Liderança
4 min de leitura

Aprendizagem ativa, afetiva e efetiva para gerar engajamento

Conheça 6 abordagens práticas para que sua aprendizagem se reconfigure da melhor forma

Compartilhar:

Criar uma experiência de aprendizagem memorável e um grande desafio, sobretudo em tempos onde as agendas estão sobrecarregadas e cansados mentalmente. Muitas vezes acreditamos que a solução é adquirir cursos, comprar livros ou mesmo oferecer uma plataforma com conteúdos, no entanto, consumir informação não é o mesmo que aprender.

No primeiro dia de ATD 2025, Danielle Walace explorou de forma brilhante, a necessidade que as empresas tem de repensar suas práticas de aprendizagem, e propôs um design centrado no desempenho, adotando abordagens que tornam a aprendizagem mais afetiva, efetiva e ativa, que consequentemente, aumenta o engajamento e os resultados.

Ela trouxe seis abordagens práticas:

  1. Comece com o que importa: problemas reais

A aprendizagem precisa partir do contexto, não do conteúdo. Um exemplo prático apresentado foi o de um gerente que precisa conversar com sua equipe sobre saúde mental. A solução não é um módulo sobre “o que é depressão”, mas uma simulação prática com perguntas difíceis e decisões reais. Isso gera retenção e prepara para a ação.

2. Troque exposição por experiência

Roleplays, quizzes inteligentes, microdesafios e simulações são mais eficazes do que qualquer sequência de slides. Treinamentos genéricos não dão conta da complexidade do ambiente atual. A aprendizagem precisa ser ativa e contextualizada.

3. Use a IA para dar feedback de verdade

A inteligência artificial permite personalização em escala — e feedback imediato. Seja por meio de avatares, chatbots ou quizzes interativos, o retorno precisa ser construtivo, orientado à melhoria e integrado à prática.

4. Peça para aplicar e compartilhar resultados

Wallace foi categórica: quando o aprendiz sabe que terá que compartilhar como aplicou o que aprendeu, a curva de atenção muda. Chamadas à ação durante a formação, aliadas a espaços de compartilhamento (lives, chats, fóruns), aumentam a responsabilidade e o senso de pertencimento.

5. Aposte em storytelling

Histórias, vídeos, quadrinhos e até avatares de IA ajudam a humanizar conteúdos e facilitar a transferência para o cotidiano.

6. Insira reflexão como parte do processo, não como fechamento

Refletir durante e depois da experiência amplia a retenção e favorece a transferência. Se a sua universidade corporativa ainda está presa ao trio conteúdo-prova-certificado, está na hora de repensar esse modelo.

A aprendizagem que transforma combina prática, personalização, afeto e contexto.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando a IA desafia o ESG: o dilema das lideranças na era algorítmica

A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Empreendedorismo
Falta de governança, nepotismo e desvios: como as empresas familiares repetem os erros da vilã de 'Vale Tudo'

Sergio Simões

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Já notou que estamos tendo estas sensações, mesmo no aumento da produção?

Leandro Mattos

7 min de leitura
Empreendedorismo
Fragilidades de gestão às vezes ficam silenciosas durante crescimentos, mas acabam impedindo um potencial escondido.

Bruno Padredi

5 min de leitura
Empreendedorismo
51,5% da população, só 18% dos negócios. Como as mulheres periféricas estão virando esse jogo?

Ana Fontes

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Marcelo Murilo

7 min de leitura
ESG
Projeto de mentoria de inclusão tem colaborado com o desenvolvimento da carreira de pessoas com deficiência na Eurofarma

Carolina Ignarra

6 min de leitura
Saúde mental, Gestão de pessoas
Como as empresas podem usar inteligência artificial e dados para se enquadrar na NR-1, aproveitando o adiamento das punições para 2026
0 min de leitura
ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura