Empreendedorismo
5 min de leitura

Desafio: crescimento x maturidade da gestão

Fragilidades de gestão às vezes ficam silenciosas durante crescimentos, mas acabam impedindo um potencial escondido.
Fundador e CEO da B2B Match, tem mais de duas décadas de atuação no mercado de eventos corporativos, já promoveu mais de 600 eventos para CEOs e C-Levels das principais organizações brasileiras. Como fundador da B2B Match, está à frente da mais exclusiva plataforma de relacionamento e geração de oportunidades do ecossistema de negócios nacional, desenvolvendo eventos e experiências que já impactaram mais de mil tomadores de decisão.

Compartilhar:

Vamos começar este artigo com um ponto importante: crescer é diferente de amadurecer. 

Quando trazemos essa máxima para o mundo dos negócios, essa distinção é ainda mais relevante, mas muitas vezes ignorada (e o preço da negligência pode ser alto). Não precisamos de muito esforço para encontrar uma enxurrada de notícias que mostram uma verdadeira corrida por uma expansão acelerada nas empresas e startups que quando descobrem tardiamente que o crescimento sem a devida maturidade da gestão pode levar a crises internas, perda de identidade e até mesmo ao colapso de estruturas antes promissoras, pode ser tarde demais.

Mas por que isso acontece com mais frequência do que gostaríamos?! Simples: porque muitos empreendedores e empresários confundem o crescimento rápido com sucesso sólido, tornando-o, na verdade, uma armadilha para o desenvolvimento do negócio.

Lidando todos os dias com as maiores lideranças do país, entendo que a pressão de investidores que cobram tração, dos mercados que exigem relevância e dos fundadores que se embriagam com números ascendentes pode ser fator de complicação para focar na busca por escala, faturamento e market share a todo custo. Mas isso não pode ser encarado como o melhor meio de gerir uma empresa sustentável.

Esse crescimento desordenado frequentemente oculta fragilidades de gestão que podem provocar estragos irremediáveis, como processos improvisados, lideranças despreparadas, cultura desalinhada e falta de governança.  

É aqui que a maturidade se torna a peça chave. Aplicada na gestão, a maturidade não é apenas sobre ter processos bem definidos. Trata-se de uma combinação entre visão estratégica, cultura organizacional sólida, líderes preparados, capacidade analítica e flexibilidade para adaptar modelos de negócio em ambientes incertos. 

Ser um líder com uma gestão madura implica, muitas vezes, em saber dizer “não”, revisar decisões, delegar com responsabilidade, medir com consistência e, acima de tudo, saber ouvir o time e aprender continuamente. É, portanto, uma competência sistêmica que afeta desde a tomada de decisões até a execução cotidiana.

Quando você, líder, para por um momento, sai do modo automático e consegue identificar sinais de alta rotatividade de pessoas-chave; falta de clareza nas responsabilidades e processos; tomadas de decisão centralizadas em excesso ou totalmente dispersas; falhas em entrega e na experiência do cliente; e cultura organizacional fragmentada ou inexistente, sinto lhe informar, mas o crescimento e a  maturidade de gestão estão em completo descompasso.

Não é necessário entrar em pânico, pois é possível crescer e amadurecer ao mesmo tempo, mas isso exige intencionalidade. Portanto se debruce em criar estratégias de desenvolvimento organizacional, programas de liderança, diagnóstico de maturidade, revisão de estrutura e gestão de mudanças para que crescimento e maturidade caminhem lado a lado.

Afinal, crescer é fácil quando há demanda e capital. O difícil é sustentar esse crescimento sem perder o controle e, o mais importante, sem se desvincular da alma da empresa.

Compartilhar:

Fundador e CEO da B2B Match, tem mais de duas décadas de atuação no mercado de eventos corporativos, já promoveu mais de 600 eventos para CEOs e C-Levels das principais organizações brasileiras. Como fundador da B2B Match, está à frente da mais exclusiva plataforma de relacionamento e geração de oportunidades do ecossistema de negócios nacional, desenvolvendo eventos e experiências que já impactaram mais de mil tomadores de decisão.

Artigos relacionados

Vivemos a reinvenção do CEO?

Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Preparando-se para a liderança na Era da personalização

Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas – e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Intergeracionalidade, Escuta e Humildade

Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem – colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Inteligência artificial e gestão, Estratégia e Execução, Transformação Digital, Gestão de pessoas
29 de julho de 2025
Adotar IA deixou de ser uma aposta e se tornou urgência competitiva - mas transformar intenção em prática exige bem mais do que ambição.

Vitor Maciel

3 minutos min de leitura
Carreira, Aprendizado, Desenvolvimento pessoal, Lifelong learning, Pessoas, Sociedade
27 de julho de 2025
"Tudo parecia perfeito… até que deixou de ser."

Lilian Cruz

5 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Gestão de pessoas, Tecnologia e inovação
28 de julho de 2025
A ascensão dos conselheiros de IA levanta uma pergunta incômoda: quem de fato está tomando as decisões?

Marcelo Murilo

8 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Liderança
25 de julho de 2025
Está na hora de entender como o papel de CEO deixou de ser sinônimo de comando isolado para se tornar o epicentro de uma liderança adaptativa, colaborativa e guiada por propósito. A era do “chefão” dá lugar ao maestro estratégico que rege talentos diversos em um cenário de mudanças constantes.

Bruno Padredi

2 minutos min de leitura
Desenvolvimento pessoal, Carreira, Carreira, Desenvolvimento pessoal
23 de julho de 2025
Liderar hoje exige muito mais do que seguir um currículo pré-formatado. O que faz sentido para um executivo pode não ressoar em nada para outro. A forma como aprendemos precisa acompanhar a velocidade das mudanças, os contextos individuais e a maturidade de cada trajetória profissional. Chegou a hora de parar de esperar por soluções genéricas - e começar a desenhar, com propósito, o que realmente nos prepara para liderar.

Rubens Pimentel

4 minutos min de leitura
Pessoas, Cultura organizacional, Gestão de pessoas, Liderança, times e cultura, Liderança, Gestão de Pessoas
23 de julho de 2025
Entre idades, estilos e velocidades, o que parece distância pode virar aprendizado. Quando escuta substitui julgamento e curiosidade toma o lugar da resistência, as gerações não competem - colaboram. É nessa troca sincera que nasce o que importa: respeito, inovação e crescimento mútuo.

Ricardo Pessoa

5 minutos min de leitura
Liderança, Marketing e vendas
22 de julho de 2025
Em um mercado saturado de soluções, o que diferencia é a história que você conta - e vive. Quando marcas e líderes investem em narrativas genuínas, construídas com propósito e coerência, não só geram valor: criam conexões reais. E nesse jogo, reputação vale mais que visibilidade.

Anna Luísa Beserra

5 minutos min de leitura
Tecnologia e inovação
15 de julho 2025
Em tempos de aceleração digital e inteligência artificial, este artigo propõe a literacia histórica como chave estratégica para líderes e organizações: compreender o passado torna-se essencial para interpretar o presente e construir futuros com profundidade, propósito e memória.

Anna Flávia Ribeiro

17 min de leitura
Inovação
15 de julho de 2025
Olhar para um MBA como perda de tempo é um ponto cego que tem gerado bastante eco ultimamente. Precisamos entender que, num mundo complexo, cada estudo constrói nossas perspectivas para os desafios cotidianos.

Frederike Mette e Paulo Robilloti

6 min de leitura
User Experience, UX
Na era da indústria 5.0, priorizar as necessidades das pessoas aos objetivos do negócio ganha ainda mais relevância

GEP Worldwide - Manoella Oliveira

9 min de leitura