Uncategorized

Antes de mudar, faça 7 perguntas

Se quiser ter sucesso, qualquer grande projeto de mudança deve ser precedido por uma análise de fundamentos
é professor de comportamento organizacional da London Business School, de Londres, Reino Unido

Compartilhar:

**1. Qual o escopo dessa mudança que buscamos?**

A tendência atual é de pequenas transformações no comportamento das pessoas em vez de grandes mudanças organizacionais. Trata-se de centenas, ou mesmo milhares, de indivíduos agindo de novas formas. É apenas pensando dessa maneira que as pessoas de uma empresa tornam realidade mudanças que possam ser percebidas pelos clientes. 

**2. Como esperar que a mão de obra responda à mudança?** 

A mão de obra atualmente é mais cética e questionadora, além de consciente do mundo a seu redor e do valor da individualidade e da vida fora da empresa. (Em grande parte, isso é alimentado pelo acesso à internet e às mídias sociais.) 

Só que os profissionais querem, cada vez mais, sentir que seu trabalho faz diferença. Como sabem mais sobre a concorrência e sobre o que as outras organizações estão fazendo, querem que sua empresa tenha sucesso, tanto por razões pessoais como por orgulho. Isso deve ser usado. 

**3. Como fazer a mudança ser integrada?**

É essencial somar formas de pensamento e pontos de vista diversos. Os padrões de comportamento dos indivíduos devem construir, em seu conjunto, uma mudança substancial na organização. 

A liderança precisa agir para fazer com que muitas pequenas mudanças avancem na mesma direção, formando um todo coerente, e, assim, tenham efeito benéfico. 

**4. Como alguém pode liderar a mudança?** 

Funcionários conscientes demandam um tipo de líder diferente. A gestão de cima para baixo da era industrial não funciona mais. Frequentemente as ideias de mudança surgem de pessoas que atuam em todos os níveis da organização. 

Agora, a mudança é, em certo sentido, uma atividade de grupo, e o grupo pode estar na base da empresa – o que, por sua vez, requer uma liderança que valorize, motive e oriente esse grupo. 

**5. Como reformular a mudança?**

Os funcionários de hoje em dia já passaram por tantas “iniciativas de mudança” que “mudança” se tornou uma palavra ruim. Os líderes precisam levar aos colaboradores esperança, propósito e estímulo para tentar algo novo e prepará-los para as dificuldades: (1) a mudança leva tempo e (2) pode não funcionar perfeitamente. 

**6. Que “histórias de mudança” transmitir?**

Os líderes podem transmitir um sentimento de propósito comum com histórias sobre como o esforço coletivo cria um futuro melhor. Essas histórias devem trazer esperança, concentrando-se em de que modo os funcionários, como coletividade, podem fazer algo para suas vidas, a organização e até mesmo o planeta. É preciso estimulá-los a colocar o foco nos resultados. 

**7. Quão centrais as pessoas são nessa estratégia de mudança?** 

Têm de ser 100% centrais. A única maneira de desenvolver uma organização pronta para mudar e com capacidade de se adaptar à mudança é por meio de uma abordagem psicológica, não estratégica.

É preciso inspirar as pessoas a acreditar na mudança e a desejá-la. Repetindo: as organizações trabalham melhor quando há centenas, ou mesmo milhares, de pessoas buscando a cada dia formas de construir um futuro melhor.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

A difícil arte de premiar sem capitular

Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Tecnologias exponenciais
A IA não é só para tech giants: um plano passo a passo para líderes transformarem colaboradores comuns em cientistas de dados — usando ChatGPT, SQL e 360 horas de aprendizado aplicado

Rodrigo Magnago

21 min de leitura
ESG
No lugar de fechar as portas para os jovens, cerque-os de mentores e, por que não, ofereça um exemplar do clássico americano para cada um – eles sentirão que não fazem apenas parte de um grupo estereotipado, mas que são apenas jovens

Daniela Diniz

05 min de leitura
Empreendedorismo
O Brasil já tem 408 startups de impacto – 79% focadas em soluções ambientais. Mas o verdadeiro potencial está na combinação entre propósito e tecnologia: ferramentas digitais não só ampliam o alcance dessas iniciativas, como criam um ecossistema de inovação sustentável e escalável

Bruno Padredi

7 min de leitura
Finanças
Enquanto mulheres recebem migalhas do venture capital, fundos como Moon Capital e redes como Sororitê mostram o caminho: investir em empreendedoras não é ‘caridade’ — é fechar a torneira do vazamento de talentos e ideias que movem a economia

Ana Fontes

5 min de leitura
Empreendedorismo
Desde Alfred Nobel, o ato de reconhecer os feitos dos seres humanos não é uma tarefa trivial, mas quando bem-feita costuma resultar em ganho reputacional para que premia e para quem é premiado

Ivan Cruz

7 min de leitura
ESG
Resgatar nossas bases pode ser a resposta para enfrentar esta epidemia

Lilian Cruz

5 min de leitura
Liderança
Como a promessa de autonomia virou um sistema de controle digital – e o que podemos fazer para resgatar a confiança no ambiente híbrido.

Átila Persici

0 min de leitura
Liderança
Rússia vs. Ucrânia, empresas globais fracassando, conflitos pessoais: o que têm em comum? Narrativas não questionadas. A chave para paz e negócios está em ressignificar as histórias que guiam nações, organizações e pessoas

Angelina Bejgrowicz

6 min de leitura
Empreendedorismo
Macro ou micro reducionismo? O verdadeiro desafio das organizações está em equilibrar análise sistêmica e ação concreta – nem tudo se explica só pela cultura da empresa ou por comportamentos individuais

Manoel Pimentel

0 min de leitura
Gestão de Pessoas
Aprender algo novo, como tocar bateria, revela insights poderosos sobre feedback, confiança e a importância de se manter na zona de aprendizagem

Isabela Corrêa

0 min de leitura