Tudo indica que o mundo pós-Covid-19 verá um forte crescimento nas opções de educação online. A crise sanitária e econômica levará ao surgimento de novos modelos e aumentará a competitividade interna, o que deve fazer alguns negócios estabelecidos desaparecerem.
Na opinião de Andrés Raya, colaborador do Departamento de Gestão de Pessoas e Organização da Esade, a digitalização de muitos setores sofrerá um impulso definitivo. “É importante entender que não sobreviverá quem simplesmente transferir os antigos modelos analógicos para o digital”, afirma em artigo publicado do blog da Esade, da Universitat Ramon Llull, em Barcelona.
No setor de educação, ele destaca a Minerva School como um exemplo. Criada em São Francisco, em 2014, a Minerva faz parte da plataforma Active Learning Forum, que oferece cursos exclusivamente online. Com preços abaixo dos de outras universidades americanas tradicionais, recebe cerca de 25 mil inscrições por ano – e apenas 1,2% são aceitas. Conta com investidores do calibre da Benchmark Capital, TAL Group, ZhenFund e Yongjin Group.
A interação nas aulas é alcançada por meio do trabalho colaborativo e do feedback quase imediato quanto ao desempenho. Não há exames e o trabalho está focado na gestão de quatro grandes competências: pensamento crítico, pensamento criativo, comunicação eficiente e interação eficiente.
O objetivo é formar profissionais flexíveis, capazes de se movimentar em ambientes complexos e de se adaptar a mudanças drásticas, ou seja, um modelo educacional que permite experimentar inovação no ritmo do desenvolvimento de forças disruptivas: inteligência artificial, aprendizado por máquina, economia compartilhada, biotecnologia, impressão 3D e internet das coisas.
“Esse discurso é válido para qualquer curso de formação e principalmente para a educação executiva, que vai precisar formar uma geração de líderes capazes de transformar o mundo”, completa Raya.