Ferramentas como inteligência artificial, big data e cloud computing ganham um papel importante no processo de automatização de tarefas, na redução dos custos, agilidade e, principalmente, na otimização da oferta e experiência do consumidor final. Inclusive, com as constantes mudanças no modelo de consumo, a transformação digital tornou-se determinante para que grande parte dos negócios sobrevivessem e modelos denominados como “disruptivos” fossem antecipados.
Na área da educação, o percurso segue o mesmo ritmo: percebemos o aumento do uso do meio digital para o ensino em micro-momentos e o [aprendizado ao longo da vida (lifelong learning)](https://revistahsm.com.br/post/voce-ja-ouviu-falar-em-lifelong-learning-entenda-esse-conceito) se torna determinante para uma sociedade que demanda uma atualização constante no desenvolvimento de novas habilidades e skills do futuro de forma ágil e atualizada. Dessa maneira, os formatos online e offline se complementam para entregar o que chamamos de ensino híbrido, onde ambas as partes devem ter uma entrega completa, garantindo que a experiência do aprendizado do aluno seja fluída e atenda a todas as necessidades em ambientes e momentos diferentes.
De acordo com um levantamento do [LIT](http://litonlearning.com.br/), plataforma de ensino digital da [Saint Paul Escola de Negócios](https://saintpaul.com.br/), de forma prática, podemos dizer que o nível de aprendizagem no digital pode ser altamente positivo com:
1. A mescla de emprego de ferramentas síncronas e assíncronas;
2. O aumento do nível de personalização das ofertas de aprendizagem e;
3. A intensificação do uso de técnicas ativas de aprendizagem.
Com isso, em muitas situações e contextos, a aprendizagem digital pode ser mais relevante do que a modalidade do ensino (presencial ou a distância).
## A tecnologia em favor da personalização do ensino
Uma vez que falamos sobre a otimização e a personalização do ensino de qualidade, é fundamental entender o quanto os traços de personalidade do usuário estão diretamente ligados aos resultados e à experiência que ele terá no ambiente de estudo. Por meio do [modelo/forma de aprendizagem de cada pessoa](https://revistahsm.com.br/post/novas-habilidades-aprender-ou-morrer), conseguimos obter insights enriquecedores tanto no formato de ensino – cada vez mais inovador – quanto no modelo de negócio, tornando-se cada dia mais disruptivo e, principalmente, mais democrático.
Podemos afirmar, pelo mesmo levantamento e linha de raciocínio, que o futuro da sala de aula será integrado à análise de dados, dando ao professor a facilidade de medir a interatividade e o comprometimento dos estudantes com o conteúdo apresentado. Se um dia fez sentido estar em uma sala de aula por horas, repassando o mesmo conteúdo para alunos completamente diferentes, hoje vemos novos modelos de negócios que permitem, de fato, focar nos conteúdos que cada aluno realmente precisa, eliminando os tópicos que já dominam, em tempo real.
Assim, a entrega será mais assertiva e direcionada para cada aluno, de maneira individual, permitindo que o seu intelecto seja desenvolvido de forma única e por meio de pílulas de aprendizagem que se adaptam aos micro-momentos pessoais e profissionais de cada pessoa.
## A sala de aula do futuro
Ao imaginar a [sala de aula do futuro](https://revistahsm.com.br/post/ensino-hibrido-o-caminho-para-o-retorno-as-aulas), vemos instituições que usam metodologias ativas de aprendizagem aplicadas em avaliações holísticas, possibilitadas pelo emprego de múltiplos formatos: testes, fóruns, mini-cases, estudos de caso, aplicações práticas e resolução de problemas. A “lição de casa” para as instituições de ensino é evoluírem com o processo de aprendizagem e trabalhar de forma intensa com analytics, oferecendo relatórios de estratégias de ensino, objetos de aprendizagem e formatos de conteúdos de acordo com cada estilo.
Resumidamente, a premissa é entregar conteúdo de qualidade para o aluno que, em troca, entrega dados para personalizar e aprimorar uma oferta já feita. Isso é feito por meio de aulas em vídeos, livros, áudios ou até mesmo tecnologias ainda não tão exploradas no setor de educação, como o reconhecimento facial, realidade aumentada, análise de sentimentos, blockchain e data analytics. Essas e outras tecnologias garantem que o processo de aprendizagem seja feito de uma forma ainda mais segura, natural, aumentando o nível de engajamento em sincronismo com as suas jornadas de aprendizagem.
O futuro da sala de aula é, por fim, encontrar na Inteligência Artificial uma forma de ampliar a capacidade humana, usando-a como aliada para levarmos a melhor aprendizagem de forma acessível. É encontrar no uso intensivo de tecnologias exponenciais a democratização da melhor educação em benefício da humanidade.