ESG
6 min de leitura

Dando sentido ao caos: reskilling e upskilling para o futuro do trabalho

No ATD 2025, Harvard revelou: 95% dos empregadores valorizam microcertificações. Mesmo assim, o reskilling que realmente transforma exige 3 princípios urgentes. Descubra como evitar o 'caos das credenciais' e construir trilhas que movem negócios e carreiras.
__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Compartilhar:

Nancy J. Coleman

Durante o ATD 2025, Nancy J. Coleman, diretora da Division of Continuing Education da Harvard University, compartilhou uma visão estratégica para navegar no caos atual das iniciativas de Reskilling e Upskilling. Com uma abordagem simples e orientada para o impacto, ela trouxe clareza para profissionais de T&D em meio à proliferação de certificados, microcredenciais e plataformas de aprendizado.

1. Três Princípios Estratégicos

Coleman propôs três princípios que devem nortear qualquer estratégia de aprendizado nas organizações:

  • Holística: Alinhar o treinamento aos objetivos de negócio.
  • Centrada no humano: Atender às reais necessidades do aprendiz.
  • Focada em impacto: Medir o que realmente importa, além das taxas de conclusão.

2. Microcertificação com Propósito

Micro certificações são reconhecidas por 95% dos empregadores como benéficas. Para líderes, elas demonstram iniciativa, vontade de aprender e facilitam a comunicação de competências. Contudo, Coleman alerta: não basta empilhar certificados — é preciso desenhar trilhas conectadas ao desenvolvimento contínuo.

3. Stackability: O Papel do T&D

Stackability é a ideia de que diferentes formatos de aprendizado — como cursos livres, microcertificações, badges digitais e até diplomas — podem ser empilhados ao longo

da vida para formar trilhas de conhecimento progressivas, modulares e personalizadas.

É como montar um “lego educacional”, em que cada peça (curso, certificado ou experiência) se conecta com outra, criando percursos únicos e adaptáveis à carreira de cada pessoa.

O papel dos profissionais de T&D, nesse cenário, é ser o arquiteto da trilha, oferecendo caminhos claros do micro ao macro.

4. Holístico é Integrado

A aprendizagem deve ser parte do fluxo de trabalho, não um evento isolado. É necessário integrar reflexão, coaching, prática e envolvimento de gestores para que a aprendizagem gere retenção sustentável.

5. Design Centrado no Humano

Aprendizes reais precisam de flexibilidade, personalização e formatos ‘just-in-time’. O design centrado no humano respeita diferentes níveis de entrada, dá voz ao aprendiz sobre como e quando aprender, e oferece plataformas práticas e acessíveis.

O diploma clássico não morreu – o ensino superior tradicional ainda tem valor, principalmente quando bem estruturado e alinhado a carreiras e competências. Mas, em um cenário em que tecnologias mudam rapidamente, funções evoluem e o ciclo de aprendizagem se encurta, as microcertificações surgem como uma resposta ágil e estratégica às novas demandas do mercado. A missão do T&D é separar o que é essencial do que é apenas modismo. Com uma abordagem centrada n

Compartilhar:

__Poliana Abreu__ é Diretora de conteúdo da HSM e SingularityU Brazil. Graduada em relações internacionais e com MBA em gestão de negócios, se especializou em ESG, cultura organizacional e liderança. Tem mais de 12 anos no mercado de educação executiva. É mãe da Clara, apaixonada por conhecer e viver em culturas diferentes e compra mais livros do que consegue ler.

Artigos relacionados

Quando a IA desafia o ESG: o dilema das lideranças na era algorítmica

A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Empreendedorismo
Falta de governança, nepotismo e desvios: como as empresas familiares repetem os erros da vilã de 'Vale Tudo'

Sergio Simões

7 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Já notou que estamos tendo estas sensações, mesmo no aumento da produção?

Leandro Mattos

7 min de leitura
Empreendedorismo
Fragilidades de gestão às vezes ficam silenciosas durante crescimentos, mas acabam impedindo um potencial escondido.

Bruno Padredi

5 min de leitura
Empreendedorismo
51,5% da população, só 18% dos negócios. Como as mulheres periféricas estão virando esse jogo?

Ana Fontes

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
A inteligência artificial está reconfigurando decisões empresariais e estruturas de poder. Sem governança estratégica, essa tecnologia pode colidir com os compromissos ambientais, sociais e éticos das organizações. Liderar com consciência é a nova fronteira da sustentabilidade corporativa.

Marcelo Murilo

7 min de leitura
ESG
Projeto de mentoria de inclusão tem colaborado com o desenvolvimento da carreira de pessoas com deficiência na Eurofarma

Carolina Ignarra

6 min de leitura
Saúde mental, Gestão de pessoas
Como as empresas podem usar inteligência artificial e dados para se enquadrar na NR-1, aproveitando o adiamento das punições para 2026
0 min de leitura
ESG
Construímos um universo de possibilidades. Mas a pergunta é: a vida humana está realmente melhor hoje do que 30 anos atrás? Enquanto brasileiros — e guardiões de um dos maiores biomas preservados do planeta — somos chamados a desafiar as retóricas de crescimento e consumo atuais. Se bem endereçados, tais desafios podem nos representar uma vantagem competitiva e um fôlego para o planeta

Filippe Moura

6 min de leitura
Carreira, Diversidade
Ninguém fala disso, mas muitos profissionais mais velhos estão discriminando a si mesmos com a tecnofobia. Eles precisam compreender que a revolução digital não é exclusividade dos jovens

Ricardo Pessoa

4 min de leitura
ESG
Entenda viagens de incentivo só funcionam quando deixam de ser prêmios e viram experiências únicas

Gian Farinelli

6 min de leitura