Vinte de março, Dia Internacional da Felicidade!
Instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em junho de 2012 e passando a ser celebrado anualmente desde então, é um convite à celebração da felicidade em nossas vidas.
Num primeiro momento pode parecer um dia para praticar o pensamento positivo, fazer boas ações ou para agradecer pelas coisas que nos fazem felizes, mas na verdade é um projeto que tem um propósito mais sério.
A relevância deste dia está em destacar a importância da felicidade e do bem-estar como objetivos fundamentais e universais para todos os seres humanos. Ao designar um dia específico, a ONU e outras organizações visam aumentar a conscientização sobre a importância do bem-estar, principalmente em relação ao impacto coletivo que isso pode trazer.
A proposta é promover a ideia de sustentabilidade: o crescimento econômico e o desenvolvimento material não devem ser os únicos indicadores de progresso e sucesso de uma sociedade; a felicidade e o bem-estar das pessoas devem ser considerados igualmente importantes e serem indicadores cruciais nessa jornada.
O objetivo é incentivar os países a adotarem políticas e programas que promovam o bem-estar geral de seus cidadãos, sendo também uma ocasião para nos lembrar de que a felicidade é mais do que apenas um estado pessoal; é um objetivo global que pode ser alcançado através do apoio mútuo e do compromisso comum com o bem-estar humano.
A criação da data foi inspirada em uma reunião das Nações Unidas, em abril de 2012, sobre o tema “Felicidade e Bem-Estar: Definindo um Novo Paradigma Econômico”. A escolha do dia se deu peloequinócio vernal, que ocorre por volta dessa época a cada ano. Este momento, na época, marca o início da primavera no Hemisfério Norte, que está associado com os temas de renovação, crescimento e positividade.
Na ONU, a reunião debateu a iniciativa do Butão, país asiático que reconheceu a supremacia da felicidade nacional sobre a renda desde o início dos anos 1970 e adotou adotou o famoso conceito de Felicidade Nacional Bruta (FNB) ou Felicidade Interna Bruta (FIB) indo além do tradicional Produto Interno Bruto (PIB). Assim, conseguem avaliar fatores como saúde mental e física, educação, uso do tempo, vitalidade comunitária, preservação cultural e qualidade do meio ambiente.
Em termos de dados concretos sobre esse índice de felicidade, o país não divulga uma pontuação numérica específica, no entanto, várias pesquisas e estudos qualitativos indicam que a maioria dos habitantes desfruta de um bom nível de satisfação com a vida e um forte senso de comunidade.
Encontramos também esse mesmo “nível de felicidade” nas pessoas que vivem nas chamadas “Zonas Azuis”, que são frequentemente consideradas felizes devido a vários fatores que contribuem para o seu bem-estar e qualidade de vida.
As Blue Zones são regiões geográficas ao redor do mundo onde as pessoas têm uma expectativa de vida mais longa e desfrutam de níveis mais altos de saúde e felicidade em comparação com outras áreas.
Um dos principais motivos pelos quais as pessoas nessas regiões são consideradas felizes são as conexões sociais significativas. Elas tendem a ter fortes laços comunitários, geralmente mantêm relacionamentos próximos com familiares, amigos e vizinhos, o que proporciona apoio emocional, senso de pertencimento e propósito.
Nesse sentido, há um número crescente de evidências que apontam que os relacionamentos são fortes indicadores sobre a felicidade. Não é dinheiro, prestígio ou sucesso, mas sim o tempo que passamos com as pessoas de quem gostamos, que se preocupam conosco e que nos dão apoio nos momentos difíceis.
Os pesquisadores estadunidenses Ed Diener e Martin Seligman, dois dos principais pesquisadores no campo da psicologia positiva e do bem-estar subjetivo, bem como outros pesquisadores, como Tal Ben-Shahar, conduziram pesquisas significativas sobre a relação entre relacionamentos sociais e felicidade, demonstrando consistentemente que pessoas com conexões sociais mais fortes tendem a relatar níveis mais altos de satisfação com a vida e emoções positivas.
“Todos nós queremos ser mais felizes”, destaca Tal Ben-Shahar. “A felicidade é um fim em si mesma, mas a felicidade também é um meio para atingir um fim. Ou seja, se você aumentar os níveis de bem-estar, os relacionamentos melhoram, o trabalho em equipe melhora, o desempenho melhora, quer estejamos falando de crianças e jovens na escola ou de funcionários de uma empresa. Vemos que o envolvimento e a motivação aumentam. Existem tantos subprodutos da felicidade, efeitos colaterais positivos da felicidade…”
Hoje milhares de estudantes e graduados ao redor do mundo, incluindo o Brasil, lideram um movimento chamado a Revolução da Felicidade em Ação, inspirando, facilitando e divulgando teorias e práticas da ciência de ser feliz.
Felicidade é relevante precisa valer a pena!