Depois de conversar com mais de 30 líderes de Produto e Tecnologia, percebemos uma coisa em comum: liderar neste setor é como gerenciar um sistema vivo. Não basta que cada parte funcione bem isoladamente, o que gera resultados é o alinhamento entre estratégia e execução. E esse equilíbrio exige mais do que conhecimento técnico, mas demanda habilidades capazes de conectar propósito, pessoas e performance.
Entre os pontos mais relevantes para a gestão eficaz, quatro pilares se destacam:
1. Visão estratégica com foco no negócio
Ter clareza sobre os objetivos da empresa e saber traduzi-los em ações práticas é o que dá sentido ao trabalho das equipes de tecnologia e produto. Essa perspectiva permite decisões mais consistentes e um direcionamento sustentável no médio e longo prazo.
2. Priorizar com precisão
Em contextos acelerados, saber o que realmente importa evita desperdício de tempo e desalinhamento com stakeholders. A priorização deve ser guiada por dados, impacto no negócio e conexão com o planejamento, só assim é possível manter o foco nas entregas que realmente movem a companhia.
3. Autonomia e confiança como base da cultura
Ambientes de alta performance são aqueles em que os times têm espaço para tomar decisões e sentem-se parte do sucesso. Promover autonomia, porém, exige uma base sólida de confiança. Quando bem construída, essa cultura elimina o microgerenciamento, estimula a inovação e aumenta a agilidade das entregas.
Além disso, outras competências fortalecem o posicionamento e elevam a qualidade da gestão, são elas: empatia com o cliente, desenvolvimento contínuo do time e comunicação aberta e transparente. Essas características ajudam a lidar com os desafios diários e formam líderes preparados para o que vem pela frente.
4. Liderança de verdade prepara o time para crescer
Equipes de alto rendimento também compartilham algumas competências-chave, como visão sistêmica, autogestão e uma cultura forte de aprendizado contínuo. Quando líderes e times desenvolvem essas capacidades juntos, os resultados se tornam consistentes e sustentáveis.
Não existe uma combinação única de habilidades que funcione em todo contexto. Mas na prática, é fácil perceber quando elas faltam: decisões desalinhadas, retrabalho constante e um time que entrega sem gerar tração real. Liderar bem não é sobre ter resposta pra tudo. É sobre sustentar o foco certo, priorizar com critério e tomar decisões com base em impacto, não urgência.
Faça o exercício: sempre que surgir uma nova demanda ou decisão difícil, pergunte-se: qual habilidade de liderança está sendo exigida aqui? E ela já está madura no meu time? Se a resposta for “não sei” ou “depende”, talvez o gargalo não esteja na operação, mas na forma como se lidera.