Cultura organizacional, Estratégia e execução

Cinco grandes dilemas que o RH deve enfrentar em 2021

Mudanças importantes em fatores macro, como comportamento do cliente e regulamentações governamentais, e em fatores micro, incluindo estratégia e política organizacional, reduziram substancialmente os horizontes de tempo dos líderes de RH no planejamento para o futuro
Editor de conteúdo multimídia para HSM Management, radialista, jornalista e professor universitário, especialista em comunicação corporativa, mestre em comunicação e inovação e doutorando em processos comunicacionais. Desde 2008, atua em agências, consultorias de comunicação e gestão para grandes empresas e em multinacionais.

Compartilhar:

As paredes com frases bonitas sobre cultura, iniciativas de inclusão, crenças sobre diversidade: isso é apenas o começo das ações de recursos humanos daqui por diante. À medida que os líderes de gestão de pessoas continuam a abordar as mudanças nos ambientes de negócios como resultado da pandemia, a consultoria Gartner identificou cinco tópicos fundamentais para esse novo modelo de trabalho que ainda está nascendo.

Este ano não será apenas de recuperação, mas de renovação e aceleração em novas direções, segundo Emily Rose McRae, diretora de prática de recursos humanos da Gartner: “dadas as mudanças estruturais de 2020, os [líderes de RH](https://www.revistahsm.com.br/post/de-chro-a-chief-of-experience-officer-cxo) terão que enfrentar decisões que devem estar prontos para tomar a fim de preparar suas organizações para o sucesso.”

Saiba quais são essas decisões!

## Gatilhos para revisar as estratégias da força de trabalho
As organizações precisam rever as políticas voltadas para atividades remotas e híbridas criadas durante a crise — um gatilho situacional. Uma vez que o trabalho a distância nasceu de uma contingência, o que deu certo nesse período não pode virar regra automaticamente, sendo que o exercício de uma ocupação no [modelo híbrido](https://www.revistahsm.com.br/post/cinco-pilares-da-gestao-de-pessoas-no-trabalho-hibrido) é diferente de um “home office” forçado devido a uma pandemia. O outro gatilho é o talento — os líderes precisam [monitorar as ameaças à estratégia de retenção](https://blog.lg.com.br/gestao-talentos-empresa/) desses profissionais na organização.

## Tecnologias emergentes para funcionários locais
É urgente reduzir a necessidade de tarefas localmente realizadas, e as tecnologias emergentes desempenham um papel fundamental nisso. A [automação de processos robóticos (RPA) e soluções digitais imersivas](https://www.revistahsm.com.br/post/transformacao-digital-e-o-contexto-cultural) — como realidade virtual e aumentada — são duas categorias de tecnologia que ajudam nesse sentido.

Uma pesquisa do Gartner em 2020 revelou que quase um quarto dos líderes financeiros planejam aumentar os investimentos em RPA como resultado direto da pandemia. Já as tecnologias imersivas ajudam as organizações a criar novos canais para interação digital, experiências que de outra forma seriam difíceis de replicar em uma força de trabalho híbrida. Os líderes de RH devem considerar como o [investimento nessas ferramentas tecnológicas](https://blog.lg.com.br/investir-tecnologias-rh/) criará demanda para novas funções ou conjuntos de competências.

## Redefinindo o escritório físico
Em 2021, os funcionários trabalharão em casa, no local e, potencialmente, em espaços de terceiros. Escritórios devem passar a atender também as necessidades emocionais dos colaboradores, um espaço para criar conexões, não para acessar um sistema. Isso exige que o RH trabalhe com outros líderes para tomar decisões sobre a finalidade dos espaços e como desenvolvê-los, ao mesmo tempo que determina como e quando reduzir a pegada imobiliária da organização.

## Inovações de modelo de emprego
Muitas organizações experimentaram [modelos de emprego inovadores](https://blog.lg.com.br/modelos-flexiveis-trabalho/) como uma resposta à pandemia, como oferecer 80% de pagamento por 80% das horas de tempo integral para funcionários que precisavam de mais flexibilidade. Isso será particularmente relevante para organizações com uma alta porcentagem de trabalhadores mais velhos em funções críticas – oferecer maior flexibilidade não apenas quando os colabaradores estão trabalhando, mas quanto eles trabalham, pode ajudar a reter funcionários que, de outra forma, poderiam se aposentar.

## Compromisso com a Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI)
Muitas corporações assumiram compromissos em criar locais de trabalho mais diversificados, equitativos e inclusivos durante 2020. “Processos de recrutamento, compensação, gestão de desempenho e planejamento da força de trabalho precisam ser avaliadas para garantir que estejam alinhadas com os objetivos e valores da empresa, especialmente se eles mudaram durante 2020”, disse McRae. Em 2021, os líderes de RH precisam avaliar a estratégia de talentos para garantir que ela cumpra seus compromissos.

*Confira mais conteúdos sobre experiência do colaborador em [nossas newsletters](https://www.revistahsm.com.br/newsletter) e [nossos podcasts](https://www.revistahsm.com.br/podcasts). Além disso, confira um [Papo de Negócio](https://materiais.revistahsm.com.br/papo-rh-high-tech-e-high-touch) sobre como tornar a gestão de pessoas mais tecnológica sem perder calor humano.*

Compartilhar:

Artigos relacionados

Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
19 de novembro de 2025
Construir uma cultura organizacional autêntica é papel estratégico do RH, que deve traduzir propósito em práticas reais, alinhadas à estratégia e vividas no dia a dia por líderes e equipes.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
18 de novembro de 2025
Com agilidade, baixo risco e cofinanciamento não reembolsável, a Embrapii transforma desafios tecnológicos em inovação real, conectando empresas à ciência de ponta e impulsionando a nova economia industrial brasileira.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação, Atitude Collab e sócia da Hub89 empresas

4 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de novembro de 2025
A cultura de cocriação só se consolida quando líderes desapegam do comando-controle e constroem ambientes de confiança, autonomia e valorização da experiência - especialmente do talento sênior.

Juliana Ramalho - CEO da Talento Sênior

4 minutos min de leitura
Liderança
14 de novembro de 2025
Como dividir dúvidas, receios e decisões no topo?

Rubens Pimentel - CEO da Trajeto Desenvolvimento Empresarial

2 minutos min de leitura
Sustentabilidade
13 de novembro de 2025
O protagonismo feminino se consolidou no movimento com a Carta das Mulheres para a COP30

Luiza Helena Trajano e Fabiana Peroni

5 min de leitura
ESG, Liderança
13 de novembro de 2025
Saiba o que há em comum entre o desengajamento de 79% da força de trabalho e um evento como a COP30

Viviane Mansi - Conselheira de empresas, mentora e professora

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
12 de novembro de 2025
Modernizar o prazo de validade com o conceito de “best before” é mais do que uma mudança técnica - é um avanço cultural que conecta o Brasil às práticas globais de consumo consciente, combate ao desperdício e construção de uma economia verde.

Lucas Infante - CEO da Food To Save

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, ESG
11 de novembro de 2025
Com a COP30, o turismo sustentável se consolida como vetor estratégico para o Brasil, unindo tecnologia, impacto social e preservação ambiental em uma nova era de desenvolvimento consciente.

André Veneziani - Vice-Presidente Comercial Brasil & América Latina da C-MORE Sustainability

3 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
10 de novembro de 2025
A arquitetura de software deixou de ser apenas técnica: hoje, ela é peça-chave para transformar estratégia em inovação real, conectando visão de negócio à entrega de valor com consistência, escalabilidade e impacto.

Diego Souza - Principal Technical Manager no CESAR, Dayvison Chaves - Gerente do Ambiente de Arquitetura e Inovação e Diego Ivo - Gerente Executivo do Hub de Inovação, ambos do BNB

8 minutos min de leitura
Bem-estar & saúde
7 de novembro de 2025
Investir em bem-estar é estratégico - e mensurável. Com dados, indicadores e integração aos OKRs, empresas transformam cuidado com corpo e mente em performance, retenção e vantagem competitiva.

Luciana Carvalho - CHRO da Blip, e Ricardo Guerra - líder do Wellhub no Brasil

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança