Estratégia e Execução

Educação executiva

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Em 1990, quando afirmou que toda empresa precisava converter-se em uma organização que aprende (learning organization), Peter Senge dificilmente fazia ideia da dor de cabeça que causaria ao universo empresarial. Um exército de escolas invadiu as empresas para dar aulas, uma multidão de professores atraiu os gestores para serem seus alunos e logo surgiu o primeiro problema: como, muitas vezes, o aluno entende mais de negócios do que o professor, não era fácil este capturar a atenção daquele. 

O desafio mantém-se até hoje, assim como acontece com o tempo que o gestor consegue dedicar ao estudo, cada vez mais escasso diante das agendas lotadas de emergências. Reconhece-se, no entanto, que Senge tinha razão. A complexidade crescente do mundo só pode ser resolvida com o aprendizado permanente. Mas o modo de oferecer tal aprendizado precisa ser ajustado, e é o que começa a acontecer. Alguns pregam o fim da educação executiva como ela tem sido até agora, outros veem o início de uma renascença, mas o fato é que se transformam as metodologias aplicadas ao público executivo, o que passa por ver e tratar o gestor não como aluno, e sim como cocriador. 

Alguns especialistas creem até que a educação executiva está pronta para a mesma inovação de ruptura por que passou a indústria fonográfica com a tecnologia digital: os cursos online substituiriam os presenciais para difundir todo e qualquer conhecimento que não fosse tácito. 

Mudanças ainda mais radicais estão a caminho na era dos hashtags e, conforme muitos preveem, a educação executiva precisará converter-se em uma prática de negócio da empresa tal qual o marketing ou a logística para dar conta de todas elas. Este Dossiê reporta os problemas que as empresas vêm encontrando na educação executiva e as soluções mais avançadas em teste no mundo, e explicita a visão da HSM como provedora de educação executiva atuante no mercado brasileiro. Nossa diretora da área, Angela Fleury, apresenta uma proposta de aprendizado como atividade produtiva do gestor, enquanto nosso presidente, Rivadávia Drummond, dá um revelador depoimento pessoal.

**01 | O modelo atual está dando certo?**

**02 | As metodologias têm de mudar**

**03 | O aprendizado como prática do negócio**

**04 | O que a educação executiva pode ser – a visão de um  educador**

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