Desenvolvimento pessoal

Autossabotadores: os vilões do desenvolvimento de jovens

Os desafios na jornada de aperfeiçoamento pessoal e profissional
Sabina Augras e Laura Fuks são sócias fundadoras da Cmov, edtech na área de carreira e empregabilidade.

Compartilhar:

Os jovens enfrentam inúmeros desafios em sua jornada rumo ao desenvolvimento pessoal e profissional. Uma das principais barreiras a esse desenvolvimento são os chamados vilões internos, que podem sabotar seus esforços para se engajarem em atividades que promovam seu crescimento e aprendizado.

Os autossabotadores são comportamentos e pensamentos negativos, produzidos pelo próprio jovem, que pode minar sua confiança e motivação, impedindo–o de alcançar seus objetivos e metas. Alguns exemplos comuns de vilões que podem afetar o desenvolvimento de jovens incluem o procrastinador, o vitimizador, o crítico, o insistente, o hiper realizador e o hiper racional.

Por exemplo, o procrastinador é aquele que adia ou evita realizar tarefas importantes, prejudicando o seu desempenho e comprometendo suas metas. O vitimizador é quem tende a se culpar pelos problemas e fracassos, em vez de assumir a responsabilidade por suas ações e buscar soluções. O crítico é aquele que é excessivamente duro consigo mesmo e com os outros, impedindo o crescimento e o aprendizado. Já o hiper-realizador é aquele que se sente pressionado a sempre alcançar metas cada vez mais altas e ambiciosas, o que pode gerar estresse e exaustão.

Esses e outros autossabotadores podem impedir que os jovens se engajem em atividades que promovam seu desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional.

A questão é que quando esses autossabotadores tomam corpo, o maior prejudicado acaba sendo o próprio jovem, na sua autoestima, na sua capacidade de realização e até na dificuldade de acessar o mercado de trabalho.

Por isso é fundamental reconhecê-los e aprender a lidar com eles de forma eficaz. Isso pode envolver a busca por apoio e orientação profissional, a prática de técnicas de gestão de pensamentos e emoções, e o envolvimento em atividades que promovam o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.

Além disso, é importante que os jovens se engajem em atividades que os desafiem e os façam crescer, como aprender novas habilidades, participar de projetos voluntários ou comunitários, e explorar novas áreas de interesse. Essas experiências podem ajudá-los a desenvolver a resiliência, a autoconfiança e a autodeterminação, habilidades fundamentais para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e alcançar sucesso profissional.

É importante entender e perceber que autossabotadores estão entre os principais dificultadores do desenvolvimento de jovens e podem afetar suas oportunidades de crescimento e acesso ao mercado de trabalho. Reconhecer e lidar com esses obstáculos é fundamental para que os jovens possam se engajar em atividades que promovam seu crescimento e desenvolvimento, maximizando suas chances de sucesso e bem-estar na vida adulta.

Compartilhar:

Sabina Augras e Laura Fuks são sócias fundadoras da Cmov, edtech na área de carreira e empregabilidade.

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura