“Hoje a situação está difícil. Amanhã será ainda mais difícil. Depois de amanhã será um dia lindo. Mas a maioria das empresas vai morrer amanhã à noite, sem ter a chance de ver o sol nascer depois de amanhã.” (Jack Ma)
Essa frase do fundador do Alibaba Group sempre soou como maldição de bruxa de uma peça do Shakespeare. Não parece? Mas com o tempo sua sabedoria foi se impondo para mim. Tem a ver com resiliência – ou, mais precisamente ainda, com desempenho sustentável, que é o tipo de desempenho que todos nós deveríamos buscar.
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![HSM103](//images.ctfassets.net/ucp6tw9r5u7d/5hvxHPW70jgfLpSMIJ4b6y/d624a91e248c960ddff0e477f985e769/HSM103.jpg)
Trago a citação aqui por ter muito a ver com esta edição. A última nesse formato tradicional, impresso e digital. Desde 1997, entra e sai bimestre, saímos transformados da leitura de __HSM Management__, prontos para o depois de amanhã. A imersão é tal que já foi comparada a livros, a um HSM+, a um MBA… Mas é preciso entender o contexto. HSM Management nasceu e floresceu em tempos de escassez de conteúdo de gestão de excelência no Brasil. Como já comentei aqui, toda a minha formação, e de tantos executivos que admiro, passou por ler religiosamente esta revista (lembro-me dos exemplares acima), que trazia o que não se encontrava em nenhum outro lugar, e muito rápido.
Agora, a situação mudou, para o extremo oposto: temos abundância, para não dizer excesso, de conteúdo – de qualidade variável, é verdade, mas é um excesso. Então, a função de __HSM Management__ tem de passar a ser a de filtragem, curadoria. E deve fazê-lo muito mais rápido, em um trabalho non-stop – diário, semanal, mensal, bimestral. Pois é isso que passamos a oferecer este ano, em vários formatos, prioritariamente digitais. Assim como, nos anos 1990, atravessamos o rio Rubicão para entregar a produção HSM Management, com redações no Brasil, na Argentina e correspondentes nos EUA e na Europa, estamos atravessando agora nosso segundo rio Rubicão para entregar a curadoria HSM Management. Nas duas vezes, nos sentimos como Júlio César desafiando o Senado. (No caso, o status quo dos hábitos de consumo de conteúdo.) Acho que poderemos novamente mudar a história da nossa Roma corporativa.
O conteúdo desta edição nos ajuda a atravessar muitos Rubicões para chegar ao dia ensolarado de depois de amanhã que Jack Ma descreve. O Dossiê, estampado na capa, traz catalisadores-chave de desempenho, usando a terminologia Jim Collins – a nossa redação preferiu chamá-los de boosters, como nos games. São pequenos mecanismos aceleradores. Eu citaria todos, mas não cabe. E ainda damos uma entrevista exclusiva com o “pai da complexidade” Dave Snowden e temos artigo do corporate hacker Courtnay Guimarães falando de metaeconomia. Boost 2024!