Direto ao ponto

Agronegócio indiano na economia de plataforma

A startup Agrigator criou um ecossistema que favorece a colaboração para lidar com uma cadeia de fornecimento complexa similar à brasileira

Compartilhar:

Imagine colocar todas as partes interessadas de uma supply chain na mesma plataforma digital: compradores e vendedores de grãos, comerciantes, usinas, indústrias, exportadores e donos de frotas. Foi o que a startup Agrigator conseguiu fazer na Índia.

A empresa foi criada em 2019 por dois colegas do Indian Institute of Management Ahmedabad (IIMA), Udit Sangwan e Charu Chaturvedi, que notaram diversas lacunas no sistema de fornecimento que poderiam ser resolvidas com a ajuda de tecnologia. Uma delas era a grande fragmentação e o alto grau de complexidade da cadeia de fornecimento na Índia. Mais de 90% da venda dos grãos para moinhos e processadores na Índia é feita por corretores, por exemplo.

Atualmente, na Agrigator, o processo de transporte de produtos agrícolas não perecíveis é feito, com apenas alguns cliques, para mais de 2,5 milhões de processadores. O crescimento da demanda é constante e tem impacto positivo nos números. Em 2021 foram mais de 1,5 mil viagens, e o crescimento da receita no ano fiscal 2020-2021 foi de impressionantes 738%. A empresa cobra uma porcentagem por seus serviços e também tem uma taxa de associação para serviços premium. Até 2023 ela deverá estar presente em todo o território indiano.

Sangwan disse ao *BusinessToday.In* que as empresas enfrentam diversas ineficiências operacionais e não conseguem escalar seus negócios, o que pode ser facilitado com um ecossistema de produtos e serviços. A Agrigator, segundo ele, está criando novas soluções focadas nos stakeholders secundários, integrando compras, logística e financiamento. Vem sendo bem-sucedida no seu próprio financiamento, tendo levantado recursos de nomes conhecidos na Índia, como Sanjay Mehta, da 100X.VC; Manish Modi, da Mastermind Capital; e Apoorva Ranjan Shama, da Venture Catalyst, em duas rodadas de investimento.

__Leia mais: [E se a Great Resignation fosse uma grande oportunidade?](https://www.revistahsm.com.br/post/e-se-a-great-resignation-fosse-uma-grande-oportunidade)__

Compartilhar:

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Empreendedorismo
Embora talvez estejamos longe de ver essa habilidade presente nos currículos formais, é ela que faz líderes conscientes e empreendedores inquietos
3 min de leitura
Marketing Business Driven
Leia esta crônica e se conscientize do espaço cada vez maior que as big techs ocupam em nossas vidas
3 min de leitura
Empreendedorismo
Falta de governança, nepotismo e desvios: como as empresas familiares repetem os erros da vilã de 'Vale Tudo'

Sergio Simões

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Já notou que estamos tendo estas sensações, mesmo no aumento da produção?

Leandro Mattos

7 min de leitura
Empreendedorismo
Fragilidades de gestão às vezes ficam silenciosas durante crescimentos, mas acabam impedindo um potencial escondido.

Bruno Padredi

5 min de leitura
Empreendedorismo
51,5% da população, só 18% dos negócios. Como as mulheres periféricas estão virando esse jogo?

Ana Fontes

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Marcelo Murilo

7 min de leitura
ESG
Projeto de mentoria de inclusão tem colaborado com o desenvolvimento da carreira de pessoas com deficiência na Eurofarma

Carolina Ignarra

6 min de leitura
Saúde mental, Gestão de pessoas
Como as empresas podem usar inteligência artificial e dados para se enquadrar na NR-1, aproveitando o adiamento das punições para 2026
0 min de leitura
ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura