Espaço lifelong learning

Cenários reais para futuros imaginários

Os sinais do futuro estão disponíveis em muitas pistas no cotidiano das pessoas hoje, perceptíveis para quem tiver habilidade – e disposição – para enxergá-los
Jornalista com ampla experiência nas áreas de negócios, inovação e tecnologia. Especializado em produção de conteúdo para veículos de mídia, branded content e gestão de projetos multiplataforma (online, impresso e eventos). Vencedor dos prêmios Citi Journalistic Excellence Award e Editora Globo de Jornalismo. Também é gerente de conteúdo da HSM Management.

Compartilhar:

Prever futuros é uma arte diretamente ligada à análise de dados, à interpretação de contextos históricos e à modelagem de cenários. Os grandes escritores de ficção científica, como Philip K. Dick e William Gibson, perceberam isso muito antes dos think tanks e dos bureaus de tendências. Publicados há algumas décadas, livros como Neuromancer e Androides sonham com ovelhas elétricas? mostram futuros que permanecem assustadoramente próximos de todos nós – resultado de um extenso trabalho de pesquisa, leitura e cruzamento de informações realizado por seus autores. Como já dizia a antiga propaganda: não é bruxaria, é tecnologia – e, nesse caso, metodologia.

Cenários futuros, sejam pessimistas ou otimistas, estão sempre vulneráveis à força da natureza e do acaso, como aprendemos a duras penas nos últimos anos. Teoria do caos, pura e simples. Mas, no longo prazo, modelos preditivos baseados em pesquisa rigorosa e informação de qualidade tendem a apresentar bons índices de precisão. O que faz a diferença é o viés da análise. Na retrospectiva, os mais otimistas dirão que já sabiam. Os mais pessimistas, que já tinham avisado. Entre essas duas visões, estão as revoluções silenciosas que invadem nossas vidas todos os dias.

Para quem está tentando antecipar os próximos 20 ou 30 anos, recomendo imaginar como será nossa vida nos próximos 12 meses. Pense menos em carros voadores e mais no diagnóstico rápido de um teste de covid-19 da farmácia da esquina. Por trás de cada minuto e real economizados, estão algumas das tecnologias mais decisivas para o futuro da humanidade. Novos modelos econômicos e sociais surgem de inovações acessíveis a grandes parcelas da população – e de sua tradução em estilos de vida, comportamentos de consumo e modelos de negócios replicáveis.
As pistas de como será o amanhã estão em nosso dia a dia. No sistema de recomendação da plataforma de streaming. Nas transmissões de e-sports que atraem milhões de espectadores. Nos estudos acadêmicos e científicos publicados em cada canto do mundo. Do blockchain ao metaverso, o glossário de tendências vai longe. Citando mais uma vez William Gibson, o futuro já chegou, ele apenas não está uniformemente distribuído. As possibilidades estão no modo como entendemos e preenchemos essas lacunas. Cada vez mais, uma habilidade essencial para fazermos as escolhas e os investimentos certos nos próximos anos.

Compartilhar:

Artigos relacionados

O futuro dos eventos: conexões que transformam

Eventos não morreram, mas 78% dos participantes já rejeitam formatos ultrapassados. O OASIS Connection chega como antídoto: um laboratório vivo onde IA, wellness e conexões reais recriam o futuro dos negócios

Tecnologias exponenciais
Os cuidados necessários para o uso de IA vão muito além de dados e cada vez mais iremos precisar entender o real uso destas ferramentas para nos ajudar, e não dificultar nossa vida.

Eduardo Freire

7 min de leitura
Liderança
A Inteligência Artificial está transformando o mercado de trabalho, mas em vez de substituir humanos, deve ser vista como uma aliada que amplia competências e libera tempo para atividades criativas e estratégicas, valorizando a inteligência única do ser humano.

Jussara Dutra

4 min de leitura
Gestão de Pessoas
A história familiar molda silenciosamente as decisões dos líderes, influenciando desde a comunicação até a gestão de conflitos. Reconhecer esses padrões é essencial para criar lideranças mais conscientes e organizações mais saudáveis.

Vanda Lohn

5 min de leitura
Empreendedorismo
Afinal, o SXSW é um evento de quem vai, mas também de quem se permite aprender com ele de qualquer lugar do mundo – e, mais importante, transformar esses insights em ações que realmente façam sentido aqui no Brasil.

Dilma Campos

6 min de leitura
Uncategorized
O futuro das experiências de marca está na fusão entre nostalgia e inovação: 78% dos brasileiros têm memórias afetivas com campanhas (Bombril, Parmalat, Coca-Cola), mas resistem à IA (62% desconfiam) - o desafio é equilibrar personalização tecnológica com emoções coletivas que criam laços duradouros

Dilma Campos

7 min de leitura
Gestão de Pessoas
O aprendizado está mudando, e a forma de reconhecer habilidades também! Micro-credenciais, certificados e badges digitais ajudam a validar competências de forma flexível e alinhada às demandas do mercado. Mas qual a diferença entre eles e como podem impulsionar carreiras e instituições de ensino?

Carolina Ferrés

9 min de leitura
Inovação
O papel do design nem sempre recebe o mérito necessário. Há ainda quem pense que se trata de uma área do conhecimento que é complexa em termos estéticos, mas esse pensamento acaba perdendo a riqueza de detalhes que é compreender as capacidades cognoscíveis que nós possuímos.

Rafael Ferrari

8 min de leitura
Inovação
Depois de quatro dias de evento, Rafael Ferrari, colunista e correspondente nos trouxe suas reflexões sobre o evento. O que esperar dos próximos dias?

Rafael Ferrari

12 min de leitura
ESG
Este artigo convida os profissionais a reimaginarem a fofoca — não como um tabu, mas como uma estratégia de comunicação refinada que reflete a necessidade humana fundamental de se conectar, compreender e navegar em paisagens sociais complexas.

Rafael Ferrari

7 min de leitura
ESG
Prever o futuro vai além de dados: pesquisa revela que 42% dos brasileiros veem a diversidade de pensamento como chave para antecipar tendências, enquanto 57% comprovam que equipes plurais são mais produtivas. No SXSW 2025, Rohit Bhargava mostrou que o verdadeiro diferencial competitivo está em combinar tecnologia com o que é 'unicamente humano'.

Dilma Campos

7 min de leitura