Transformação Digital

Despesas corporativas: o papel dos adiantamentos inteligentes na era digital

O papel vital da automação e evolução da força de trabalho passa por desafios quanto a tecnologia e quem fará uso dela. Por isso, cada vez mais perspectivas distintas podem nos ajudar a dar conta desse futuro.
Co-fundador e vice-presidente de produto na Paytrack

Compartilhar:

Os CFOs das grandes empresas têm à sua disposição cada vez mais tecnologias e recursos que podem ser empregados para reduzir custos e impulsionar a eficiência operacional, aumentando a produtividade da companhia como um todo.

Essas ferramentas podem identificar padrões de gastos, prever demandas futuras e otimizar processos financeiros – além de automatizar tarefas manuais, agilizando fluxos de trabalho e liberando recursos humanos para atividades mais estratégicas.

Um exemplo concreto de como a tecnologia vem facilitando um processo bastante comum nas grandes organizações: os adiantamentos financeiros, normalmente destinados para despesas de viagem ou departamentais, por exemplo, ou para fundo fixo.

Segundo uma pesquisa da consultoria PwC, o backoffice é, atualmente, o principal alvo da transformação digital nas empresas. Nada menos que 93% das companhias participantes da pesquisa destacaram a adoção de processos digitais e automação como prioritários, e 61% apontaram como chave a configuração de aplicativos e sistemas digitais.

No caso dos serviços financeiros, os CFOs devem procurar sistemas e plataformas que facilitem o dia a dia dos colaboradores, aumentem a segurança, otimizem tempo e recursos, e contribuam para a tomada de decisões orientadas por dados. Quando se fala em adiantamentos financeiros, já é possível fazer esse processo de maneira muito mais ágil, segura e estratégica.

# Otimizando adiantamentos para uma gestão financeira eficiente

Feito da maneira tradicional, o adiantamento financeiro envolve riscos e desafios. Um deles é o uso do dinheiro em espécie, que implica em uma maior falta de rastreabilidade e de controle sobre os gastos. O manuseio de grandes quantias em dinheiro físico aumenta também o risco de perdas, extravios e até mesmo roubos, além de demandar um controle rigoroso (e por vezes manual, moroso) para garantir compliance na prestação de contas.

Fazer depósitos diretamente na conta do colaborador, outra prática comum, pode ser um problema devido à necessidade de informações precisas e atualizadas sobre contas bancárias, bem como a possibilidade de erros administrativos que podem resultar em pagamentos incorretos.

O risco de fraudes também representa uma preocupação comum, uma vez que os adiantamentos financeiros podem ser alvo de manipulações fraudulentas, como falsificação de recibos ou relatórios de despesas inflacionados. E até mesmo questões trabalhistas podem surgir quando as políticas e procedimentos associados aos adiantamentos não estão alinhados com a lei, o que pode resultar em disputas legais e, inclusive, penalidades financeiras.

A incorporação da tecnologia pode revolucionar a administração de adiantamentos financeiros nas empresas, dando origem ao que chamamos de “adiantamentos inteligentes”. Essa abordagem traz uma série de benefícios.

Primeiramente, há uma otimização do processo de reembolso, oferecendo maior agilidade e simplicidade, o que resulta em uma redução no tempo e nos custos associados ao procedimento, além de uma maior satisfação dos colaboradores. Em segundo lugar, há uma redução das despesas administrativas, graças à economia de tempo de processamento e recursos humanos.

E, ainda, os adiantamentos inteligentes contribuem para uma melhor gestão do fluxo de caixa, já que são concedidos apenas quando necessário, evitando problemas de liquidez e garantindo a disponibilidade de recursos para outras finalidades.

Um levantamento feito utilizando a plataforma identificou uma economia de quase 400 horas de trabalho, ao longo de um ano, com a migração do processo manual de lançamentos para o processo automático: cada lançamento, que levava cerca de um minuto para ser efetuado manualmente, passou a ser feito em cerca de cinco segundos com a ajuda da tecnologia.

Os benefícios não se limitam apenas a esses aspectos tangíveis, mas se estendem a vantagens indiretas, muitas vezes não-mensuráveis – entre elas, a facilidade de acesso a relatórios e painéis administrativos para uma gestão eficiente de dados; a transparência e eficiência oferecidas pelos registros detalhados de atividades do software, que apoiam auditorias e contabilidade; e a redução da circulação de documentos, prevenindo extravios e aumentando a segurança operacional.

Até 2025, espera-se um aumento de mais de 52% nas transações sem dinheiro em espécie na América Latina, conforme apontado pela consultoria PwC. Esse crescimento é impulsionado pela adoção cada vez maior dos meios de pagamento digitais, pix, cartões, carteiras digitais e links de pagamento.

A adoção do adiantamento inteligente não só agrega valor às empresas, ao backoffice e aos usuários finais, mas também está alinhado com as tendências de meios de pagamento corporativos baseadas na economia digital.

Essas formas de pagamento representam uma evolução no gerenciamento das despesas corporativas, permitindo uma integração eficaz em todas as etapas do processo. Em um cenário empresarial em constante evolução, a adaptação às tendências da economia digital é essencial para garantir uma gestão financeira eficiente e preparada para os desafios do futuro.

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Quando o colaborador é o problema

Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura – às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Inovação
16 de setembro de 2025
Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Magnago

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Bem-estar & saúde, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de setembro de 2025
O luto não pede licença - e também acontece dentro das empresas. Falar sobre dor é parte de construir uma cultura organizacional verdadeiramente humana e segura.

Virginia Planet - Sócia e consultora da House of Feelings

2 minutos min de leitura
Marketing & growth, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
12 de setembro de 2025
O futuro do varejo já está digitando na sua tela. O WhatsApp virou canal de vendas, atendimento e fidelização - e está redefinindo a experiência do consumidor brasileiro.

Leonardo Bruno Melo - Global head of sales da Connectly

4 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
11 de setembro de 2025
Agilidade não é sobre seguir frameworks - é sobre gerar valor. Veja como OKRs e Team Topologies podem impulsionar times de produto sem virar mais uma camada de burocracia.

João Zanocelo - VP de Produto e Marketing e cofundador da BossaBox

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, compliance, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Liderança
10 de setembro de 2025
Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura - às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Tatiana Pimenta - CEO da Vittude

5 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
9 de setembro de 2025
Experiência também é capital. O ROEx propõe uma nova métrica para valorizar o repertório acumulado de profissionais em times multigeracionais - e transforma diversidade etária em vantagem estratégica.

Fran Winandy e Martin Henkel

10 minutos min de leitura
Inovação
8 de setembro de 2025
No segundo episódio da série de entrevistas sobre o iF Awards, Clarissa Biolchini, Head de Design & Consumer Insights da Electrolux nos conta a estratégia por trás de produtos que vendem, encantam e reinventam o cuidado doméstico.

Rodrigo Magnago

2 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
5 de setembro de 2025
O maior desafio profissional hoje não é a tecnologia - é o tempo. Descubra como processos claros, IA consciente e disciplina podem transformar sobrecarga em produtividade real.

Diego Nogare

6 minutos min de leitura
Marketing & growth, Cultura organizacional, Inovação & estratégia, Liderança
4 de setembro de 2025
Inspirar ou limitar? O benchmark pode ser útil - até o momento em que te afasta da sua singularidade. Descubra quando olhar para fora deixa de fazer sentido.

Bruna Lopes de Barros

3 minutos min de leitura
Inovação
Em entrevista com Rodrigo Magnago, Fernando Gama nos conta como a Docol tem despontado unindo a cultura do design na organização

Rodrigo Magnago

4 min de leitura