Estratégia e Execução

Cinco estratégias para aprimorar o diálogo em equipe

No segundo semestre que se inicia, a construção de um futuro mais promissor e cheio de possibilidades passa pelo diálogo em equipe, seja de maneira presencial ou remota
__Viviane Mansi__ é executiva, conselheira e professora. Está atualmente na Diageo e passou por empresas como Toyota, GE, Votorantim e MSD. É coautora de Emoção e Comunicação – Reflexão para humanização das relações de trabalho.
Viviane Mansi é executiva da Toyota e da Fundação Toyota do Brasil, conselheira e professora. Participou da COP27, em novembro de 2022.

Compartilhar:

Começou o segundo semestre. Faço o mesmo rito do começo de ano: passar a régua, fazer um balanço, rever metas, comemorar o que já foi construído e planejar o que será. Precisa de tudo isso? Acho um bom jeito de a gente não perder as rédeas da vida, num contexto em constante transformação. Planejar é preciso, sempre, mas planejamento bom é aquele que ajuda a navegar, mas não nos amarra com nenhum objetivo que não faça mais sentido.

Como levamos esse pensamento à empresa? Ou, para ser mais precisa, como levamos esse pensamento para as pessoas com as quais trabalhamos e que fazem parte do nosso time?

“Onde estamos e para onde vamos” é sempre um bom tema para tratar com a equipe, por muitas razões. As mais importantes delas são quase chavões:

__1.__ Ninguém se engaja naquilo que não conhece;

__2.__ Se não sei para onde ir, qualquer caminho serve.

Pode parecer uma bobagem, mas diante da tonelada de informação que recebemos e do isolamento que vivemos, é importante repetir o que realmente importa muitas e muitas vezes. Algumas pesquisas (como da Edelman Trust Barometer) apontam que a média das pessoas precisa ouvir uma informação de quatro até sete vezes para acreditar nela.

Minha experiência prática reforça o peso dessa estatística: quanto mais falamos sobre um tema, mais o tornamos palpável, concreto, possível. É uma forma de diminuir a insegurança que o desconhecido pode trazer. É uma forma de pensar junto, ouvir insights, ajustar nossa narrativa para trazer mais conforto para quem vai ter que ralar forte para que esse futuro desejado se torne concreto.

No entanto, como fazer isso? Aposto sempre no velho e bom diálogo. Lembrando, claro, que diálogo é falar e ouvir (resumidamente, pois vocês sabem que diálogo vai para muito além disso).

## Estratégias cotidianas

A partir dessa perspectiva em prol do diálogo, compartilho algumas estratégias para serem utilizadas e adaptadas no dia a dia:

__1. Esteja junto do time:__ a gente comunica de forma contínua, ainda que não use palavras. Mas estar junto fala bem alto sobre dar apoio, valorizar o trabalho do time e “estar no mesmo barco”;

__2. Observe as pessoas:__ dê espaço para que contem suas histórias, suas perspectivas. Faça da escuta atenta um hábito diário;

__3. Pergunte:__ essa é uma forma simples e contundente de demonstrar que você se importa.

__4. Faça o seu depoimento:__ conte também suas histórias. Suas crenças. Seus anseios. Seus medos. É muito bom saber que a comunicação é uma via de mão dupla. É mais legal trabalhar com gente de carne e osso do que com super-heróis.

__5. Agenda:__ Tenha tempo para uma reunião individual, para estar junto, para uma reunião de time. A convivência, pura e simples, é uma cola importante para fazer de um conjunto de pessoas um verdadeiro time. Mesmo que o regime de trabalho da sua empresa ainda seja (e continue sendo) remoto, sempre bom lembrar que tempo é diferente de espaço. A gente pode não estar junto no mesmo escritório, mas pode viver muitas coisas sensacionais junto.

Aproveite essas dicas estratégicas e que o seu segundo semestre comece com tudo.

*Gostou do artigo da Viviane Mansi? Confira outros conteúdos como esse assinando gratuitamente[ nossas newsletters](https://www.revistahsm.com.br/newsletter) e escutando [nossos podcasts](https://www.revistahsm.com.br/podcasts) em sua plataforma de streaming favorita.*

Compartilhar:

__Viviane Mansi__ é executiva, conselheira e professora. Está atualmente na Diageo e passou por empresas como Toyota, GE, Votorantim e MSD. É coautora de Emoção e Comunicação – Reflexão para humanização das relações de trabalho.

Artigos relacionados

Passa conhecimento

Incluir intencionalmente ou excluir consequentemente?

A estreia da coluna “Papo Diverso”, este espaço que a Talento Incluir terá a partir de hoje na HSM Management, começa com um texto de sua CEO, Carolina Ignarra, neste dia 3/12, em que se trata do “Dia da Pessoa com Deficiência”, um marco necessário para continuarmos o enfrentamento das barreiras do capacitismo, que ainda existe cotidianamente em nossa sociedade.

Inteligência Artificial
Marcelo Murilo
Com a saturação de dados na internet e o risco de treinar IAs com informações recicladas, o verdadeiro potencial da inteligência artificial está nos dados internos das empresas. Ao explorar seus próprios registros, as organizações podem gerar insights exclusivos, otimizar operações e criar uma vantagem competitiva sólida.
13 min de leitura
Estratégia e Execução, Gestão de Pessoas
As pesquisas mostram que o capital humano deve ser priorizado para fomentar a criatividade e a inovação – mas por que ainda não incentivamos isso no dia a dia das empresas?
3 min de leitura
Transformação Digital
A complexidade nas organizações está aumentando cada vez mais e integrar diferentes sistemas se torna uma das principais dores para as grandes empresas.

Paulo Veloso

0 min de leitura
ESG, Liderança
Tati Carrelli
3 min de leitura
Gestão de Pessoas, Liderança, Times e Cultura
Como o ferramental dessa ciência se bem aplicado e conectado em momentos decisivos de projetos transforma o resultado de jornadas do consumidor e clientes, passando por lançamento de produtos ou até de calibragem de público-alvo.

Carol Zatorre

0 min de leitura
Gestão de Pessoas, Estratégia e Execução, Liderança, Times e Cultura, Saúde Mental

Carine Roos

5 min de leitura