Cultura organizacional

Como a comunicação corporativa contribui nos conselhos consultivos e administrativos

Para transformar cenários e impulsionar resultados ainda não alcançados é preciso se comunicar muito bem
Heloiza Carvalho é empreendedora e fundadora da Tree Comunicação. É especialista em comunicação para transições como fusões e aquisições, reorganizações societárias e internacionalizações. É conselheira TrendsInnovation especializada em comunicação, gente e gestão, transição e transformação.

Compartilhar:

A comunicação corporativa é, há tempos, um elemento essencial no processo de inteligência empresarial. Porque contribui cada vez mais para o uso potencial de novas tecnologias, para a emergência de novas estratégias e para maximizar a reputação e a relação entre as empresas e seu entorno. Assim, a comunicação está inserida nas tomadas de decisões das organizações, nos seus processos estratégicos e, sobretudo, nas estruturas de governança corporativa.

Nada mais natural diante disso que ampliar o volume de profissionais de comunicação corporativa nos conselhos. Conforme as mídias sociais ganham importância – seja facilitando a divulgação de marcas, serviços ou produtos, ou exigindo o monitoramento de risco de imagem –, a presença de profissionais atentos aos aspectos da comunicação dentro dos conselhos consultivo e administrativo revela-se fundamental. Mas o quadro vai além: os profissionais de comunicação podem apontar a necessidade de redesenho da experiência do usuário ou de fortalecer as empresas em seus processos de transformação digital.

Em outra ponta, sabe-se que uma boa gestão da reputação de uma empresa é condição essencial para a perenidade do negócio e engajamento dos stakeholders. O público consumidor hoje busca não somente produtos e serviços de qualidade, mas instituições nas quais possa confiar. A demanda do público é também conhecer claramente o posicionamento destas instituições percebendo-as como protagonistas na solução de problemas reais, sejam eles sociais ou ambientais.

Para provocar as mudanças que o mundo impõe, a diversidade é condição para inovar. Não somente a diversidade de gênero ou geracional, mas sobretudo a diversidade cognitiva e de competências é o que elevará o nível de transformação das corporações.

Neste sentido, profissionais de comunicação, com visão sistêmica, de relações institucionais e reputação, enriquecem os conselhos consultivo e administrativo com um olhar integrado e ampliam uma nova e fundamental dimensão em debates e decisões.

Afinal, uma organização precisa, por exemplo, não só trazer boas práticas de governança e ética, como também saber comunicar estas boas práticas.

Saber comunicar bem é e sempre será a melhor maneira de transformar cenários e impulsionar resultados ainda não alcançados. Os conselhos consultivo e administrativo da sua empresa está preparado para isso?

Compartilhar:

Artigos relacionados

Quando a IA desafia o ESG: o dilema das lideranças na era algorítmica

A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Semana Mundial do Meio Ambiente: desafios e oportunidades para a agenda de sustentabilidade

Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Tecnologia, mãe do autoetarismo

Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Marcelo Murilo

7 min de leitura
ESG
Projeto de mentoria de inclusão tem colaborado com o desenvolvimento da carreira de pessoas com deficiência na Eurofarma

Carolina Ignarra

6 min de leitura
Saúde mental, Gestão de pessoas
Como as empresas podem usar inteligência artificial e dados para se enquadrar na NR-1, aproveitando o adiamento das punições para 2026
0 min de leitura
ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura
Liderança
Transições de liderança tem muito mais relação com a cultura e cultura organizacional do que apenas a referência da pessoa naquela função. Como estão estas questões na sua empresa?

Roberto Nascimento

6 min de leitura
Inovação
Estamos entrando na era da Inteligência Viva: sistemas que aprendem, evoluem e tomam decisões como um organismo autônomo. Eles já estão reescrevendo as regras da logística, da medicina e até da criatividade. A pergunta que nenhuma empresa pode ignorar: como liderar equipes quando metade delas não é feita de pessoas?

Átila Persici

6 min de leitura
Gestão de Pessoas
Mais da metade dos jovens trabalhadores já não acredita no valor de um diploma universitário — e esse é só o começo da revolução que está transformando o mercado de trabalho. Com uma relação pragmática com o emprego, a Geração Z encara o trabalho como negócio, não como projeto de vida, desafiando estruturas hierárquicas e modelos de carreira tradicionais. A pergunta que fica: as empresas estão prontas para se adaptar, ou insistirão em um sistema que não conversa mais com a principal força de trabalho do futuro?

Rubens Pimentel

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
US$ 4,4 trilhões anuais. Esse é o prêmio para empresas que souberem integrar agentes de IA autônomos até 2030 (McKinsey). Mas o verdadeiro desafio não é a tecnologia – é reconstruir processos, culturas e lideranças para uma era onde máquinas tomam decisões.

Vitor Maciel

6 min de leitura