Transformação Digital

A base da transformação digital

Saiba quais são os três degraus fundamentais da transformação digital para empresas de todos os segmentos e tamanhos
Telmo Costa é fundador e CEO da Meta, consultoria em transformação digital, com mais de 30 anos no mercado de tecnologia, com sede em São Paulo e atuação internacional.

Compartilhar:

Jornada digital é indissociável da estratégia de empresas em busca de resultados com inovação e tecnologia. O que ainda segue como desafio é o alinhamento da pauta da operação ao processo digital, com um objetivo final claro: o aumento da entrega de valor da empresa para seus clientes e colaboradores, ampliando a competitividade de maneira significativa.

Alguns cuidados podem tornar esse percurso mais eficaz. Não podemos, por exemplo, dissociar a transformação da operação do dia a dia do negócio. Ao mesmo tempo, é preciso ter consciência de que a transformação digital envolve pessoas e cultura organizacional. Mudanças tecnológicas precisam levar em conta esses pontos como prioridade.

Na Meta, consultoria em transformação digital, identificamos muito cedo que a transformação não diz respeito apenas a códigos e softwares. Essa é apenas uma etapa. Avançar nesse percurso envolve um processo contínuo, conectado com as pessoas, seus desejos e aspirações. Mesmo assim, muitos CEOs ainda percebem o digital como automatização de processos. Precisamos ampliar essa visão. Mas, se o caminho parece ser complexo, como alcançar a velocidade e a eficiência exigidas por nossos clientes?

Em busca de identificar como as empresas estão tratando questões como essa, firmamos parceria com a Fundação Dom Cabral para a realização de um trabalho inédito, o Estudo Nacional sobre Evolução da Inovação de Negócios e Digital, apresentadas na 1ª edição do DX Leaders, em São Paulo, evento que reuniu mais de 200 executivos que lideram a transformação digital em médias e grandes empresas com atuação no Brasil. O estudo trouxe os três degraus fundamentais que servem como indicativo para empresas em qualquer etapa da jornada de transformação digital:

1. A agenda da transformação digital precisa ser um agente de integração das pessoas e de toda a empresa. O objetivo da transformação tem que ser claro para todos, é importante sabermos onde nos encontramos na jornada, quais são as dificuldades atuais e os resultados esperados.
2. É fundamental a estruturação de um portfólio de projetos que trate de oportunidades e problemas relevantes da empresa. Além disso, devem ser estabelecidas prioridades e, para cada um dos projetos, apontar indicadores de resultado, objetivos de geração de valor e as hipóteses a serem testadas através de MVPs.
3. Senioridade, diversidade, flexibilidade, conhecimento da operação e capacidade de aprender e reaprender do time são atributos fundamentais, bem como o ambiente favorável a novas ideias.

Ampliar o impacto gerado pela organização para seus clientes, colaboradores e comunidades só será possível com pessoas comprometidas e engajadas. Para isso, é preciso ter clareza de propósito.

O modelo da organização que normalmente baseia-se em departamentos, que são quase miniempresas dentro da empresa, já passa por uma evolução baseada em cadeias de valor e squads multidisciplinares. Com isso os silos organizacionais são rompidos e começamos a ter as pessoas embarcando numa única jornada digital, com a velocidade e a eficiência que esse novo mundo exige.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

ESG
O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

Charles Schweitzer

5 min de leitura
Finanças
Com projeções de US$ 525 bilhões até 2030, a Creator Economy busca superar desafios como dependência de algoritmos e desigualdade na monetização, adotando ferramentas financeiras e estratégias inovadoras.

Paulo Robilloti

6 min de leitura
ESG
Adotar o 'Best Before' no Brasil pode reduzir o desperdício de alimentos, mas demanda conscientização e mudanças na cadeia logística para funcionar

Lucas Infante

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
No SXSW 2025, a robótica ganhou destaque como tecnologia transformadora, com aplicações que vão da saúde e criatividade à exploração espacial, mas ainda enfrenta desafios de escalabilidade e adaptação ao mundo real.

Renate Fuchs

6 min de leitura
Inovação
No SXSW 2025, Flavio Pripas, General Partner da Staged Ventures, reflete sobre IA como ferramenta para conexões humanas, inovação responsável e um futuro de abundância tecnológica.

Flávio Pripas

5 min de leitura
ESG
Home office + algoritmos = epidemia de solidão? Pesquisa Hibou revela que 57% dos brasileiros produzem mais em times multidisciplinares - no SXSW, Harvard e Deloitte apontam o caminho: reconexão intencional (5-3-1) e curiosidade vulnerável como antídotos para a atrofia social pós-Covid

Ligia Mello

6 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo de incertezas, os conselhos de administração precisam ser estratégicos, transparentes e ágeis, atuando em parceria com CEOs para enfrentar desafios como ESG, governança de dados e dilemas éticos da IA

Sérgio Simões

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Os cuidados necessários para o uso de IA vão muito além de dados e cada vez mais iremos precisar entender o real uso destas ferramentas para nos ajudar, e não dificultar nossa vida.

Eduardo Freire

7 min de leitura
Liderança
A Inteligência Artificial está transformando o mercado de trabalho, mas em vez de substituir humanos, deve ser vista como uma aliada que amplia competências e libera tempo para atividades criativas e estratégicas, valorizando a inteligência única do ser humano.

Jussara Dutra

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A história familiar molda silenciosamente as decisões dos líderes, influenciando desde a comunicação até a gestão de conflitos. Reconhecer esses padrões é essencial para criar lideranças mais conscientes e organizações mais saudáveis.

Vanda Lohn

5 min de leitura