O desconhecido se mudou para a nossa casa em março e tem morado conosco desde então. Achávamos que ele sairia de fininho no meio do ano, mas isso não aconteceu, e agora que já estamos no último trimestre, ele dá sinais claros de que veio para ficar. O jeito então é conhecê-lo melhor e aprender a conviver com ele.
Nesse contexto, é natural que o medo, que surge por não sabermos o que o desconhecido pode causar na nossa vida, mostre-se presente. Então a imaginação assume o comando e cria possibilidades assustadoras, mesmo sabendo que a maioria delas nunca se concretizará.
Esse mecanismo é desencadeado por nosso inconsciente que tenta nos proteger dos possíveis perigos ocultos no desconhecido. Isso é humano e é bom. Mas será que existe mais perigo no desconhecido do que no conhecido?
Quando se conhece a experiência, temos a falsa ilusão de que temos controle sobre os fatos, o que não acontece quando a experiência é nova. Aí a insegurança e a ansiedade aparecem e nos fazem puxar o freio, limitando nossa expressão, nossa experiência e nosso aprendizado.
Claro que algum grau de ansiedade pode ser benéfico para a nossa vida, mas não o que temos presenciado nessa pandemia.
Então, deixo aqui algumas dicas para uma convivência mais saudável com o desconhecido, que pode nos trazer surpresas boas e deve nos acompanhar por muito tempo ainda:
– Reconheça o medo do desconhecido e procure localizar sua origem.
– Tente manter pensamentos positivos.
– Permaneça no aqui e no agora.
– Ocupe-se de coisas que lhe deem prazer.
– Invista em auto-conhecimento.
– Ouça músicas que elevem seu ânimo.
– Tenha fé, tudo vai dar certo.