de ideias e o compromisso de falhar rápido – muito diferente do que faz uma organização estabelecida. E o propósito maker é gerar conhecimento, não dividendos. 

Quer surfar essa onda no Brasil? Pense pequeno.Apoie iniciativas makers, ouça quem entende, invista em um projeto. Algumas empresas já estão fazendo isso. 

“A COMUNICAÇÃO PODE SER A PORTA DE ENTRADA PARA AS EMPRESAS SE RELACIONAREM COM OS NOVOS CONSUMIDORES, POR OFERECER EXPERIÊNCIA E SAIR MAIS BARATO “

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Tecnologias exponenciais
A IA não é só para tech giants: um plano passo a passo para líderes transformarem colaboradores comuns em cientistas de dados — usando ChatGPT, SQL e 360 horas de aprendizado aplicado

Rodrigo Magnago

21 min de leitura
ESG
No lugar de fechar as portas para os jovens, cerque-os de mentores e, por que não, ofereça um exemplar do clássico americano para cada um – eles sentirão que não fazem apenas parte de um grupo estereotipado, mas que são apenas jovens

Daniela Diniz

05 min de leitura
Empreendedorismo
O Brasil já tem 408 startups de impacto – 79% focadas em soluções ambientais. Mas o verdadeiro potencial está na combinação entre propósito e tecnologia: ferramentas digitais não só ampliam o alcance dessas iniciativas, como criam um ecossistema de inovação sustentável e escalável

Bruno Padredi

7 min de leitura
Finanças
Enquanto mulheres recebem migalhas do venture capital, fundos como Moon Capital e redes como Sororitê mostram o caminho: investir em empreendedoras não é ‘caridade’ — é fechar a torneira do vazamento de talentos e ideias que movem a economia

Ana Fontes

5 min de leitura
Empreendedorismo
Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Ivan Cruz

7 min de leitura
ESG
Resgatar nossas bases pode ser a resposta para enfrentar esta epidemia

Lilian Cruz

5 min de leitura
Liderança
Como a promessa de autonomia virou um sistema de controle digital – e o que podemos fazer para resgatar a confiança no ambiente híbrido.

Átila Persici

0 min de leitura
Liderança
Rússia vs. Ucrânia, empresas globais fracassando, conflitos pessoais: o que têm em comum? Narrativas não questionadas. A chave para paz e negócios está em ressignificar as histórias que guiam nações, organizações e pessoas

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Empreendedorismo
Macro ou micro reducionismo? O verdadeiro desafio das organizações está em equilibrar análise sistêmica e ação concreta – nem tudo se explica só pela cultura da empresa ou por comportamentos individuais

Manoel Pimentel

0 min de leitura
Gestão de Pessoas
Aprender algo novo, como tocar bateria, revela insights poderosos sobre feedback, confiança e a importância de se manter na zona de aprendizagem

Isabela Corrêa

0 min de leitura