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Doam-se empresas – um fenômeno e sua explicação

Notícias sobre as doações de Patagonia e Grupo Gaia mostram os limites dos negócios

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As revistas *Science* e *Mongabay* publicaram que o plantio de soja, milho, algodão e as pastagens no Cerrado brasileiro vêm amplificando os efeitos das mudanças climáticas. Como as árvores capturam água em até 15 metros abaixo do solo para realizar a fotossíntese na estação seca, derrubá-las significa reduzir a umidade do ar/o orvalho, o que reduz o número de insetos polinizadores, o que reduz mais vegetação nativa que absorve a luz solar, o que faz a temperatura subir. Resultado: o Cerrado – “caixa d’água” do Brasil por ser fonte de oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras – pode entrar em colapso em 30 anos.

Falta d’água tem impacto negativo direto sobre os habitantes locais e a biodiversidade (4,8 mil espécies de plantas e animais vertebrados dali não existem em outro lugar). E os impactos indiretos serão muitos. É por cenários desanimadores assim que dois empresários ativistas de causas ambientais e sociais (e que já ganharam o suficiente) anunciaram a doação de suas empresas a ONGs que impactem positivamente.

Nos EUA, Patagonia seguirá sob a gestão da família Chouinard, mas todo o lucro obtido (não reinvestido no negócio) irá para um coletivo de ONGs – US$ 100 mi ao ano ou mais, vindo mais clientes. Gaia, securitizadora, vira ONG para viabilizar o financiamento de projetos sociais necessários. João Pacífico passa a ser funcionário da ONG.

Artigo publicado na HSM Management nº 154

__[Leia também: Você quer um líder empático? ou um compassivo?](https://www.revistahsm.com.br/post/voce-quer-um-lider-empatico-ou-um-compassivo)__

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