Uncategorized

De dentro para fora

CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.
CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.

Compartilhar:

A comunidade executiva mundial, e nós da HSM em particular, sofremos um forte revés no início deste ano. A partida prematura de Clayton Christensen, o professor de Harvard que materializou a inovação de ruptura, nos deixou órfãos. Tivemos o privilégio de organizar muitos eventos com ele, assim como esta revista também teve a honra de entrevistá-lo diversas vezes e de publicar muitos artigos de sua autoria. Eu não poderia, portanto, escrever esta mensagem sem homenagear o grande nome da inovação.

Para mim, as marcas de suas pesquisas e teorias são nítidas em vários conteúdos desta edição, começando pelo Dossiê sobre carreira internacional, estampado na capa (veja a partir da pág. 27). Lá por 2012, Clay – ele nos dava liberdade de chamá-lo pelo apelido – escreveu o livro Como avaliar sua vida?, em que convidava o leitor não só a uma reflexão, mas a desenvolver estratégias inovadoras para sua vida. Pois nos dias atuais a expatriação é uma grande estratégia de inovação, especialmente para nós, brasileiros, que temos uma economia ainda relativamente fechada. 

Embora os gestores brasileiros sejam apreciados em muitas partes do mundo por sua flexibilidade, os expatriados brasileiros têm ganhado escala mais recentemente. O Dossiê não apenas descreve as novas cores do fenômeno – maior interesse de empresas e maior demanda por gestores, atuais e futuros – como traz informações práticas e benchmarks de como lidar com os respectivos dilemas (no plural) ao decidir enveredar por esse caminho. Em muitos casos, não é um caminho; lembra mais um labirinto à la Escher mesmo, como este que ilustra nossa capa. Quero registrar a entrevista com Roberto Funari, CEO da Alpargatas, que faz uma ótima reflexão sobre seus 18 anos como expatriado – e relaciona seu cargo com essa jornada.

Além do Dossiê, a reportagem sobre sprints de aprendizado, utilíssima, conversa com a convocação que fez no livro The Innovative University, rumo a um compromisso com a inovação na educação para negócios (veja pág. 81). Ele pregava que se mudasse o DNA de dentro para fora – falava sobretudo no DNA das universidades, mas nosso texto aborda o DNA das metodologias de ensino. 

Clay também batia na tecla da diversidade para gerar inovação de ruptura – o que aqui é contemplado no texto sobre os esforços para incluir mais empresas de mulheres na cadeia de fornecimento (veja pág. 58). Clay falava da importância de andarmos pari passu com as novas tecnologias, e o artigo da Singularity University facilita isso. 

Como uma pessoa de muita fé, Clay se preocupava com as pessoas e a compaixão, e os dois assuntos são bem abordados nestas páginas (nas págs. 76 e 64). Não sei o que ele acharia da adoção da ISO da inovação, mas suponho que daria as boas-vindas para tudo que ajudasse empresas de um mercado emergente como o Brasil a fazer esse movimento.

Compartilhar:

CEO da HSM e coCEO da SingularityU Brazil. Pós-graduado em finanças, possui MBA com extensão na China, na França e na Inglaterra. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro. É casado com a Marcia e coleciona discos de vinil.

Artigos relacionados

Há um fio entre Ada Lovelace e o CESAR

Fora do tempo e do espaço, talvez fosse improvável imaginar qualquer linha que me ligasse a Ada Lovelace. Mais improvável ainda seria incluir, nesse mesmo

Tecnologias exponenciais
A aplicação da inteligência artificial e um novo posicionamento da liderança tornam-se primordiais para uma gestão lean de portfólio

Renata Moreno

4 min de leitura
Finanças
Taxas de juros altas, inovação subfinanciada: o mapa para captar recursos em melhorias que já fazem parte do seu DNA operacional, mas nunca foram formalizadas como inovação.

Eline Casasola

5 min de leitura
Empreendedorismo
Contratar um Chief of Staff pode ser a solução que sua empresa precisa para ganhar agilidade e melhorar a governança

Carolina Santos Laboissiere

7 min de leitura
ESG
Quando 84% dos profissionais com deficiência relatam saúde mental afetada no trabalho, a nova NR-1 chega para transformar obrigação legal em oportunidade estratégica. Inclusão real nunca foi tão urgente

Carolina Ignarra

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 2º no ranking mundial de burnout e 472 mil licenças em 2024 revelam a epidemia silenciosa que também atinge gestores.
5 min de leitura
Inovação
7 anos depois da reforma trabalhista, empresas ainda não entenderam: flexibilidade legal não basta quando a gestão continua presa ao relógio do século XIX. O resultado? Quiet quitting, burnout e talentos 45+ migrando para o modelo Talent as a Service

Juliana Ramalho

4 min de leitura
ESG
Brasil é o 4º país com mais crises de saúde mental no mundo e 500 mil afastamentos em 2023. As empresas que ignoram esse tsunami pagarão o preço em produtividade e talentos.

Nayara Teixeira

5 min de leitura
Tecnologias exponenciais
Empresas que integram IA preditiva e machine learning ao SAP reduzem custos operacionais em até 30% e antecipam crises em 80% dos casos.

Marcelo Korn

7 min de leitura
Empreendedorismo
Reinventar empresas, repensar sucesso. A megamorfose não é mais uma escolha e sim a única saída.

Alain S. Levi

4 min de leitura