Tecnologia e inovação

Como a gamificação aprimora a jornada do colaborador

Aplicação da metodologia é uma das tendências de capacitação e desenvolvimento para o pós-pandemia
É jornalista, colaborador de __HSM Management__ e __MIT Sloan Review Brasil__, autor dos livros Esquina Maldita e Rua da Margem - Histórias de Porto Alegre, além de editar o portal do Rua da Margem.

Compartilhar:

Em tempos de home office, as empresas têm buscado um número crescente de instrumentos para assegurar a conexão com os colaboradores e mantê-los engajados. Uma das opções é a gamificação, alternativa que qualifica a capacitação e o desenvolvimento do time, ao mesmo tempo que promove momentos de interação, entretenimento e aprendizagem.

O uso da metodologia em si não é novo. Mas tem ganhado força desde o início da pandemia e já se mostra como tendência para o período posterior à covid-19. “É uma ferramenta que fornece mecanismos e técnicas de design de jogos para ajudar as empresas a atingirem seus objetivos de forma lúdica, [inovadora, colaborativa](https://www.revistahsm.com.br/post/o-futuro-sob-lentes-multifocais) e muito atraente, seja para fins de aprendizagem ou para fidelização de clientes e reforço da marca”, explica Eliane Dilinski, gerente de operações de games & conteúdos na LG lugar de gente.

## Plataformas de EAD

Dilinski cita o exemplo das plataformas usadas para o ensino a distância. Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA ou LMS, na sigla em inglês) já contam com recursos de [gamificação capazes de gerar maior estímulo para os colaboradores](https://blog.lg.com.br/rh-investe-em-games-corporativos/). “É uma espécie de competição, onde os colaboradores ganham pontos que poderão ser trocados por brindes ou qualquer outro tipo de benefício não financeiro”.

Esses atributos adicionais, por sinal, podem ser valorizados no momento em que o funcionário vai participar de programas de mobilidade interna, na concessão de bolsa de estudos e em programas de intercâmbio. “Não está descartado ainda utilizá-los até mesmo como um dos critérios para reconhecimentos financeiros”, acrescenta a executiva.

## Menos custos, mais produtividade

Para as companhias, a diminuição de custos é uma das vantagens da aplicação da gamificação na montagem de programas de desenvolvimento – haja vista que capacitações presenciais são mais dispendiosas por abranger logística, facilitador, coffee breaks, almoços, materiais de apoio, deslocamento de colaboradores etc.

Esse é um benefício percebido muito rapidamente pelas empresas, mas há também aumento de produtividade através da organização de [trilhas de aprendizagem](https://page.lg.com.br/lps/trilhas-fdc/), com avaliações realizadas ao final de cada módulo. Para os colaboradores, fica a comodidade de realizar o treinamento de qualquer lugar e no melhor horário de suas agendas. É importante ressaltar que, quanto mais customizada a [solução gamificada](https://www.google.com/url?q=https://page.lg.com.br/lps/solucoes-gamificadas/&sa=D&source=docs&ust=1635977256025000&usg=AOvVaw2Ihcr0yfYWivoFt_M8pAn1), melhores serão os resultados atingidos.

## Como mensurar resultados

Cabe perguntar: após a implementação da ferramenta, as empresas têm como mensurar os resultados das ações? A resposta é afirmativa. O retorno acontece, por exemplo, mediante feedbacks recebidos em fóruns online. Outra forma de aferição se dá através da avaliação de relatórios gerados com os resultados individuais dos colaboradores que participaram do game.

A partir desses relatórios, a empresa poderá criar planos de ações, como reunir todos os colaboradores que apresentaram determinado gap para novas capacitações. “O ponto de atenção é a empresa manter monitoramento constante, bem como incrementar seus programas online com novos temas e novos games, refinando cada vez mais os resultados esperados”, complementa Dilinski, da LG lugar de gente.

A aplicação da gamificação também tem efeitos na saúde do quadro de colaboradores. Já há um consenso de que a covid-19 trouxe diversos [problemas de saúde mental para a população](https://www.revistahsm.com.br/dossie/saude-mental-nas-empresas), submetida a medidas de isolamento social. Neste cenário, as empresas que desenvolvem programas, incluindo games, conseguem proporcionar uma ação lúdica que ajuda a desviar a atenção para uma atividade prazerosa, apoiando o equilíbrio emocional.

Ao mesmo tempo, não parece haver dúvidas de que as iniciativas geradoras de bem-estar no ambiente de trabalho fazem bem à saúde dos negócios. Afinal, como demonstrou um estudo divulgado em 2019 pela Universidade da Califórnia, o [trabalhador feliz](https://www.revistahsm.com.br/post/felicidade-trabalho-e-produtividade) é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros.

*Quer saber mais sobre o uso de dados para gerar valor em suas estratégias de recursos humanos? Baixe gratuitamente o [e-book __Por dentro de um RH baseado em dados__](https://materiais.revistahsm.com.br/lp-ebook-por-dentro-de-um-rh-baseado-em-dados-lg).*

Compartilhar:

Artigos relacionados

Organização

Saúde psicossocial é inclusão

Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Tecnologias exponenciais
A matemática, a gramática e a lógica sempre foram fundamentais para o desenvolvimento humano. Agora, diante da ascensão da IA, elas se tornam ainda mais cruciais—não apenas para criar a tecnologia, mas para compreendê-la, usá-la e garantir que ela impulsione a sociedade de forma equitativa.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
ESG
Compreenda como a parceria entre Livelo e Specialisterne está transformando o ambiente corporativo pela inovação e inclusão

Marcelo Vitoriano

4 min de leitura
Tecnologias exponenciais
O anúncio do Majorana 1, chip da Microsoft que promete resolver um dos maiores desafios do setor – a estabilidade dos qubits –, pode marcar o início de uma nova era. Se bem-sucedido, esse avanço pode destravar aplicações transformadoras em segurança digital, descoberta de medicamentos e otimização industrial. Mas será que estamos realmente próximos da disrupção ou a computação quântica seguirá sendo uma promessa distante?

Leandro Mattos

6 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Entenda como a ReRe, ao investigar dados sobre resíduos sólidos e circularidade, enfrenta obstáculos diários no uso sustentável de IA, por isso está apostando em abordagens contraintuitivas e na validação rigorosa de hipóteses. A Inteligência Artificial promete transformar setores inteiros, mas sua aplicação em países em desenvolvimento enfrenta desafios estruturais profundos.

Rodrigo Magnago

4 min de leitura
Liderança
As tendências de liderança para 2025 exigem adaptação, inovação e um olhar humano. Em um cenário de transformação acelerada, líderes precisam equilibrar tecnologia e pessoas, promovendo colaboração, inclusão e resiliência para construir o futuro.

Maria Augusta Orofino

4 min de leitura
Finanças
Programas como Finep, Embrapii e a Plataforma Inovação para a Indústria demonstram como a captação de recursos não apenas viabiliza projetos, mas também estimula a colaboração interinstitucional, reduz riscos e fortalece o ecossistema de inovação. Esse modelo de cocriação, aliado ao suporte financeiro, acelera a transformação de ideias em soluções aplicáveis, promovendo um mercado mais dinâmico e competitivo.

Eline Casasola

4 min de leitura
Empreendedorismo
No mundo corporativo, insistir em abordagens tradicionais pode ser como buscar manualmente uma agulha no palheiro — ineficiente e lento. Mas e se, em vez de procurar, queimássemos o palheiro? Empresas como Slack e IBM mostraram que inovação exige romper com estruturas ultrapassadas e abraçar mudanças radicais.

Lilian Cruz

5 min de leitura
ESG
Conheça as 8 habilidades necessárias para que o profissional sênior esteja em consonância com o conceito de trabalhabilidade

Cris Sabbag

6 min de leitura
ESG
No mundo corporativo, onde a transparência é imperativa, a Washingmania expõe a desconexão entre discurso e prática. Ser autêntico não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica para líderes que desejam prosperar e construir confiança real.

Marcelo Murilo

8 min de leitura
Empreendedorismo
Em um mundo onde as empresas têm mais ferramentas do que nunca para inovar, por que parecem tão frágeis diante da mudança? A resposta pode estar na desconexão entre estratégia, gestão, cultura e inovação — um erro que custa bilhões e mina a capacidade crítica das organizações

Átila Persici

0 min de leitura