Estratégia e Execução

As novas jogadas do gigante do basquete

Conheça cinco lições de negócios do bem-sucedido empreendedor Earvin “Magic” Johnson

Compartilhar:

Magic Johnson, que brilhou no basquete da NBA nos anos 1980 e 1990 com seu time Los Angeles Lakers, tornou-se empresário. É o CEO da Magic Johnson Enterprises, conglomerado que fatura US$ 1 bilhão por ano, segundo a revista Fortune, e inclui franquias de cinemas, cafés e outras empresas de serviços, geralmente localizadas em regiões urbanas carentes e empregando milhares de pessoas de minorias. O ex-jogador mantém também a Magic Johnson Foundation, que fornece testes gratuitos para a detecção do vírus HIV (ele mesmo é portador). O que Johnson aprendeu com seus negócios? “Antes de tudo, é preciso efetivamente fazer diferença na vida das pessoas”, disse quando esteve em Stanford para conversar com os alunos de administração. Ele dividiu seu aprendizado: 

**1. ENTRE EM QUADRA SÓ COM AS PESSOAS CERTAS**

Johnson sempre quis se tornar um empreendedor ao se aposentar do basquete, mas se deu conta de que o que fez dele um grande jogador não o transformaria em um grande CEO. Seu primeiro passo, então, foi “tirar o ego de quadra” e reconhecer que precisava de instrução. Ele marcou almoços de negócios com 20 pessoas bem-sucedidas e trouxe-as para sua equipe. “Contratei os profissionais certos e me cerquei de especialistas em negócios como mentores, aplicando o que aprendia com eles”, conta.

**2. ESPERE RECEBER MUITOS NÃOS**

O fundo de pensão CalPERS disse “não” a Johnson nas primeiras quatro vezes em que ele lhe pediu capital para aplicar em comunidades carentes. Na quinta visita, o CalPERS cedeu e investiu US$ 50 milhões. “Você vai receber nãos. Algumas pessoas não vão gostar de seu plano de negócios”, diz Johnson. “Mas, se você fez a pesquisa certa e descobriu que tem uma boa chance de sucesso, insista.”

**3. PREPARE-SE PARA MUDAR DE RUMO**

Logo depois que o fundo imobiliário de Johnson construiu condomínios, o mercado quebrou, em 2008, e potenciais compradores perderam o acesso a financiamentos. Em vez de esperar a recessão acabar, Johnson mudou o modelo de negócio e começou a alugar as unidades. “Seja rápido e ágil o suficiente para dizer: ‘Quer saber? Posso me adaptar e ajustar a empresa ao que está acontecendo no mercado hoje’.”

**4. DESCUBRA NECESSIDADES**

Como as opções de varejo eram escassas em comunidades habitadas por minorias, as pessoas costumavam se deslocar por 45 minutos ou uma hora para fazer compras ou assistir a um filme. Johnson então decidiu abrir cinemas. Oferecer novos serviços a esses bairros ajudou as comunidades – e fez com que os negócios de Johnson fossem bem-sucedidos porque ele foi “capaz de entender essas necessidades”, diz.

**5. ENTENDA SUA BASE DE CONSUMIDORES**

Nos restaurantes e cafés que teve em bairros de minorias, incluindo 125 Starbucks, Johnson atribui seu êxito a preços razoáveis e a produtos adaptados ao gosto dessas comunidades. “Tive de tirar os bolinhos [scones] de meus Starbucks e colocar outras opções.” Sua franquia do TGI’s Friday em Los Angeles, porém, servia Dom Pérignon, Cristal e outras bebidas de alto padrão. “Nos dois casos, tive sucesso porque ofereci exatamente o que aquela base de consumidores queria”, comenta ele.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Competitividade da Indústria Brasileira diante do Protecionismo Global

A recente vitória de Donald Trump nos EUA reaviva o debate sobre o protecionismo, colocando em risco o acesso do Brasil ao segundo maior destino de suas exportações. Porém, o país ainda não está preparado para enfrentar esse cenário. Sua grande vulnerabilidade está na dependência de um número restrito de mercados e produtos primários, com pouca diversificação e investimentos em inovação.

Mercado de RevOps desponta e se destaca com crescimento acima da média 

O Revenue Operations (RevOps) está em franca expansão global, com estimativa de que 75% das empresas o adotarão até 2025. No Brasil, empresas líderes, como a 8D Hubify, já ultrapassaram as expectativas, mais que dobrando o faturamento e triplicando o lucro ao integrar marketing, vendas e sucesso do cliente. A Inteligência Artificial é peça-chave nessa transformação, automatizando interações para maior personalização e eficiência.

Uso de PDI tem sido negligenciado nas companhias

Apesar de ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de colaboradores, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) vem sendo negligenciado por empresas no Brasil. Pesquisa da Mereo mostra que apenas 60% das companhias avaliadas possuem PDIs cadastrados, com queda no engajamento de 2022 para 2023.

Regulamentação da IA: Como empresas podem conciliar responsabilidades éticas e inovação? 

A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo dos negócios, mas seu avanço rápido exige uma discussão sobre regulamentação. Enquanto a Europa avança com regras para garantir benefícios éticos, os EUA priorizam a liberdade econômica. No Brasil, startups e empresas se mobilizam para aproveitar as vantagens competitivas da IA, mas aguardam um marco legal claro.

Governança estratégica: a gestão de riscos psicossociais integrada à performance corporativa

A gestão de riscos psicossociais ganha espaço nos conselhos, impulsionada por perdas estimadas em US$ 3 trilhões ao ano. No Brasil, a atualização da NR1 exige que empresas avaliem e gerenciem sistematicamente esses riscos. Essa mudança reflete o reconhecimento de que funcionários saudáveis são mais produtivos, com estudos mostrando retornos de até R$ 4 para cada R$ 1 investido

Empreendedorismo
A agência dos agentes em sistemas complexos atua como força motriz na transformação organizacional, conectando indivíduos, tecnologias e ambientes em arranjos dinâmicos que moldam as interações sociais e catalisam mudanças de forma inovadora e colaborativa.

Manoel Pimentel

3 min de leitura
Liderança
Ascender ao C-level exige mais que habilidades técnicas: é preciso visão estratégica, resiliência, uma rede de relacionamentos sólida e comunicação eficaz para inspirar equipes e enfrentar os desafios de liderança com sucesso.

Claudia Elisa Soares

6 min de leitura
Diversidade, ESG
Enquanto a diversidade se torna uma vantagem competitiva, o reexame das políticas de DEI pelas corporações reflete tanto desafios econômicos quanto uma busca por práticas mais autênticas e eficazes

Darcio Zarpellon

8 min de leitura
Liderança
E se o verdadeiro poder da sua equipe só aparecer quando o líder estiver fora do jogo?

Lilian Cruz

3 min de leitura
ESG
Cada vez mais palavras de ordem, imperativos e até descontrole tomam contam do dia-dia. Nesse costume, poucos silêncios são entendidos como necessários e são até mal vistos. Mas, se todos falam, no fim, quem é que está escutando?

Renata Schiavone

4 min de leitura
Finanças
O primeiro semestre de 2024 trouxe uma retomada no crédito imobiliário, impulsionando o consumo e apontando um aumento no apetite das empresas por crédito. A educação empreendedora surge como um catalisador para o desenvolvimento de startups, com foco em inovação e apoio de mentorias.

João Boos

6 min de leitura
Cultura organizacional, Empreendedorismo
A ilusão da disponibilidade: como a pressão por respostas imediatas e a sensação de conexão contínua prejudicam a produtividade e o bem-estar nas equipes, além de minar a inovação nas organizações modernas.

Dorly

6 min de leitura
ESG
No texto deste mês do colunista Djalma Scartezini, o COO da Egalite escreve sobre os desafios profundos, tanto à saúde mental quanto à produtividade no trabalho, que a dor crônica proporciona. Destacando que empresas e gestores precisam adotar políticas de inclusão que levem em conta as limitações físicas e os altos custos associados ao tratamento, garantindo uma verdadeira equidade no ambiente corporativo.

Djalma Scartezini

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A adoção de políticas de compliance que integram diretrizes claras de inclusão e equidade racial é fundamental para garantir práticas empresariais que vão além do discurso, criando um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo, transparente e em conformidade com a legislação vigente.

Beatriz da Silveira

4 min de leitura