Empreendedorismo
5 min de leitura

Advocacia como negócio: estratégias para liderar no mercado jurídico 

O empreendedorismo no Brasil avança com 90 milhões de aspirantes, enquanto a advocacia se moderniza com dados e estratégias inovadoras, mostrando que sucesso exige resiliência, visão de longo prazo e preparo para as oportunidades do futuro
Advogado atuante há mais de 7 anos na área criminal, com foco no consultivo e contencioso criminal, notadamente em casos de grande complexidade, principalmente operações dos órgãos policiais. Especializado em manejo de Habeas Corpus e manejo de recursos perante os Tribunais Superiores. Consultor jurídico para compliance criminal empresarial e ESG (Environmental, Social and Governance). Graduado em Direito e pós-graduado em Direito Penal e Criminologia pela PUC-RS.
Graduado e Mestre em Direito pela Universidade FUMEC (MG). Com intensa atuação, há mais de 14 anos, no consultivo e contencioso estratégicos para pessoas e negócios, em projetos de compliance criminal e investigações e processos criminais de alta complexidade, especialmente, perante os Tribunais Superiores e envolvendo a matéria penal econômica, financeira e empresarial.

Compartilhar:

Jurídico

O cenário do empreendedorismo no Brasil está em plena expansão. É o que mostram os dados do mais recente estudo Monitor Global de Empreendedorismo (GEM), realizado pelo Sebrae em parceria com a Anegepe. De acordo com o levantamento, o país registrou 90 milhões de empreendedores ou aspirantes a empreendedores em 2023 – desse total, 42 milhões são adultos entre 18 e 64 anos que já possuem um negócio ou deram os primeiros passos no último ano para abrir um. Outros 48 milhões desejam empreender nos próximos três anos. Abrir o próprio negócio ocupa o terceiro lugar entre os maiores desejos dos brasileiros, atrás apenas de “viajar pelo Brasil” e “comprar a casa própria”. Se o desejo de todas essas pessoas se tornasse realidade, seria possível dobrar, em um período de três a cinco anos, o número de empresários no país. 

Para tornar o caminho do empreendedor menos árduo, se faz necessário colocar atenção em alguns pontos, como a identificação de oportunidades de atuação, a elaboração de um plano de negócios detalhado e a construção de uma marca forte, capaz de transmitir seus valores e diferenciais. Outra dica importante é nunca achar que o jogo está ganho – com um mercado dinâmico como o nosso, é fundamental que o empreendedor se mostre flexível frente às mudanças, invista em cursos de atualização e ações de networking.  

Na advocacia, a escolha da área de atuação muitas vezes reflete a experiência profissional e as habilidades acumuladas ao longo dos anos. Escritórios tradicionais e consolidados podem parecer barreiras intransponíveis, mas dedicação, seriedade e uma cultura organizacional estruturada possibilitam crescimento sustentável, indo além das figuras dos sócios fundadores. Para isso, é vital criar um ambiente onde colaboradores estejam alinhados com propósitos claros e engajados na missão do escritório.  

O investimento na construção de uma rede de networking e na excelência técnica também são pilares igualmente indispensáveis para abrir portas a novas oportunidades e fortalecer os resultados ao longo do tempo. Outro ponto crucial é a formação contínua, especialmente à medida que as demandas do mercado evoluem e surgem novas legislações e tecnologias. 

A adoção de uma cultura orientada por dados em escritórios de advocacia está se consolidando como uma estratégia essencial para a modernização e eficiência operacional do setor. Em 2024, já era evidente que a análise de dados se tornava um diferencial competitivo, permitindo que os escritórios previssem resultados, otimizassem recursos e identificassem tendências jurídicas. O uso de ferramentas como jurimetria e Legal Analytics possibilita uma abordagem mais científica na tomada de decisões, onde dados concretos guiam a estratégia jurídica, reduzindo riscos e aumentando a eficácia nas negociações.  

Uma das maiores lições para quem decide empreender na advocacia é entender que o mercado jurídico oferece inúmeras oportunidades a quem pensa fora da caixa e busca construir um legado. O sucesso, no entanto, não é imediato, ele exige paciência, resiliência e visão de longo prazo. Resultados consistentes são fruto de conexões construídas e riscos assumidos ao longo do tempo. 

Para advogados que desejam abrir seu próprio escritório, o nosso maior conselho é: comecem. Aproveitem os recursos disponíveis e confiem no processo de evolução conforme o negócio se desenvolve. Resiliência, networking, excelência técnica, comunicação eficaz e visão estratégica são competências fundamentais nessa jornada. Empreender na advocacia é um processo contínuo de aprendizado e crescimento. Com dedicação, integridade e paixão pelo que se faz, é possível alcançar resultados e consolidar uma posição de destaque no mercado jurídico. O futuro reserva muitas oportunidades, e estar preparado para aproveitá-las é o verdadeiro segredo do sucesso. 

Compartilhar:

Artigos relacionados

Como as empresas devem promover o bem-estar nas organizações?

O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

ESG

Luiza Caixe Metzner

4 min de leitura
Finanças
A inovação em rede é essencial para impulsionar P&D e enfrentar desafios globais, como a descarbonização, mas exige estratégias claras, governança robusta e integração entre atores para superar mitos e maximizar o impacto dos investimentos em ciência e tecnologia

Clarisse Gomes

8 min de leitura
Empreendedorismo
O empreendedorismo no Brasil avança com 90 milhões de aspirantes, enquanto a advocacia se moderniza com dados e estratégias inovadoras, mostrando que sucesso exige resiliência, visão de longo prazo e preparo para as oportunidades do futuro

André Coura e Antônio Silvério Neto

5 min de leitura
ESG
A atualização da NR-1, que inclui riscos psicossociais a partir de 2025, exige uma gestão de riscos mais estratégica e integrada, abrindo oportunidades para empresas que adotarem tecnologia e prevenção como vantagem competitiva, reduzindo custos e fortalecendo a saúde organizacional.

Rodrigo Tanus

8 min de leitura
ESG
O bem-estar dos colaboradores é prioridade nas empresas pós-pandemia, com benefícios flexíveis e saúde mental no centro das estratégias para reter talentos, aumentar produtividade e reduzir turnover, enquanto o mercado de benefícios cresce globalmente.

Charles Schweitzer

5 min de leitura
Finanças
Com projeções de US$ 525 bilhões até 2030, a Creator Economy busca superar desafios como dependência de algoritmos e desigualdade na monetização, adotando ferramentas financeiras e estratégias inovadoras.

Paulo Robilloti

6 min de leitura
ESG
Adotar o 'Best Before' no Brasil pode reduzir o desperdício de alimentos, mas demanda conscientização e mudanças na cadeia logística para funcionar

Lucas Infante

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
No SXSW 2025, a robótica ganhou destaque como tecnologia transformadora, com aplicações que vão da saúde e criatividade à exploração espacial, mas ainda enfrenta desafios de escalabilidade e adaptação ao mundo real.

Renate Fuchs

6 min de leitura
Inovação
No SXSW 2025, Flavio Pripas, General Partner da Staged Ventures, reflete sobre IA como ferramenta para conexões humanas, inovação responsável e um futuro de abundância tecnológica.

Flávio Pripas

5 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo de incertezas, os conselhos de administração precisam ser estratégicos, transparentes e ágeis, atuando em parceria com CEOs para enfrentar desafios como ESG, governança de dados e dilemas éticos da IA

Sérgio Simões

6 min de leitura