Uncategorized

Afinal, o que é propósito para as organizações?

Trata-se do elemento-chave para construir uma empresa digna da confiança de consumidores e funcionários | por Poliana Abreu
__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Compartilhar:

![](https://revista-hsm-public.s3.amazonaws.com/uploads/d2eaf920-ed31-400a-8054-bce706cf2eae.jpeg)

Essencialmente, propósito corporativo é o mesmo que proposta de valor. Trata-se do porquê da existência de uma empresa e da maneira única que ela escolhe para organizar sua contribuição ao mundo. Quando tal propósito existe, ele fornece aos funcionários um senso de direção claro, ajuda-os a definir prioridades e inspirar-se na busca de melhores resultados.

Por que têm se multiplicado as organizações preocupadas em se diferenciar por propósitos que mais parecem causas políticas? A resposta é simples. Vivemos em tempos em que as pessoas, sejam consumidores, funcionários ou fornecedores, procuram empresas em que possam confiar. E o que a prática no mundo inteiro vem provando é que um dos modos mais fáceis e efetivos de estabelecer essa confiança é atacar os problemas sociais e ambientais que o mundo enfrenta.

Basta olhar ao redor e perceber a proliferação de novas marcas preocupadas em oferecer produtos mais saudáveis, éticos e sustentáveis. Esses “produtos do bem” representam até um novo segmento, chamado de LOHAS (acrônimo em inglês de estilo de vida saudável e sustentável). Empresas dos setores de cosméticos, alimentos, acessórios e vestuário que carregam consigo o diferencial de serem mais saudáveis, éticas em sua forma de produção e distribuição dos ganhos, além de ambientalmente responsáveis, são exemplos perfeitos de LOHAS. Você deve ter pensado em empresas de produtos naturais como a Mãe Terra ou em gigantes como as redes varejistas Whole Foods e Trader Joe’s, dos Estados Unidos.

Algumas organizações aliam performance e propósito usando grande dose de inovação de produto para atingir esse resultado, como as que comercializam cosméticos artesanais e com causa do tipo lush, entre elas a Burt’s Bees e, em nosso País, a Feito Brasil.

Outras empresas optam por inovações incrementais para chegar à performance com propósito, em geral desenvolvendo uma forte cultura ancorada em valores e princípios que são compartilhados em todos os níveis. O que elas criam é um modus operandi mais saudável, ético e responsável para seus colaboradores e sua comunidade, como é o caso da Precon Engenharia e do Grupo Gaia, retratados no Dossiê.

Desde que trilhado de modo legítimo e coerente, qualquer um dos dois caminhos de inovação leva uma empresa à performance com propósito. Aquelas que adotam uma causa para valer tornam seus produtos ou serviços mais desejáveis e atraem mais talentos, que, por compartilharem do propósito, se sentem mais motivados a trabalhar, pois sabem que fazem parte de algo maior. Consequentemente, constroem marcas mais fortes.

Por fim, ser uma organização com propósito é também uma questão de estratégia, ou seja, de fazer escolhas. É preciso escolher o que fazer (onde e como) para gerar mais impacto positivo e, principalmente, o que os colaboradores e parceiros não devem fazer – além, é claro, da escolha maior: a de resolver problemas em vez de criá-los. Sem dúvida, o futuro pertence às empresas que fizerem essas escolhas.

Compartilhar:

__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Artigos relacionados

O futuro dos eventos: conexões que transformam

Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Tecnologias exponenciais
Setores que investiram em treinamento interno sobre IA tiveram 57% mais ganhos de produtividade. O segredo está na transição inteligente.

Vitor Maciel

6 min de leitura
Empreendedorismo
Autoconhecimento, mentoria e feedback constante: a nova tríade para formar líderes preparados para os desafios do trabalho moderno

Marcus Vaccari

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Se seu atendimento não é 24/7, personalizado e instantâneo, você já está perdendo cliente para quem investiu em automação. O tempo de resposta agora é o novo preço da fidelização

Edson Alves

4 min de leitura
Inovação
Enquanto você lê mais um relatório de tendências, seus concorrentes estão errando rápido, abolindo burocracias e contratando por habilidades. Não é só questão de currículos. Essa é a nova guerra pela inovação.

Alexandre Waclawovsky

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura