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Contagem Seth Godin

Provocador-mor da gestão atual, Seth Godin lança compulsivamente ideias virais, como a de que devemos todos ser “linchpins”, profissionais indispensáveis. Nesta entrevista exclusiva, ele explica por que faz isso
Adriana Salles Gomes é diretora-editorial de HSM Management.

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> **Saiba mais sobre SethGodin**
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> **Quem é:** pensador- -chave da nova economia. Divulga suas ideias sem mediação, no blog sethgodin.typepad.com. 
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> **Trajetória:** começou fundando uma empresa pioneira de marketing online, Yoyodyne, que vendeu ao Yahoo!, do qual se tornou executivo. 
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> **Ideias virais (viraram livros):** marketing de permissão, viralização, vaca roxa, o pequeno é o novo grande, todo marketeiro é mentiroso, linchpin, ilusão de Ícaro, todos somos esquisitos etc

**5 – Você é o rei das ideias virais e até fica difícil acompanhá-las. Devemos ficar sempre esperando pela próxima?**

Acho que a próxima não importa nem um pouco. As últimas 20, juntas, é que definem nosso “agora”. Quem fica esperando pela próxima grande coisa está perdendo a grande coisa que veio antes. Meu conselho é: não se preocupem em ser novidade; preocupem-se em ser importantes. 

**4 –  Em suas ideias, você aborda mais os profissionais do que as organizações. Por quê? Por que, por exemplo, a existência de profissionais linchpins, indispensáveis, é economicamente relevante?**

Abordo mais profissionais do que organizações para reverter a crescente desigualdade de renda, consequência-chave da divisão do mundo entre as pessoas que fazem o que lhes mandam fazer –os trabalhadores subestimados e desrespeitados de um matadouro de frangos, por exemplo– e os donos da bola, que tomam a iniciativa. Os indivíduos que mandam guardam o lucro para si apenas porque sabem que é longa a fila de pessoas que desejam fazer os trabalhos mais baratos e desagradáveis. A solução para mudar isso é cada um se tornar o funcionário que decide e que a direção tem dificuldade de substituir.

**3 – Viralizar ideias é importante? As empresas seriam um ambiente não pensante e, para movimentá-lo, é preciso fazer muito barulho com uma ideia de cada vez?**

Eu não dedicaria um ano inteiro trabalhando em uma ideia, e escrevendo um livro sobre ela, se não valesse a pena; e, se vale a pena, eu me esforço para espalhá-la. Mas você também está certa sobre as grandes organizações não serem boas em percorrer muitas ideias. Agora, em vez de as organizações atuarem com base na entrada [de ideias], elas deveriam focar a saída [o resultado das ideias]. O que implementamos é o que mais importa. 

**2 – Como você concebe suas ideias virais?**

Eu tenho um ponto de vista sobre como o mundo funciona e tento delineá-lo no meu blog e nos meus livros. Certamente, foco o que mais me incomoda no momento. 

**1 – Você valoriza o trabalho emocional em oposição ao físico e diz que o profissional verá o trabalho como plataforma. Isso vale mesmo para países emergentes, muitos deles ainda dependentes de suas commodities?**

Sim, além de acreditar que o futuro já acontece no presente, creio que ele está distribuído de maneira uniforme pelo planeta. O futuro está chegando a mais e mais lugares, mais rápido do que nunca; agora que estamos conectados, há pressão pafo ra estarmos em sincronia.

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