Marketing
4 min de leitura

BBB 25: O início dos jogos e da maratona publicitária!  

Segundo pesquisa do Instituto Qualibest, houve um aumento de 17 pontos percentuais no número de pessoas assistindo ao programa, em comparação à última edição. Vamos entender como o "ouro televisivo" ainda é uma arma potente de marketing brasileiro.
Carolina Fernandes (Caru) é executiva com mais de 20 anos de experiência em marketing e comunicação, com passagem por multinacionais, agências e universidades. É CEO da Cubo Comunicação, professora na PUC-RS, autora do livro "A Tecla SAP do Marketês" e host do podcast homônimo - em parceria renovada com o Pinterest -, além de colunista no Economia SP e ex-colunista da Exame. Caru alia estratégia, didática e autoridade na criação de conteúdo relevante para o ambiente B2B.

Compartilhar:

Big Brother, olhar

O Big Brother Brasil (BBB) chega à sua 25ª edição com a promessa de ser um marco na história do reality. A edição comemorativa não apenas celebra o sucesso do programa ao longo de mais de duas décadas, mas também se consolida como uma plataforma de marketing indispensável para grandes marcas. 

Com patrocínios recordes e uma audiência que ultrapassa fronteiras, o BBB reafirma seu lugar como um dos produtos midiáticos mais poderosos do Brasil, transformando investimentos milionários em visibilidade e retorno comercial. 

E por que as marcas investem alto no reality?

O Big Brother Brasil 25 é um marco na história, pois celebra 25 edições de sucesso no ar. Para tal, a Rede Globo preparou, entre outras coisas, a série documental “BBB: O Documentário – Mais que uma espiada”. Exibida em quatro episódios, a produção explora como o reality influenciou a sociedade brasileira e moldou comportamentos culturais e de consumo. Essa conexão histórica é reforçada por novidades no formato, como a entrada dos participantes em duplas e ativações inéditas com patrocinadores.

Por que as Marcas Investem no BBB?

O BBB é uma vitrine que combina massiva audiência com alta segmentação de público. Em 2024, o programa arrecadou mais de R$ 1,5 bilhão, mostrando o poder de atratividade para anunciantes. Na edição de 2025, foi oferecido às marcas cotas principais que variam de R$ 24 milhões a R$ 124 milhões. Além disso, ações como provas, almoços e festas oferecem oportunidades adicionais para exibição de produtos e engajamento. 

Mesmo exigindo um alto investimento, o interesse é grande. O número de marcas participantes já alcançou um recorde de 21 patrocinadores, comercializando todos os espaços comerciais disponíveis para o mercado antes mesmo da estreia.  E o que explica esse interesse? Primeiro, uma das maiores forças do BBB é a capacidade de gerar identificação e engajamento emocional. Bordões, estilos de cabelo e até modismos criados dentro da casa se tornam tendências que impactam diretamente o comportamento do consumidor.

Ao longo de 25 edições, o reality consolidou sua posição como um criador de tendências culturais e comportamentais, proporcionando às marcas uma oportunidade única de estar no centro das conversas do país. Mas, será que realmente se justifica adquirir uma cota no BBB? Se pautando apenas pelos resultados da edição de 2024, a resposta é sim. Estudos realizados após o fim do programa pelo Instituto Qualibest e pela ILUMEO, apontam que:

  • 76% do público afirmou ter vontade de comprar produtos exibidos no BBB 24;
  • Três quartos dos entrevistados se declararam impactados pelas marcas;
  • 72% acreditam que as marcas do reality transmitem confiança;
  • 44% dos entrevistados compraram produtos do iFood, seguido por Mercado Livre e Seara, ambos com 38%, marcas que adquiriram as cotas principais do BBB 24;
  • Marcas de menor apelo, como Ademicon e Esportes da Sorte, obtiveram um incremento grande em sua força de marca, +1.8 e +1.2 respectivamente.

Apenas pra ilustrar o retorno positivo do investimento no BBB para as marcas, em 2024, o iFood alcançou um aumento significativo em pedidos e engajamento digital ao integrar suas campanhas ao universo do BBB.  

Mas a audiência do BBB não está em declínio? 

Não é isso que os números mostram. Segundo pesquisa do Instituto Qualibest, houve um aumento de 17 pontos percentuais no número de pessoas assistindo ao programa, em comparação à última edição do estudo: 76% dos entrevistados afirmaram acompanhar o BBB 24, sendo que 39% assistem todos os dias da semana.

Esses números só evidenciam que o Big Brother Brasil é muito mais do que um programa de TV. Seu alcance se expande para redes sociais, portais de notícias e plataformas de streaming. Mesmo em ano de Copa do Mundo e eleições presidenciais, o reality show acumulou 82 milhões de conversas digitais em três meses, superando esses eventos.

Investir no BBB é mais do que um movimento estratégico; é um passaporte para a visibilidade massiva e confiança do consumidor. O programa, que já ultrapassou barreiras de formato e se tornou um fenômeno cultural, reafirma a importância de conectar entretenimento e publicidade.  Com sua 25ª edição, o BBB solidifica sua relevância como uma das mais poderosas plataformas de marketing do Brasil, um verdadeiro “ouro televisivo” para as marcas que têm o privilégio de participar. Afinal, poucos programas conseguem transformar milhões de reais em audiência, engajamento e, principalmente, vendas.  

Que comecem os jogos – e a maratona publicitária!  

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Diversidade, Estratégia, Gestão de Pessoas
8 de agosto de 2025
Já parou pra pensar se a diversidade na sua empresa é prática ou só discurso? Ser uma empresa plural é mais do que levantar a bandeira da representatividade - é estratégia para inovar, crescer e transformar.

Natalia Ubilla

5 minutos min de leitura
ESG, Cultura organizacional, Inovação
6 de agosto de 2025
Inovar exige enxergar além do óbvio - e é aí que a diversidade se torna protagonista. A B&Partners.co transformou esse conceito em estratégia, conectando inclusão, cultura organizacional e metas globais e impactou 17 empresas da network!

Dilma Campos, Gisele Rosa e Gustavo Alonso Pereira

9 minutos min de leitura
Cultura organizacional, ESG, Gestão de pessoas, Liderança, Marketing
5 de agosto de 2025
No mundo corporativo, reputação se constrói com narrativas, mas se sustenta com integridade real - e é justamente aí que muitas empresas tropeçam. É o momento de encarar os dilemas éticos que atravessam culturas organizacionais, revelando os riscos de valores líquidos e o custo invisível da incoerência entre discurso e prática.

Cristiano Zanetta

6 minutos min de leitura
Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
29 de julho de 2025
Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

Vitor Maciel

3 minutos min de leitura
Carreira, Aprendizado, Desenvolvimento pessoal, Lifelong learning, Pessoas, Sociedade
27 de julho de 2025
"Tudo parecia perfeito… até que deixou de ser."

Lilian Cruz

5 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura