Desenvolvimento pessoal

A ciência por trás da Cambridge Analytica

O pesquisador de Stanford Michal Kosinski garante que usar perfil psicológico nas redes sociais, como fez a CA, funciona mesmo – e muito.

Compartilhar:

O Vale do Silício e Washington ainda estão em meio a um tumulto sobre as revelações de que a Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria “psicográfica”, obteve dados pessoais detalhados sobre 87 milhões de usuários do Facebook e os utilizou pró-Donald Trump.

Mas, embora grande parte do furor tenha sido sobre a privacidade e a ética, uma questão prática permanece: o direcionamento psicológico é uma ferramenta eficaz de propaganda digital? A resposta, de acordo com um pesquisador de Stanford, que foi pioneiro em muitas das técnicas psicográficas originais, é “sim”.

“Eu tenho alertado sobre esses riscos há anos”, disse Michal Kosinski, psicólogo e professor de comportamento organizacional da escola de negócios de Stanford à revista Stanford Business. “Esse tipo de segmentação psicológica não apenas é possível, como também é eficaz para a persuasão digital em massa.”

Ele dá o exemplo de um experimento feito com três campanhas publicitárias no FB. Mediu-se o efeito de anúncios direcionados a esses segmentos, e as pessoas ficavam 50% mais propensas a comprar os produtos quando viam o anúncio voltado para seu tipo psicológico.

Kosinski acha impossível proibir a segmentação psicológica como ferramenta de propaganda. Mas diz que as pessoas podem se defender tomando consciência disso.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Superando os legados de negócio e de mindset

Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

O RH pode liderar o futuro do trabalho?

A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Cultura organizacional, Estratégia e execução
Lembra-se das Leis de Larman? As organizações tendem a se otimizar para não mudar; então, você precisa fazer esforços extras para escapar dessa armadilha. Os exemplos e as boas práticas deste artigo vão ajudar

Norberto Tomasini

4 min de leitura
Carreira, Cultura organizacional, Gestão de pessoas
A área de gestão de pessoas é uma das mais capacitadas para isso, como mostram suas iniciativas de cuidado. Mas precisam levar em conta quatro tipos de necessidades e assumir ao menos três papéis

Natalia Ubilla

3 min de leitura
Estratégia
Em um mercado onde a reputação é construída (ou desconstruída) em tempo real, não controlar sua própria narrativa é um risco que nenhum executivo pode se dar ao luxo de correr.

Bruna Lopes

7 min de leitura
Liderança
O problema está na literatura comercial rasa, nos wannabe influenciadores de LinkedIn, nos só cursos de final de semana e até nos MBAs. Mas, sobretudo, o problema está em como buscamos aprender sobre a liderança e colocá-la em prática.

Marcelo Santos

8 min de leitura
ESG
Inclua uma nova métrica no seu dashboard: bem-estar. Porque nenhum KPI de entrega importa se o motorista (você) está com o tanque vazio

Lilian Cruz

4 min de leitura
ESG
Flexibilidade não é benefício. É a base de uma cultura que transformou nossa startup em um caso real de inclusão sem imposições, onde mulheres prosperam naturalmente.

Gisele Schafhauser

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O futuro da liderança em tempos de IA vai além da tecnologia. Exige preservar o que nos torna humanos em um mundo cada vez mais automatizado.

Manoel Pimentel

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Setores que investiram em treinamento interno sobre IA tiveram 57% mais ganhos de produtividade. O segredo está na transição inteligente.

Vitor Maciel

6 min de leitura
Empreendedorismo
Autoconhecimento, mentoria e feedback constante: a nova tríade para formar líderes preparados para os desafios do trabalho moderno

Marcus Vaccari

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Se seu atendimento não é 24/7, personalizado e instantâneo, você já está perdendo cliente para quem investiu em automação. O tempo de resposta agora é o novo preço da fidelização

Edson Alves

4 min de leitura