Uncategorized

Corra que a “destruição criativa” vem aí

Até 2020, será gigantesca a velocidade das mudanças capazes de tornar um negócio obsoleto; a palavra de ordem é diversificação
Um dos maiores especialistas mundiais em empresas familiares, fundador e líder da firma de consultoria Cambridge Advisors to Family Enterprise e professor da Harvard Business School.

Compartilhar:

Avida das empresas ficará ainda mais curta e sua morte, mais brutal. No futuro, os desafios serão cada vez mais difíceis de alcançar, haverá mais desafios a perseguir e sairá mais caro vencê-los. O ciclo natural de “destruição criativa”, identificado pela primeira vez em 1943 pelo economista Joseph Schumpeter, está se intensificando. Schumpeter acreditava que os setores de atividade e as empresas são criados, prosperam por um tempo e depois desaparecem. 

Mas será que todos os setores de atividade desaparecerão? As evidências são cruéis. A Baldwin Bell Green conduziu uma extensa análise das 500 maiores empresas dos Estados Unidos entre 1955 e 2012. Nos primeiros 20 anos, cerca de 11 companhias saíram da lista todo ano; 44% do total, ou 220 empresas, não sobreviveram. Entre 1975 e 1995, a velocidade aumentou: a baixa anual foi de 15 companhias e 60%, ou 306, morreram. De 1995 a 2012, 35 empresas saíram da lista anualmente e a mortalidade foi de 21 por ano. Isso ocorreu porque, mais do que qualquer outro fator, eram, na maioria, empreendimentos de uma linha de atuação apenas, que não se diversificaram. 

A concentração é fatal. Todas as empresas desaparecerão? De novo, as evidências são cruéis na própria medição da Baldwin Bell Green, mas, nesse caso, cremos que a resposta seja “não”; as organizações podem se adaptar, encolhendo ou vendendo negócios em declínio, investindo em outras frentes, mudando a composição de seu portfólio. Empresas familiares que vêm sobrevivendo entre as 100 do topo do mundo compartilham alguns valores: 

**1. Sensibilidade às mudanças de mercado. Essas empresas têm mais consciência sobre o que há ao redor, porque evitam o “pensamento de grupo”, que tende a reduzir a sensibilidade às tendências externas.**

**2. Tolerância aos novos pensamentos. Elas têm boa aceitação ao que é feito nas margens do mercado e às experiências que ampliam a compreensão sobre novas possibilidades.**

**3. União em torno da sobrevivência. Essas organizações priorizam a sobrevivência, mais do que a maximização dos resultados de curto prazo, e se planejam no longo prazo.**

**4. Abordagem financeira conservadora. Elas gastam apenas o necessário e mantêm sobra de caixa para preservar a flexibilidade.** 

Emergem daí três lições, tanto para os proprietários como para as lideranças das empresas: 

**1. Identifique onde seu setor de atividade está quanto ao ciclo de vida. Os períodos de vida estão encurtando e, assim, os ciclos de vida se comprimem. Avalie sua capacidade de permanecer no jogo. Você tem o talento necessário? A força financeira? As alianças?**

**2. Comande seu negócio de maneira apaixonada e forme um conselho de administração de qualidade para ajudá-lo. Esteja pronto a vender a empresa no momento certo.**

**3. Semeie iniciativas empreendedoras. Ficaremos atordoados com a velocidade da destruição criativa nos próximos seis anos. Corra.**

Compartilhar:

Artigos relacionados

Os sete desafios das equipes inclusivas

Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo – mesmo acreditando que estão incluindo.

Reaprender virou a palavra da vez

Reaprender não é um luxo – é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Carreira
HSM Management faz cinco pedidos natalinos em nome dos gestores das empresas brasileiras, considerando o que é essencial e o que é tendência

Adriana Salles Gomes é cofundadora de HSM Management.

3 min de leitura
Liderança, Bem-estar & saúde
24 de dezembro de 2025
Se sua agenda lotada é motivo de orgulho, cuidado: ela pode ser sinal de falta de estratégia. Em 2026, os CEOs que ousarem desacelerar serão os únicos capazes de enxergar além do ruído.

Bruno Padredi - CEO da B2B Match

2 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Cultura organizacional
23 de dezembro de 2025
Marcela Zaidem, especialista em cultura nas empresas, aponta cinco dicas para empreendedores que querem reduzir turnover e garantir equipes mais qualificadas

Marcela Zaidem, Fundadora da Cultura na Prática

5 minutos min de leitura
Uncategorized, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
22 de dezembro de 2025
Inclusão não acontece com ações pontuais nem apenas com RH preparado. Sem letramento coletivo e combate ao capacitismo em todos os níveis, empresas seguem excluindo - mesmo acreditando que estão incluindo.

Carolina Ignarra - CEO da Talento Incluir

4 minutos min de leitura
Lifelong learning
19 de dezembro de 2025
Reaprender não é um luxo - é sobrevivência. Em um mundo que muda mais rápido do que nossas certezas, quem não reorganiza seus próprios circuitos mentais fica preso ao passado. A neurociência explica por que essa habilidade é a verdadeira vantagem competitiva do futuro.

Isabela Corrêa - Cofundadora da People Strat

8 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Inovação & estratégia
18 de dezembro de 2025
Como a presença invisível da IA traz ganhos enormes de eficiência, mas também um risco de confiarmos em sistemas que ainda cometem erros e "alucinações"?

Rodrigo Cerveira - CMO da Vórtx e Cofundador do Strategy Studio

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de dezembro de 2025
Discurso de ownership transfere o peso do sucesso e do fracasso ao colaborador, sem oferecer as condições adequadas de estrutura, escuta e suporte emocional.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional

4 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
16 de dezembro de 2025
A economia prateada deixou de ser nicho e se tornou força estratégica: consumidores 50+ movimentam trilhões e exigem experiências centradas em respeito, confiança e personalização.

Eric Garmes é CEO da Paschoalotto

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de dezembro de 2025
Este artigo traz insights de um estudo global da Sodexo Brasil e fala sobre o poder de engajamento que traz a hospitalidade corporativa e como a falta dela pode impactar financeiramente empresas no mundo todo.

Hamilton Quirino - Vice-presidente de Operações da Sodexo

2 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Inovação & estratégia
12 de dezembro de 2025
Inclusão não é pauta social, é estratégia: entender a neurodiversidade como valor competitivo transforma culturas, impulsiona inovação e constrói empresas mais humanas e sustentáveis.

Marcelo Vitoriano - CEO da Specialisterne Brasil

4 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança