Uncategorized

A INTELIGÊNCIA É ARTIFICIAL; o consumidor, não

As possibilidades para uso de chatbots são infinitas, mas requerem foco certo, ensina o CEO da Take | por Roberto Oliveira
Roberto Oliveira é cofundador e CEO da Blip, plataforma que é líder em conversas inteligentes entre marcas e consumidores nos principais aplicativos de mensagem no Brasil. Também é cofundador da Confrapar e da Minu, além de investidor-anjo em diversas outras startups.

Compartilhar:

![](https://revista-hsm-public.s3.amazonaws.com/uploads/d069fc16-18a1-4503-a82d-615244c281ec.jpeg)

Hoje, muito se discute sobre a tendência dos chatbots, que ganham cada vez mais importância no cenário corporativo. Chatbots são contatos oficiais das empresas em aplicativos de mensagens (como o Facebook Messenger ou o Telegram), permitindo que elas façam diversos atendimentos de maneira automatizada e personalizada, 24 horas por dia, sete dias por semana.

As possibilidades para os chatbots são infinitas. Por utilizarem canais de comunicação com os quais as pessoas já se acostumaram, permitem que qualquer negócio crie uma experiência rica para seus clientes – seja para engajamento, atendimento ou vendas.

Os chatbots oferecem vantagens para as empresas e para os usuários. Para as empresas, economizam tempo e dinheiro; atendem às demandas básicas dos clientes sem que haja a necessidade de acionar um funcionário, diminuindo o fluxo de ligações dos call centers e demais pontos de atendimento. Para os usuários, o benefício é o atendimento sem filas e sem espera, em qualquer lugar e a qualquer momento. Além disso, todo contato realizado é feito na plataforma de mensagens em que os usuários já estão, sem que precisem baixar um novo aplicativo.

Para que essa interação entre as pessoas e as empresas seja relevante, no entanto, é necessário que as organizações se preocupem com a experiência do público com a marca antes de pensar no software que vai potencializá-la.

A inteligência artificial, tão em alta, é a solução? A IA oferece algumas vantagens de fato: ela pode fazer com que o chatbot aprenda de maneira autônoma, seja com exemplos de outros atendimentos, com informações sobre serviços e produtos ou por meio da própria interação com as pessoas. Contudo, para garantir essa interação rica com o usuário, a IA requer investimentos significativos e uma base de dados de interação que muitas empresas não possuem. Por isso, chatbots baseados em fluxos de conversas previamente desenhadas talvez atendam às necessidades dos clientes de modo mais simples e assertivo – ao menos em um primeiro momento.

E, para melhorar a experiência dos usuários mesmo, é preciso pensar além da tecnologia. Por mais que se trate de um robô (bot), pensar na conversa (chat) é fundamental. Afinal, as pessoas esperam encontrar nos apps de mensagem um atendimento superior ao oferecido no SAC. O chatbot pode proporcionar isso? Sim, mas, para tanto, é essencial que ele seja testado e aperfeiçoado constantemente.

Com esse mindset de melhoria contínua, as empresas podem criar e manter chatbots que vão efetivamente melhorar a experiência do público com a marca e manter os clientes sempre próximos.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Empreendedorismo
Esse ponto sensível não atinge somente grandes corporações; com o surgimento de novas ferramentas de tecnologias, a falta de profissionais qualificados e preparados alcança também as pequenas e médias empresas, ou seja, o ecossistema de empreendedorismo no país

Hilton Menezes

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A Inteligência Artificial Generativa (GenAI) redefine a experiência do cliente ao unir personalização em escala e empatia, transformando interações operacionais em conexões estratégicas, enquanto equilibra inovação, conformidade regulatória e humanização para gerar valor duradouro

Carla Melhado

5 min de leitura
Uncategorized
A inovação vai além das ideias: exige criatividade, execução disciplinada e captação de recursos. Com métodos estruturados, parcerias estratégicas e projetos bem elaborados, é possível transformar visões em impactos reais.

Eline Casasola

0 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A IA é um espelho da humanidade: reflete nossos avanços, mas também nossos vieses e falhas. Enquanto otimiza processos, expõe dilemas éticos profundos, exigindo transparência, educação e responsabilidade para que a tecnologia sirva à sociedade, e não a domine.

Átila Persici

9 min de leitura
ESG

Luiza Caixe Metzner

4 min de leitura
Finanças
A inovação em rede é essencial para impulsionar P&D e enfrentar desafios globais, como a descarbonização, mas exige estratégias claras, governança robusta e integração entre atores para superar mitos e maximizar o impacto dos investimentos em ciência e tecnologia

Clarisse Gomes

8 min de leitura
Empreendedorismo
O empreendedorismo no Brasil avança com 90 milhões de aspirantes, enquanto a advocacia se moderniza com dados e estratégias inovadoras, mostrando que sucesso exige resiliência, visão de longo prazo e preparo para as oportunidades do futuro

André Coura e Antônio Silvério Neto

5 min de leitura
ESG
A atualização da NR-1, que inclui riscos psicossociais a partir de 2025, exige uma gestão de riscos mais estratégica e integrada, abrindo oportunidades para empresas que adotarem tecnologia e prevenção como vantagem competitiva, reduzindo custos e fortalecendo a saúde organizacional.

Rodrigo Tanus

8 min de leitura
ESG
O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

Charles Schweitzer

5 min de leitura
Finanças
Com projeções de US$ 525 bilhões até 2030, a Creator Economy busca superar desafios como dependência de algoritmos e desigualdade na monetização, adotando ferramentas financeiras e estratégias inovadoras.

Paulo Robilloti

6 min de leitura