A inovação sempre foi base para o desenvolvimento econômico de qualquer nação. Apesar de o tema estar em moda hoje, o setor produtivo sempre procurou se aperfeiçoar para manter a competitividade. Quando se fala de empreendedorismo, inovar é fator decisivo para se destacar, se fortalecer frente à concorrência, fazer novos negócios, bem como atrair e reter talentos. A novidade é que por conta da pandemia de covid-19 os processos relacionados à inovação passaram por uma aceleração. Durante esse período, milhões de pessoas e empresas pelo mundo inteiro se mobilizaram em busca de alternativas quando o trabalho presencial não era uma opção.
Por esta razão, hoje entende-se a importância do tema, e a cultura da inovação é um dos legados dessa época transformadora e difícil. Com a recente organização da 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 27, à enorme mobilização global pelo clima e à luta contra o aquecimento global, juntou-se dois pilares essenciais para o futuro quando postos em convergência: a inovação e a sustentabilidade.
O maior aprendizado que se deve atentar enquanto sociedade, frente às recentes e ainda vivas crises sanitária e ambiental, é que diante de tais situações estamos todos no mesmo barco e todos precisam se mobilizar. Nunca se obteve tanto resultado em tão pouco tempo quando olhamos para os processos tecnológicos que nos vimos obrigados a nos adequar. A humanidade precisa incorporar a ideia de constante adequação diante da necessidade de se criar culturas que respeitem o meio ambiente e que limitem nossos impactos no planeta. Esse movimento é o motor da transformação que a inovação e a sustentabilidade oferecem para um futuro melhor.
As organizações devem incluir na agenda a sustentabilidade como motivador principal da inovação. A pandemia da covid-19 reforçou a importância desse debate. Tema que a ONU levantou com a proposição dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Agenda 2030 – um compromisso de 193 países, entre eles o Brasil, com políticas públicas para o desenvolvimento das sociedades até o ano de 2030.
Dentre as metas dos ODS, podemos destacar o fortalecimento das capacidades científicas e tecnológicas para o desenvolvimento de padrões de produção e consumo mais sustentáveis; a realização do manejo sustentável de produtos químicos e outros resíduos; a redução da geração de resíduos por meio da prevenção, diminuição, reciclagem e reuso; entre outras mais.
O desenvolvimento sustentável é pauta de políticas públicas e também é tema estratégico no mercado. Primeiro, porque a busca pela sustentabilidade promove a inovação e a quebra de padrões defasados, envolve muita tecnologia e melhoria contínua. Outro fator são as oportunidades de negócios e lucratividade alinhadas a uma cultura de sustentabilidade. Afinal, o comportamento do consumidor mudou: há uma tendência de buscar empresas engajadas no cumprimento das ODS.
A inovação e a sustentabilidade se mantêm como pilares para a sociedade, organizações, meio ambiente e economia. Inovar é um pré-requisito para a sobrevivência no mercado: é preciso entendê-la de forma sistemática e, num próximo passo, transformá-la em cultura dentro das organizações. A hora de repensar nossos processos de maneira consciente já chegou, e esta é a proposta da [20ª Conferência de Inovação da Anpei](https://anpei.org.br/conferencia-2022/). O evento acontecerá entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro, em Campinas-SP, e debaterá o Desenvolvimento Sustentável nos eixos temáticos de Pessoas, Tecnologia e Novos Modelos de Negócios.