Direto ao ponto

Como será o futuro das cidades?

No recente Fast Company Innovation Festival, especialistas discutiram como a pandemia está moldando o amanhã das metrópoles

Compartilhar:

No início da pandemia de Covid-19, quase todos os países entraram em distanciamento social e muitos se perguntaram se esse seria o fim da vida nas megalópoles. Afinal, se tudo o que as cidades têm a oferecer agora é o contágio, e se mais de um terço da força de trabalho urbana pode trabalhar remotamente, qual o sentido de viver ali?

Bancos, seguradoras e empresas de tecnologia declararam que o home office duraria para sempre. Lojas e centros comerciais fecharam aos milhares, enquanto as vendas do e-commerce aumentaram 44,5%. Corretores de imóveis relataram que a geração millennial estava fugindo para os subúrbios e para pequenas cidades.

Mas, para Vimal Kapur, presidente e CEO da Honeywell Building Technologies, “não vamos trabalhar em casa para sempre”. Seus comentários fizeram parte de uma discussão virtual entre urbanistas, tecnólogos e especialistas em imóveis durante o festival promovido pela revista Fast Company. Em jogo: como as cidades se recuperarão no fim da pandemia, e como elas podem prosperar no novo mundo?
Provavelmente será o fim do deslocamento diário para quem trabalha em escritório. Os locais de trabalho vão se transformar em lugares para “solução de problemas, colaboração e inovação”, acredita Kapur. E isso criará novos usos e oportunidades para os bairros.

Varejistas gigantes como Amazon e Walmart prosperaram na quarentena, com a primeira contratando 100 mil trabalhadores, enquanto as vendas online da última aumentaram 74%. Apesar do crescimento do enorme comércio eletrônico, porém, para Diana Lind, que trabalha na ONG de pesquisa urbanística NewCities, “as pessoas estão redescobrindo a alegria de se conectar com as lojas de rua”.

## A cidade de 15 minutos
Paris e Milão estão apostando que o futuro é um local perto o suficiente para estar a 15 minutos a pé ou de bicicleta. O sonho da “cidade de 15 minutos” pode não ser prático fora da Europa, “mas contribui com algumas ideias para pensar sobre como queremos viver”, disse Lind. Como Kapur observou, viver uma vida mais local dependerá de novas tecnologias, com trabalho remoto e logística just in time.

Compartilhar:

Artigos relacionados

Calendário

Não, o ano ainda não acabou!

Em meio à letargia de fim de ano, um chamado à consciência: os últimos dias de 2024 são uma oportunidade valiosa de ressignificar trajetórias e construir propósito.

Empreendedorismo, ESG
01/01/2001
A maior parte do empreendedorismo brasileiro é feito por mulheres pretas e, mesmo assim, o crédito é majoritariamente dado às empresárias brancas. A que se deve essa diferença?
0 min de leitura
ESG, ESG, Diversidade
09/10/2050
Essa semana assistimos (atônitos!) a um CEO de uma empresa de educação postar, publicamente, sua visão sobre as mulheres.

Ana Flavia Martins

2 min de leitura
ESG
Em um mundo onde o lucro não pode mais ser o único objetivo, o Capitalismo Consciente surge como alternativa essencial para equilibrar pessoas, planeta e resultados financeiros.

Anna Luísa Beserra

3 min de leitura
Inteligência Artificial
Marcelo Murilo
Com a saturação de dados na internet e o risco de treinar IAs com informações recicladas, o verdadeiro potencial da inteligência artificial está nos dados internos das empresas. Ao explorar seus próprios registros, as organizações podem gerar insights exclusivos, otimizar operações e criar uma vantagem competitiva sólida.
13 min de leitura
Estratégia e Execução, Gestão de Pessoas
As pesquisas mostram que o capital humano deve ser priorizado para fomentar a criatividade e a inovação – mas por que ainda não incentivamos isso no dia a dia das empresas?
3 min de leitura
Transformação Digital
A complexidade nas organizações está aumentando cada vez mais e integrar diferentes sistemas se torna uma das principais dores para as grandes empresas.

Paulo Veloso

0 min de leitura
ESG, Liderança
Tati Carrelli
3 min de leitura