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GESTÃO DA MUDANÇA OU GESTÃO DA TRANSFORMAÇÃO?

A resposta pode estar no exemplo de expansão disruptiva de uma empresa da área de saúde

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Desafiado a resumir os ensinamentos de Buda em apenas duas palavras, o grande mestre zen Shunryu Suzuki respirou fundo: “Tudo muda”, respondeu. Se a impermanência é mesmo a grande constante da vida, o momento atual do **Grupo Elfa** também pode ser resumido brevemente: **tudo se transforma.**

Fundado em 1989, em João Pessoa-PB, o **Grupo Elfa** sempre se orgulhou de ser uma empresa familiar de fortes valores – a exemplo da origem do nome da companhia: as iniciais do seu idealizador, Edalmo Lopes Ferreira Assis. O segmento de atuação da Elfa sempre foi bastante específico: distribuição de medicamentos especiais (oncológicos e hospitalares). Com o passar do tempo, essas duas verdades desfizeram-se. A empresa deixou de ser familiar para se tornar uma potência nacional com claras aspirações latino-americanas e o seu campo de atuação ampliou-se de tal forma que a empresa, agora, define seu trabalho como **“soluções em saúde, a serviço da vida”**. Um salto e tanto.

Talvez o grande catalisador dessa profunda transformação tenha sido a parceria com o Pátria, um dos maiores fundos de Private Equity do Brasil que, em dezembro de 2014, adquiriu o controle acionário da Elfa. “A Elfa é a primeira empresa do segmento a receber investimento de um Fundo de Private Equity e pioneira na implementação do compliance – necessidade que surge com o reforço na governança corporativa de uma empresa gerida por um fundo de investimento que administra capital estrangeiro no país e que é associado ao maior Fundo de Private Equity do mundo, a Blackstone”, lembra Aline Sueth, Diretora de Gente, Gestão e Marketing. 

Entre 2015 e 2017, o Grupo Elfa viu seu faturamento anual aumentar em mais de quatro vezes. E esse profundo processo de transformação está sendo também uma oportunidade constante de aprendizagem, pois a empresa percebeu que lucrar não era suficiente. É preciso inovar para rentabilizar 

Dentro desse contexto transformacional, o Grupo adotou uma estratégia bem clara: colocou as pessoas no centro do plano e implantou a Unielfa – universidade corporativa Elfa, que teve a missão de ancorar as ações de atração, desenvolvimento e engajamento de gente. “Precisamos rever nossa estrutura organizacional constantemente para suportar o crescimento e, com isso, fomentamos o encarreiramento interno, adotamos práticas de desenvolvimento contínuo e, quando precisamos buscar profissionais no mercado, avaliamos muito bem o t cultural dos candidatos”, comenta Aline Sueth. “Nosso time é o fator estratégico diferencial…”. 

**Caminhos disruptivos**

Desde 2015, duas outras empresas foram incorporadas ao Grupo: a Cirúrgica Jaw e a Cristal Pharma – esta última, inclusive, foi a responsável por alçar a Elfa no mercado dos genéricos, segmento em que a empresa não atuava até então. “Esse processo de expansão não vai parar por aí”, garante Luis Liveri, Ceo do Grupo. **“Estamos atentos ao mercado, buscando sempre oportunidades de inovar para atender ainda melhor à necessidade de nossos clientes, sejam eles hospitais, clínicas ou a própria indústria farmacêutica. Estamos investindo em transformação, buscamos trabalhar como uma startup, escalando as iniciativas e já somos uma das maiores do Brasil…”.** 

Com o tempo, o **Grupo Elfa** notou que seu trabalho não precisava parar na entrega dos medicamentos. A entrada no mercado de serviços foi um passo natural. Tanto que hoje há duas iniciativas dentro do Grupo – prova de que o discurso inovador tem desdobramentos práticos: o GTPlan, que faz a gestão de uma parte do estoque do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e a Central Elfa de Apoio ao Paciente (CEAP), que se propõe não só a entregar, mas a realizar a gestão do medicamento destinado ao paciente crônico que é tratado em casa, um trabalho tradicionalmente feito pelas operadoras de saúde. 

A diferença entre gestão de mudança e gestão de transformação é sutil na superfície, mas fica mais evidente conforme a toca do coelho vai cando mais profunda. “A Elfa não está apenas buscando novas formas de fazer as mesmas coisas. Estamos criando novos segmentos de mercado. Diria que 70% do nosso FOCO hoje está na palavra transformação e temos um plano para isso”, conclui Aline. 

Bom para o mercado de Farma, afinal, a Elfa reconhece, dentro de todo esse cenário, que ser a conexão estratégica entre a indústria e o paciente deve ser sua maior missão. E bom para o Brasil: mais que atingir audaciosos objetivos, o Grupo quer deixar legados relevantes para a sociedade, mostrando que condutas éticas, consistentes e sustentáveis geram resultados.

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