Desenvolvimento pessoal

Afinal, por que precisamos de retrospectivas?

Na vida pessoal e no espaço corporativo, fazer uma leitura do que ocorreu ao longo do ano tempo é essencial para que possamos compreender o que realmente faz sentido para um próximo ciclo
Elisa Rosenthal é a diretora presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. LinkedIn Top Voices, TEDx Speaker, produz e apresenta o podcast Vieses Femininos. Autora de Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário.

Compartilhar:

Chegamos ao mês que tem trilha sonora composta por Simone, Roberto Carlos e Mariah Carey, sabor de uvas-passas, cereja, castanhas e uma série de retrospectivas que vão desde o aplicativo de música, como o Spotify, passando pelo de mobilidade urbana, como Uber; de entregas, como o Rappi, até chegar aos especiais na televisão e às nossas redes sociais.

Afinal, por que fazemos retrospectivas nesta época do ano e, ainda mais, um ano em que ultrapassamos 616 mil mortes pela covid-19?

Relembrar o que vivemos, especialmente nos últimos 365 dias, pode trazer significados e mensagens importantes, como as mudanças que passamos entre tamanhas variáveis externas.

Para contextualizar no âmbito da gestão, retroceder no tempo é fundamental para que possamos entender o que faz e o que não faz mais sentido para o próximo ciclo, em especial quando o modelo de trabalho híbrido se torna uma opção vital para muitos de nós.

Segundo Aristóteles, se nada mudasse, não teríamos consciência do tempo. As mudanças, mesmo que em nossas mentes, viriam justamente pela consciência do “antes” e “depois”. Deste modo, a compreensão do tempo dar-se-ia pelo número de movimentos em relação ao “antes” e ao “depois”.

Interessante como temos nos relacionado com a pandemia, seguindo este conceito, do que aconteceu antes do isolamento social e do que estamos vivendo após a reabertura.

Lá no começo da pandemia, muito se falou sobre o tal “novo normal”, termo que caiu no lugar-comum e hoje, no cenário real de uma nova normalidade, muitos usam as aspas desta expressão até mesmo para minimizar o contexto pandêmico.

## Um exame que gera perguntas

Nesta retrospectiva que faço, relendo minhas colunas para este espaço *Empresas Shakti*, quero que você tenha “consciência Aristotélica” sobre o seu ano, o que se resume em parar para prestar atenção às mudanças que aconteceram no seu antes e depois da pandemia.

É impossível fingir que nada aconteceu, não podemos esquecer as centenas de milhares de mortes, não podemos fechar os olhos para os impactos sociais e econômicos. Trazer para a nossa realidade como mudamos, quais impactos sofremos é essencial para a retrospectiva deste período.

Para isso, trago aqui alguns questionamentos que você pode fazer a si sobre os 12 meses de 2021, trazendo mais clareza para a suas mudanças pessoais, profissionais e familiares:

__1.__ Quando você se sentiu mais vivo?

__2.__ O que o moveu e inspirou?

__3.__ O que você mais ama na sua vida?

__4.__ Pelo que você é mais grato?

__5.__ Quando você se divertiu mais?

__6.__ Em quais ocasiões você foi mais feliz?

À primeira vista, essas perguntas pouco podem fazer sentido quando pensamos em gestão e em universo corporativo. Agora, é fundamental lembrar que o que este ano nos fez perceber, a todo momento, é que o fator humano é essencial, seja no contexto do isolamento social, seja nos avanços tecnológicos impostos pelo período, seja agora, na retomada.

Nesta retrospectiva, lembre-se: você é humano e este é o seu diferencial essencial! Que seu próximo ciclo seja repleto das respostas que você trouxe a si mesmo por meio desta leitura.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Sustentabilidade
13 de novembro de 2025
O protagonismo feminino se consolidou no movimento com a Carta das Mulheres para a COP30

Luiza Helena Trajano e Fabiana Peroni

5 min de leitura
ESG, Liderança
13 de novembro de 2025
Saiba o que há em comum entre o desengajamento de 79% da força de trabalho e um evento como a COP30

Viviane Mansi - Conselheira de empresas, mentora e professora

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
12 de novembro de 2025
Modernizar o prazo de validade com o conceito de “best before” é mais do que uma mudança técnica - é um avanço cultural que conecta o Brasil às práticas globais de consumo consciente, combate ao desperdício e construção de uma economia verde.

Lucas Infante - CEO da Food To Save

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, ESG
11 de novembro de 2025
Com a COP30, o turismo sustentável se consolida como vetor estratégico para o Brasil, unindo tecnologia, impacto social e preservação ambiental em uma nova era de desenvolvimento consciente.

André Veneziani - Vice-Presidente Comercial Brasil & América Latina da C-MORE Sustainability

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
10 de novembro de 2025
A arquitetura de software deixou de ser apenas técnica: hoje, ela é peça-chave para transformar estratégia em inovação real, conectando visão de negócio à entrega de valor com consistência, escalabilidade e impacto.

Diego Souza - Principal Technical Manager no CESAR, Dayvison Chaves - Gerente do Ambiente de Arquitetura e Inovação e Diego Ivo - Gerente Executivo do Hub de Inovação, ambos do BNB

8 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
7 de novembro de 2025
Investir em bem-estar é estratégico - e mensurável. Com dados, indicadores e integração aos OKRs, empresas transformam cuidado com corpo e mente em performance, retenção e vantagem competitiva.

Luciana Carvalho - CHRO da Blip, e Ricardo Guerra - líder do Wellhub no Brasil

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
6 de novembro de 2025
Incluir é mais do que contratar - é construir trajetórias. Sem estratégia, dados e cultura de cuidado, a inclusão de pessoas com deficiência segue sendo apenas discurso.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

5 minutos min de leitura
Liderança
5 de novembro de 2025
Em um mundo sem mapas claros, o profissional do século 21 não precisa ter todas as respostas - mas sim coragem para sustentar as perguntas certas. Neste artigo, exploramos o surgimento do homo confusus, o novo ser humano do trabalho, e como habilidades como liderança, negociação e comunicação intercultural se tornam condições de sobrevivência em tempos de ambiguidade, sobrecarga informacional e transformações profundas nas relações profissionais.

Angelina Bejgrowicz - Fundadora e CEO da AB – Global Connections

12 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
4 de novembro de 2025
Na era da hiperconexão, encerrar o expediente virou um ato estratégico - porque produtividade sustentável exige pausas, limites e líderes que valorizam o tempo como ativo de saúde mental.

Tatiana Pimenta - Fundadora e CEO da Vittude

3 minutos min de leitura
Liderança
3 de novembro de 2025
Em um mundo cada vez mais automatizado, liderar com empatia, propósito e presença é o diferencial que transforma equipes, fortalece culturas e impulsiona resultados sustentáveis.

Carlos Alberto Matrone - Consultor de Projetos e Autor

7 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #169

TECNOLOGIAS MADE IN BRASIL

Não perdemos todos os bondes; saiba onde, como e por que temos grandes oportunidades de sucesso (se soubermos gerenciar)