Dossiê HSM

Coletivo Risqué: A diversidade em cores

Dar nomes mirabolantes aos esmaltes é um esforço da equipe liderada por regiane bueno, que inclui três reuniões anuais multifuncionais e a atuação de profissionais ligados a redes sociais

Compartilhar:

A mão da modelo segura um frasco de esmalte roxo, de modo que todas as unhas (devidamente pintadas) fiquem aparentes. A coloração do esmalte lembra a do açaí. Já o nome do produto é tão marcante quanto o sabor do fruto: “Cancela julgamentos”. Em outra imagem da coleção “Revolução das cores”, disponível nas redes sociais da Risqué, um azul de tom pastel é batizado como “De pacífico, só o oceano”. Há ainda o alaranjado que expressa uma “Preguiça de padrão” e o “Rosa para todes”, que propõe inclusão. À primeira vista, os nomes parecem derivar de uma experiência sinestésica. No entanto, nada é subjetivo entre a equipe de criação da Risqué – maior player de esmaltes de unhas no Brasil.

A equipe de criação trabalha tanto com os conteúdos para as redes sociais quanto com a definição do nome dos esmaltes. Tudo começa pela pesquisa de tendência de cores – ditada pela moda. Depois, com apoio de uma agência terceirizada, vem a análise de comportamento das consumidoras. É nessa etapa que o conceito da campanha é decidido. Foi assim que nasceu a coleção “Revolução das cores”, em que o consumidor enxerga a cor como propósito de empoderamento.

Assim também foi criada a campanha “K-Pop Love”, que faz alusão ao gênero musical coreano que se caracteriza pela variedade de elementos audiovisuais. Nesta, um esmalte de tom azul pastel foi batizado de “K-Pop-Se”. O de coloração nude claro rosado ganhou o nome de “Chick Pop”. “Na pesquisa de mercado aprendemos que os jovens coreanos não se definem pelas cores rosa de menina e azul de menino, mas primam pela total liberdade de expressão. Identificamos que essa cultura também tinha espaço no mercado brasileiro”, conta Regiane Bueno, VP de marketing do grupo Coty Inc., dona das marcas Risqué, Monange, Bozzano e Cenoura & Bronze.

## Brainstormings multiáreas
Trabalhar em uma empresa multimarcas, segundo Bueno, não traz implicações para a criatividade. “Cada marca tem seu propósito e conhece seu público.” Na Risqué, a inovação acontece em grandes reuniões de brainstorming. São três encontros por ano, um para cada nova coleção. Nessas reuniões, funcionários de diferentes áreas da empresa (15 a 20, no total) são convocados.

A equipe reconhece a importância de ter referências de fora do universo da criação, pois “trazem diversidade”. Como é de se imaginar, todos se divertem durante a criação dos nomes dos esmaltes – pensados não apenas para diferenciar as mais de 100 cores do portfólio, como também para possibilitar a identificação das consumidoras com a marca. Depois de definido, cada nome é submetido ao departamento jurídico, que faz uma consulta de marcas para se certificar de que não há outro esmalte com o mesmo título. Se aprovado, o esmalte compõe a coleção – levando ainda mais diversidade às consumidoras Risqué.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

Saúde psicossocial é inclusão

Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Empreendedorismo
A Geração Z não está apenas entrando no mercado de trabalho — está reescrevendo suas regras. Entre o choque de valores com lideranças tradicionais, a crise da saúde mental e a busca por propósito, as empresas enfrentam um desafio inédito: adaptar-se ou tornar-se irrelevantes.

Átila Persici

8 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A matemática, a gramática e a lógica sempre foram fundamentais para o desenvolvimento humano. Agora, diante da ascensão da IA, elas se tornam ainda mais cruciais—não apenas para criar a tecnologia, mas para compreendê-la, usá-la e garantir que ela impulsione a sociedade de forma equitativa.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG
Compreenda como a parceria entre Livelo e Specialisterne está transformando o ambiente corporativo pela inovação e inclusão

Marcelo Vitoriano

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O anúncio do Majorana 1, chip da Microsoft que promete resolver um dos maiores desafios do setor – a estabilidade dos qubits –, pode marcar o início de uma nova era. Se bem-sucedido, esse avanço pode destravar aplicações transformadoras em segurança digital, descoberta de medicamentos e otimização industrial. Mas será que estamos realmente próximos da disrupção ou a computação quântica seguirá sendo uma promessa distante?

Leandro Mattos

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura
ESG
No mundo corporativo, onde a transparência é imperativa, a Washingmania expõe a desconexão entre discurso e prática. Ser autêntico não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para líderes que desejam prosperar e construir confiança real.

Marcelo Murilo

8 min de leitura