Marketing e vendas

A sua área de marketing é eficiente?

Com essas 10 perguntas você vai descobrir
Diretor de marketing digital e mídia da General Motors da América do Sul. Formado em publicidade e propaganda pela UFRJ e com um MBA em marketing pelo IAG-PUC-RJ, iniciou sua carreira na Infoglobo, foi trainee na C&A e teve sólidas passagens por empresas como Nike e ABInBev. Bruno é mestre em administração de empresas pela EAESP-FGV (MPA) e tem um canal no Youtube, o @MarketingFC, para falar de marketing, mídia e um pouco de futebol.

Compartilhar:

A transformação digital e a disrupção causada por ela trouxeram impactos significativos para a área de marketing nos últimos anos. Conhecido como marketing analytics, o uso de dados e a preparação de profissionais para fazerem análises críticas têm ajudado a área de marketing em diferentes frentes, tais como: (1) otimizar investimentos de mídia, (2) personalizar e otimizar marketing mix e (3) assegurar que os dados e a tecnologia usadas são seguros e respeitam a privacidade do consumidor. 

Realizando uma gestão de métricas mais precisa, o marketing, antes qualitativo e relegado a campanhas de TV, prêmios e eventos de gala, passou a sentar na mesa dos comitês executivos e a jogar um papel ainda mais estratégico nas empresas. Será? Ou estou descrevendo um mundo ideal, distante do que estamos vendo acontecer na prática nas organizações?

Para ajudar a encontrar estas respostas, levanto aqui dez questões que ajudarão você a entender se o marketing da sua empresa já opera, ou não, no nível da eficiência promovida pela boa gestão dos dados e prezando pela eficiência, e não apenas pelo glamour.

1. ## O marketing ainda é encarado como publicidade e comunicação?

Se a sua empresa ainda acha que o marketing é fazer propaganda e criar lindas peças publicitárias, você não tem uma área de marketing, e sim uma área de publicidade e comunicação.

2. ## Os KPIs de performance são bem definidos?

Uma vez definida a visão de sucesso, é importante mapear seus indicadores-chave de desempenho (KPI, na sigla em inglês). Eles devem ser simples, acionáveis e com base em fontes confiáveis. As opiniões da sua tia ou do seu vizinho podem ser ótimas, mas não são válidas como KPI, ok? 😉

3. ## As decisões são baseadas em estudos, dados e pesquisas? 

O time do “eu acho”, “eu prefiro”, “eu gosto” ainda fala mais alto? No jogo do marketing analytics as decisões precisam estar pautadas em dados, pesquisas e muita análise.

4. ## Existe um CRM e um banco de dados prontos para gerar insights e mensurações?

E não é de e-mail marketing ou mala direta que eu estou falando, ok? Refiro-me a um ambiente de dados, suportado por tecnologia, que permita você compreender melhor as preferências do seu consumidor e ter insights por meio de métricas.

5. ## A tecnologia é uma aliada, um enabler ou um ainda é problema?

Para atingir bons resultados, marketing sem tecnologia é impensável nos dias de hoje. O termo “martech” entrou na moda, mas nem é preciso ser tão disruptivo. Usar a tecnologia como enabler para fazer um marketing melhor já é um ótimo começo.

6. ## Suas agências e parceiros estão focados para fazer analytics?

Se você quer ser preciso, digital e governado por dados, precisa de fornecedores que também tenham estas habilidades. E atenção: podemos esperar que um restaurante italiano faça uma ótima macarronada. Mas, por melhor que seja o chefe, se pedirmos uma feijoada, a chance do resultado ser insatisfatório é altíssima. Aplique este exemplo na hora de escolher fornecedores para trabalhos mais técnicos e digitais. 

7. ## Quem é dono da sua estratégia? Você ou sua agência? 

Minha visão sobre isso pode soar polêmica porque, embora eu reconheça o papel das agências como consultorias que nos ajudam a ampliar a nossa capacidade de execução e gestão, não acredito que elas devam ser as donas da estratégia. Definir e liderar a estratégia é papel da área de marketing. Não terceirize. 

8. ## Você tem especialistas de marketing no seu time? 

Hoje em dia não cabe mais trazer a menina do administrativo ou o seu sobrinho para liderar ações de marketing. A competitividade do mercado e a ciência aplicada à esta área têm exigido profissionais cada vez mais capacitados, que estudam e se atualizam com frequência para trazer resultados significativos para as empresas. Contrate pessoas que tem o pensamento alinhado com seus objetivos, e pare de olhar apenas experiências passadas e indicações. 

9. ## Você investe em jovens talentos? 

É impressionante o impacto dos millenials e da GenZ no marketing atual. São profissionais que devem ser lapidados e formados para serem a próxima geração de líderes de marketing.

10. ## A matemática é amiga do marketing eficiente. Já do ineficiente… 

Este ponto não é uma pergunta, é uma provocação. Só teme a matemática e a mensuração quem não tem certeza do seu resultado. Quem tem, além de mensurar tudo para melhorar a performance, sabe que essa também é a melhor defesa contra as tesouras do time financeiro. 

Encerro o texto lembrando que, como diretor de marketing, eu mesmo precisei responder a estas perguntas e, até agora, sobrevivi para contar história. Pode ter certeza de que você também sobreviverá. Boa Sorte!

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando o corpo pede pausa e o negócio pede pressa

Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão – e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de dezembro de 2025
Este artigo traz insights de um estudo global da Sodexo Brasil e fala sobre o poder de engajamento que traz a hospitalidade corporativa e como a falta dela pode impactar financeiramente empresas no mundo todo.

Hamilton Quirino - Vice-presidente de Operações da Sodexo

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Inovação & estratégia
12 de dezembro de 2025
Inclusão não é pauta social, é estratégia: entender a neurodiversidade como valor competitivo transforma culturas, impulsiona inovação e constrói empresas mais humanas e sustentáveis.

Marcelo Vitoriano - CEO da Specialisterne Brasil

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
11 de dezembro de 2025
Do status à essência: o luxo silencioso redefine valor, trocando ostentação por experiências que unem sofisticação, calma e significado - uma nova inteligência para marcas em tempos pós-excesso.

Daniel Skowronsky - Cofundador e CEO da NIRIN Branding Company

3 minutos min de leitura
Estratégia
10 de dezembro de 2025
Da Coreia à Inglaterra, da China ao Brasil. Como políticas públicas de design moldam competitividade, inovação e identidade econômica.

Rodrigo Magnago - CEO da RMagnago

17 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
9 de dezembro de 2025
Entre liderança e gestação, uma lição essencial: não existe performance sustentável sem energia. Pausar não é fraqueza, é gestão - e admitir limites pode ser o gesto mais poderoso para cuidar de pessoas e negócios.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude,

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
8 de dezembro de 2025
Com custos de saúde corporativa em alta, a telemedicina surge como solução estratégica: reduz sinistralidade, amplia acesso e fortalece o bem-estar, transformando a gestão de benefícios em vantagem competitiva.

Loraine Burgard - Cofundadora da h.ai

3 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde, Liderança
5 de dezembro de 2025
Em um mundo exausto, emoção deixa de ser fragilidade e se torna vantagem competitiva: até 2027, lideranças que integram sensibilidade, análise e coragem serão as que sustentam confiança, inovação e resultados.

Lisia Prado - Consultora e sócia da House of Feelings

5 minutos min de leitura
Finanças
4 de dezembro de 2025

Antonio de Pádua Parente Filho - Diretor Jurídico, Compliance, Risco e Operações no Braza Bank S.A.

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Marketing & growth
3 de dezembro de 2025
A creators economy deixou de ser tendência para se tornar estratégia: autenticidade, constância e inovação são os pilares que conectam marcas, líderes e comunidades em um mercado digital cada vez mais colaborativo.

Gabriel Andrade - Aluno da Anhembi Morumbi e integrante do LAB Jornalismo e Fernanda Iarossi - Professora da Universidade Anhembi Morumbi e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp

3 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial
2 de dezembro de 2025
Modelos generativos são eficazes apenas quando aplicados a demandas claramente estruturadas.

Diego Nogare - Executive Consultant in AI & ML

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança