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De cipó em cipó, o método do Tarzã

Guilherme Soárez, CEO da HSM

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O leitor já ouviu falar do método do Tarzã, muito divulgado pelo cineasta, youtuber e influenciador digital Casey Neistat? A ideia básica é que, mesmo quando você sabe aonde quer chegar, o caminho não é uma linha definida, perfeita e previsível; você persegue sua meta indo de cipó em cipó, e cada cipó pode levá-lo a um lugar diferente a princípio, para mais tarde chegar ao ponto desejado. A metáfora ensina a abrir a cabeça, porque cada cipó é uma nova oportunidade; quando você balança lá no alto, consegue ver a floresta como um todo e, quando pega os galhos mais baixos, ganha outras interessantes perspectivas. 

Parece-me que o método do Tarzã é mais do que adequado para os tempos atuais, e um número crescente de pessoas pensa assim. A dúvida é quantas empresas e quantos gestores se dispõem a agir como Tarzãs. Talvez a maioria prefira andar em terra firme como a Jane (esqueça a questão de gênero nesse caso, por favor). 

Um dos cipós interessantes, que leva a tantos outros cipós, é o tema da capa desta HSM Management eXtra: o branded content, ou conteúdo de marca (algo com que Casey Neistat trabalha, por sinal). A experiência prática nessa área de cinco empresas da moda tem muito a nos ensinar e inspirar. Talvez o leitor diga que é fácil criar conteúdo de moda, que o difícil é falar de parafusos. Eu responderia que há mensagens pertinentes para todos os públicos; tudo depende de adequá-las ao público ao qual sua empresa se dirige. Ou seja, leia os cases atendo-se aos princípios, não ao conteúdo. 

Outros cipós valiosos nesta edição são os três descritos no artigo sobre hipercrescimento, de Aaron Ross e Jason Lemkin, autores do livro homônimo publicado por nós. Ross, que estará em nossa MasterClass de agosto, fala da métrica “taxa de criação de pipelines”, da chave dos compradores convencionais e de não subestimar o valor do ciclo de vida do cliente (LTV) na hora de fazer investimentos para adquiri-lo. São os tipos de cipós que nos levam ao alto da floresta. 

Gostei muito também dos cipós encontrados na entrevista de Stuart Madnick, do MIT, um dos maiores especialistas mundiais em cibersegurança (os pontos focais nesse desafio devem ser as pessoas e os processos de gestão, não as tecnologias!), no artigo sobre prospectiva, de Santiago Bilinkis (futurismo no processo decisório já!), e no texto provocador de Ricardo Cavallini sobre a morte e a ressurreição do movimento maker. Vamos ser Tarzãs – além de tudo, a vida fica mais divertida!

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