Uncategorized

Coragem para mudar, alegria para viver

Elias Awad

biógrafo e palestrante, escreveu este artigo com exclusividade para HSM Management, baseado na pesquisa feita...

Compartilhar:

Ao longo da nossa trajetória, nos deparamos com momentos em que é necessário repensar sobre o rumo que estamos dando para a nossa existência. Fazer o que se ama e amar o que se faz nem sempre é tão fácil quanto parece.

A verdade é que nem sempre desempenhamos tarefas porque elas nos realizam pessoal ou profissionalmente. Às vezes, existem razões que vão além disso e que acabam nos prendendo: talvez a promessa de uma carreira promissora, ou puro comodismo, por questões financeiras, pela falta de atitude para provocar mudanças na vida e carreira… 

Mudar exige coragem e ousadia. E digo isso com a experiência de quem já pivotou a própria carreira mais de uma vez.

Nem sempre fui um jornalista e nem sempre fui biógrafo. Mas posso dizer que sempre fui inconformado no sentindo de buscar aquilo que me fizesse bem, que me deixasse feliz, que me desse satisfação… 

No começo da carreira, na década de 1980, acreditei que o meu caminho seria percorrido a partir da Administração de Empresas. Foi esse o curso que escolhi para a universidade e logo estava trabalhando na Votorantim, que era a maior produtora de zinco do Brasil. Foram seis anos, seis promoções.

Mas, aos 24 anos de idade, já com carreira executiva muito bem encaminhada, algo no meu interior me fez questionar se aquilo me fazia feliz e se eu seria capaz de, dali a cinco anos, continuar desenvolvendo as mesmas tarefas. As respostas foram negativas e esse foi o primeiro passo para que eu realizasse o sonho de ser jornalista esportivo. 

A mudança aconteceu de forma muito rápida: ainda na faculdade, passei a cursar jornalismo, um amigo e eu, criamos um jornal que, mais tarde, virou uma revista esportiva. Logo, estava trabalhando na Rádio Gazeta até que, no auge, passei a integrar a equipe do grande Luciano do Valle na TV Bandeirantes. Eu vivia um sonho acordado!

Durante muitos anos, me senti realizado, afinal, cobria os mais importantes eventos esportivos do Brasil e do mundo. Só que um dia isso mudou e comecei a entender que a minha profissão estava se tornando um fardo pesado. Mais uma vez, as dúvidas apareceram e mais uma vez percebi que era hora de mudar. 

Por obra do destino, conheci o empresário Samuel Klein, de quem escrevi a minha primeira biografia empresarial. Com ele, comecei a encontrar o meu propósito de vida. Tê-lo encontrado me fez entender que tudo o que eu havia vivido até aquele momento estava me preparando para uma realização ainda maior.

Se tivesse permanecido exatamente onde estava, talvez fosse hoje um grande executivo, talvez continuasse a trabalhar como jornalista esportivo. Entretanto a vida é muito preciosa para se resumir em vários “ses”. 

Fazer o que se ama e amar o que se faz exige coragem. Portanto, se você sente o desejo de mudança, acredite em si mesmo, na sua capacidade, aproveite as oportunidades que surgirem em seu caminho. Lembre-se que tudo começa com um pequeno passo e que a vida é muito curta para viver insatisfeito. Palavra de quem biografa grandes realizadoras e realizadores… empreendedoras e empreendedores… pessoas com 70, 80, 90 anos, e que deles ouve: “A vida passa muito mais rápido do que a gente imagina e gostaria…”

Então, busque o seu melhor Ikigai, palavra tão em moda e que se resume a encontrar o propósito. Um motivo e razão de vida que lhe propicie prazer, realização, felicidade e a certeza de estar vivendo um dia a mais e não um dia a menos!

Compartilhar:

Artigos relacionados

O novo sucesso que os RHs não estão percebendo

As novas gerações estão redefinindo o conceito de sucesso no trabalho, priorizando propósito, bem-estar e flexibilidade, enquanto muitas empresas ainda lutam para se adaptar a essa mudança cultural profunda.

Quem pode mais: o que as eleições têm a nos dizer? 

Exercer a democracia cada vez mais se trata também de se impor na limitação de ideias que não façam sentido para um estado democrático por direito. Precisamos ser mais críticos e tomar cuidado com aquilo que buscamos para nos representar.