Gestão de Pessoas
4 min de leitura

Afinal, quem avalia o desenvolvimento contínuo de um C-Level?

A liderança C-Level como pilar estratégico: a importância do desenvolvimento contínuo para o sucesso organizacional e a evolução da empresa.
Valéria Pimenta é diretora de negócios na Thomas International Brasil, provedora de avaliações comportamentais, presente em 60 países.

Compartilhar:

Alcançar a cadeira máxima de liderança, seja como CEO, ou, ainda, um assento estratégico e de alto nível hierárquico, ocupando qualquer posição C-Level é considerada uma oportunidade para poucos profissionais – não só por aceitarem este desafio, mas se prepararem para estar neste lugar. E, embora com qualidades técnicas e comportamentais, muitas vezes, altamente satisfatórias para ocupar o espaço, por vezes, o desenvolvimento contínuo de um líder se estaciona ao chegar nesta posição, o que pode, consequentemente, colocar em ‘risco’ toda a companhia.

É lugar comum falar que o líder precisa investir no aprimoramento de suas habilidades continuamente. Ele precisa ter total convicção que toda a equipe esteja em sinergia e alinhada com os objetivos de negócios da empresa. Hoje, por conta da evolução muito mais acelerada do mercado, com novas tecnologias, inclusive, profissionais que ocupam cargos C-Level precisam estar em alerta máximo.

Por ocuparem altos cargos, no entanto, o acompanhamento de seu próprio desenvolvimento, em alguns casos, pode não ser tão ‘exigido’ e acompanhado pelas companhias. Além da forte cobrança que profissionais que alcançam o topo enfrentam, os feedbacks nessa posição são escassos, e acima deles estão, por vezes, apenas os conselhos administrativos ou os próprios acionistas. Com isso, fica a dúvida internamente em muitas empresas sobre quem deveria acompanhar esse desenvolvimento contínuo.

A melhor saída, na maioria das vezes, é que a área de gestão de pessoas esteja à frente desse dia a dia, junto, inclusive, aos acionistas ou com o proprietário da empresa, que, em suma, são os maiores interessados nessa alta performance.

Essa percepção vaiao encontro de pesquisa recente realizada pela consultoria EloGroup em parceria com o TEC Institute. O estudo intitulado “Tech C-Level Brasil” realizou entrevistas com CTOs e CIOs de grandes companhias nacionais e constatou que estes profissionais têm ganhado novas atribuições e estão assumindo maior protagonismo na tomada de decisões estratégicas das empresas. 

O estudo afirma que quase um terço (30,4%) dos CTOs e CIOs consideram suas áreas de TI parceiras estratégicas. Inclusive, entre as muitas missões das áreas estão a importância de trazer oportunidades de negócio e ganhos de eficiência viabilizados pela tecnologia para o centro das discussões.

Apesar da pesquisa trazer um olhar esperado, que reforça a importância do C-Level – não somente do CEO – buscar o crescimento sustentável da empresa, o estudo traz luz à importância de olhar o desenvolvimento contínuo das pessoas, afinal, o time precisa estar engajado e remando na mesma direção que os líderes.

Na ausência dessa orientação interna, ou mesmo no caso desse suporte, é vital que os líderes busquem continuamente o próprio desenvolvimento. O trabalho de mentoria profissional ou mesmo o trabalho comprometido de coaches sérios, que auxiliem na busca de respostas, estimulam os novos gestores a se capacitarem e se manterem engajados. É preciso um olhar profundo para reconhecer os pontos técnicos e/ou comportamentais que precisam ser lapidados.

Afinal, se manter nessa posição exige uma preparação contínua, não somente de quem está no C-Level, mas, também, de camadas de gestão estratégicas, como a média gerência – vital para que os direcionamentos sejam seguidos.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Todo ano é de aprendizado, mas 2025 foi ainda mais

Crédito caro, políticas públicas em transição, crise dos caminhões e riscos globais expuseram fragilidades e forçaram a indústria automotiva brasileira a rever expectativas, estratégias e modelos de negócio em 2025

ESG
30 de dezembro de 2025
No dia 31 de dezembro de 2025 acaba o prazo para adesão voluntária às normas IFRS S1 e S2. Se sua empresa ainda acha que tem tempo, cuidado: 2026 não vai esperar. ESG deixou de ser discurso - é regra do jogo, e quem não se mover agora ficará fora dele

Eliana Camejo - Conselheira de Administração pelo IBGC e Vice-presidente do Conselho de Administração da Sustentalli

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Aprendizado
30 de dezembro de 2025
Crédito caro, políticas públicas em transição, crise dos caminhões e riscos globais expuseram fragilidades e forçaram a indústria automotiva brasileira a rever expectativas, estratégias e modelos de negócio em 2025

Bruno de Oliveira - Jornalista e editor de negócios do site Automotive Business

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
29 de dezembro de 2025
Automação não é sobre substituir pessoas, mas sobre devolver tempo e propósito: eliminar tarefas repetitivas é a chave para engajamento, retenção e uma gestão mais estratégica.

Tiago Amor - CEO da Lecom

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
26 de dezembro de 2025
Reuniões não são sobre presença, mas sobre valor: preparo, escuta ativa e colaboração inteligente transformam encontros em espaços de decisão e reconhecimento profissional.

Jacque Resch - Sócia-diretora da RESCH RH

3 minutos min de leitura
Carreira
25 de dezembro de 2025
HSM Management faz cinco pedidos natalinos em nome dos gestores das empresas brasileiras, considerando o que é essencial e o que é tendência

Adriana Salles Gomes é cofundadora de HSM Management.

3 min de leitura
Liderança, Bem-estar & saúde
24 de dezembro de 2025
Se sua agenda lotada é motivo de orgulho, cuidado: ela pode ser sinal de falta de estratégia. Em 2026, os CEOs que ousarem desacelerar serão os únicos capazes de enxergar além do ruído.

Bruno Padredi - CEO da B2B Match

2 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Cultura organizacional
23 de dezembro de 2025
Marcela Zaidem, especialista em cultura nas empresas, aponta cinco dicas para empreendedores que querem reduzir turnover e garantir equipes mais qualificadas

Marcela Zaidem, Fundadora da Cultura na Prática

5 minutos min de leitura
Uncategorized, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
22 de dezembro de 2025
Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo - mesmo acreditando que estão incluindo.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

4 minutos min de leitura
Lifelong learning
19 de dezembro de 2025
Reaprender não é um luxo - é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Isabela Corrêa - Cofundadora da People Strat

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Inovação & estratégia
18 de dezembro de 2025
Como a presença invisível da IA traz ganhos enormes de eficiência, mas também um risco de confiarmos em sistemas que ainda cometem erros e "alucinações"?

Rodrigo Cerveira - CMO da Vórtx e Cofundador do Strategy Studio

3 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança