São várias as perguntas a fazer sobre nosso País neste momento. Uma delas, que dá título a este artigo, orienta todas as ideias que expomos a seguir.
Nossa resposta, sem o menor vacilo, vai em alto e bom som: “o Brasil é nosso!”. Essa é a premissa que nos move, desde a primeira reunião que realizamos, em 8 de outubro de 2013, da qual também participaram outras mulheres. Nesse encontro nascia o Movimento “Mulheres do Brasil”.
Sob influência de uma história recheada de tendências autocráticas e paternalistas, a sociedade civil brasileira parece buscar respostas mágicas para os problemas do País. Credita (ou debita) ao grande líder a solução de todos eles. Estamos hoje diante de um tremendo desafio: assumir nossa responsabilidade como cidadãos, como protagonistas das soluções que visam o bem comum. Precisamos fazer essa virada, e de forma radical. Enquanto as pessoas buscarem o líder perfeito, enquanto acreditarem que a resposta a todos os problemas é externa a elas, o País não muda, não de modo significativo e sustentável.
O Brasil pertence a todos os brasileiros. E também a nós, que fazemos parte do movimento Mulheres do Brasil. A nós, que não somos contra os homens, de forma alguma; somos, isso sim, a favor das mulheres. A nós, que acreditamos que as soluções sempre serão melhores se capturarem a inteligência coletiva, inclusive a gerada pela beleza da diversidade. A nós, que somos apartidárias, mas políticas – no sentido nobre do termo, de influenciar a vida da pólis, ou seja, da cidade, do estado, do país.
Nosso País precisa de foco e agilidade. Essa é uma das razões pelas quais escolhemos projetos bem-sucedidos, que precisam ser multiplicados. Sem “reinventar a roda”, aceleramos projetos que são consistentes com nosso propósito. Afinal, somos apartidárias, mulheres, mães, filhas, avós, de diversas classes sociais, de diferentes regiões do Brasil – e do mundo. Reunimos hoje mais de 22 mil mulheres em mais de 10 países, conectadas por um propósito comum e com a “cola” de quem faz acontecer!
O que fazemos? Nós nos indignamos com as diferenças e trabalhamos em prol de acabar com a discriminação de gênero e com qualquer preconceito. Temos causas diversas – nem todas se relacionam com a mulher. Vamos muito além: trabalhamos com políticas públicas, educação, saúde, segurança pública, soluções hídricas para levar água a algumas regiões do país, valorização da cultura brasileira por meio do artesanato, entre tantas outras coisas. Nossas ações se baseiam em uma combinação poderosa de propósito, afeto e capacidade realizadora. Buscamos acertar, embora vez por outra cometamos alguns erros, que superamos. Eles não minimizam nossas ações.
A nova geração já está no jogo junto conosco: no “Meninas do Brasil”, grupo integrado por meninas e mulheres, de 14 a 25 anos, elas também se estruturam em núcleos e projetos e fazem acontecer com competência, agilidade e alegria!
Juntas somos mais fortes, juntas somos melhores e vamos ajudar a construir o Brasil que queremos, o Brasil de que todos nós precisamos! Fica o convite para você, menina, mulher do Brasil. A hora é agora!