No ambiente corporativo atual, diferentes gerações convivem diariamente, trazendo consigo uma variedade de valores, expectativas e estilos de trabalho. Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z apresentam características distintas que, quando bem gerenciadas, podem enriquecer as organizações de maneira significativa.
Segundo revela um estudo das consultorias ASTD Workforce Development e VitalSmarts, um em cada três entrevistados afirmou que a empresa gasta 5 horas ou mais, por semana, gerenciando conflitos entre as gerações, resultando em uma perda de 12% na produtividade.
Olhando para esses dados, fica evidente a importância de o gestor entender a particularidade de cada geração, a fim de resolver, da melhor maneira possível, os conflitos.
# Cada característica é significante
Os Baby Boomers (1946-1964) cresceram em um período de prosperidade econômica e têm uma forte ética de trabalho. Valorizam a estabilidade e a lealdade à empresa, preferindo estruturas hierárquicas bem definidas. Por exemplo, em uma grande corporação, um diretor de RH dessa geração pode focar em programas de reconhecimento de longo prazo e benefícios robustos de aposentadoria, refletindo seu apreço pela estabilidade e lealdade.
Já a geração X (1965-1980) é conhecida por sua independência e busca pelo equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Testemunharam o surgimento da tecnologia moderna e a globalização, tornando-se adaptáveis e pragmáticos.
Um gerente de projetos dessa geração pode adotar políticas de trabalho remoto e usar softwares de gestão de tarefas para garantir eficiência, equilibrando produtividade e qualidade de vida. Em uma empresa de tecnologia, é comum ver profissionais da Geração X utilizando ferramentas como o Slack e o Trello para facilitar a comunicação e gestão de projetos de forma mais flexível.Se funciona muito bem para eles, por qual motivo a empresa descartaria essa prática?
Dessa maneira, eles conseguem trabalhar melhor e de uma maneira mais confortável. E Isso não traz nenhum prejuízo para a companhia.
Agora, quando falamos dos Millennials (1981-1996), a geração digital, crescidos com a internet, valorizando a flexibilidade e a inovação, precisamos compreender que eles preferem ambientes colaborativos e buscam propósito e reconhecimento imediato em suas carreiras.
Em uma equipe de marketing, essa geração pode priorizar o uso de mídias sociais e estratégias de marketing digital, além de promover iniciativas que reflitam valores sociais e sustentabilidade. Por exemplo, uma empresa de moda sustentável pode contar com Millennials liderando campanhas que utilizam Instagram e TikTok para engajar um público consciente e ativo nas redes sociais. Essa geração sabem muito bem se destacar nesse aspecto.
A Geração Z (1997-2012) é a mais nova no mercado de trabalho, altamente conectada e tecnológica. Valorizam a diversidade, inclusão e esperam feedback constante. Cresceram durante crises econômicas, o que lhes conferiu uma visão pragmática do mercado de trabalho.
Em uma startup de tecnologia, um desenvolvedor dessa geração pode sugerir o uso de metodologias ágeis e ferramentas de comunicação instantânea para promover a colaboração em tempo real e a rápida adaptação às mudanças. Um exemplo é o uso de plataformas como Discord para facilitar a comunicação rápida e eficiente entre membros de uma equipe distribuída geograficamente.
# Conflitos, inovação e resiliência
A coexistência dessas gerações dentro das companhias gera conflitos. Baby Boomers e Geração X podem ver Millennials e Geração Z como impacientes e com falta de compromisso, enquanto estes últimos podem considerar os mais velhos como resistentes à mudança e excessivamente formais.
Por exemplo, em uma empresa de consultoria, pode haver tensões entre um executivo Baby Boomer, que prefere reuniões presenciais, e um jovem analista Millennial, que defende o uso de videoconferências para ganhar tempo e flexibilidade.
Presenciamos momentos de tensão como esses, principalmente, durante o período de pós-pandemia, em que muitos jovens não viam motivos para voltar aos escritórios, enquanto os mais velhos, preferiam adotar o presencial o quanto antes.
Apesar dos desafios, a diversidade geracional também é uma fonte de inovação e resiliência. De acordo com estudo realizado pelo Great Place to Work (GPTW) indica que, a união de diferentes gerações pode gerar uma vantagem competitiva para as empresas. Cada geração traz perspectivas únicas que, quando combinadas, podem enriquecer a cultura organizacional e impulsionar a empresa a novos patamares.
Em um projeto de desenvolvimento de um novo produto, a experiência estratégica dos Baby Boomers, a abordagem pragmática da Geração X, a criatividade digital dos Millennials e a fluência tecnológica da Geração Z podem se complementar, resultando em soluções inovadoras e abrangentes.
Por exemplo, uma empresa de desenvolvimento de software pode integrar a experiência dos Baby Boomers na gestão de projetos de longo prazo, a eficiência da Geração X na implementação de políticas de trabalho remoto, a inovação dos Millennials em marketing digital, e a fluência tecnológica da Geração Z para adotar novas ferramentas e metodologias de desenvolvimento.
Empresas que conseguem harmonizar essas diversidades não apenas evitam conflitos, mas também potencializam um ambiente de trabalho dinâmico e inovador. Aproveitar as forças de cada geração pode ser a chave para o sucesso e a sustentabilidade no mercado competitivo atual.
Você tem aproveitado todo o potencial da sua equipe?