Desenvolvimento pessoal

Em e-mails e videochamadas, não abuse do jargão

Siga as dicas de Marcel Schwantes, do site Leadership From the Core, e pratique uma comunicação mais eficiente

Compartilhar:

As expressões idiomáticas em língua estrangeira e os jargões fazem parte da linguagem do mundo dos negócios e estão presentes no dia a dia de todas as organizações. Razões para isso não faltam: são convenientes, pois podem evitar dizer as coisas com todas as letras, sintetizam rapidamente uma ideia ou explicação, reforçam vínculos e o senso de identidade do grupo e permitem a compreensão entre países. 

No entanto, esse tipo de linguagem também tem aspectos negativos. “Algumas dessas expressões se transformaram em um dialeto corporativo que frequentemente soa como se fosse de outro planeta para quem não é do meio”, afirma Marcel Schwantes, criador do site Leadership From the Core.

Ele explica que os jargões podem irritar as outras pessoas, tornar o diálogo mais difícil e até mesmo transmitir uma mensagem diferente da que se deseja. Vale lembrar, no nosso caso, que muitas dessas expressões têm origem no inglês e sofrem com a imprecisão da tradução. 

“Procure substituir os jargões por falas mais específicas e claras, preferencialmente as que sejam de uso corrente no seu idioma”, recomenda o especialista. “Sua equipe, seus colegas e seus clientes vão agradecer”, acrescenta. Ele selecionou algumas expressões que devem ser abandonadas, às quais somamos outras, na mesma linha. 

**Pensar fora da caixa**

A origem mais provável dessa expressão é um jogo que se popularizou nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970. Significa pensar sem restrições, mas acaba sendo usada para quase todas as situações que envolvem criatividade e inovação. Por que não dizer, simplesmente, “seja criativo” ou “precisamos inovar”, por exemplo? 

**Levar para o próximo nível**

Nesse caso, se a expressão não for de uso corrente para seu interlocutor, ele pode se perguntar: próximo nível do quê? Do jogo? 

**Work smarter, not harder**

Essa é uma expressão que vem se espalhando no ambiente de negócios no País, assim mesmo, em inglês. Mas nem precisava. A ideia de “trabalhar de forma inteligente” faz parte da língua portuguesa. 

**Calçar os sapatos do cliente**

Esse é um típico exemplo de expressão em inglês traduzida para o português de forma inadequada. Não usamos a ideia de calçar ou se colocar nos sapatos do outro. De forma mais simples, costuma-se falar da necessidade de se colocar no lugar do outro.

**Ser assertivo**

Assertividade é uma palavra cada vez mais em moda. Mas não está relacionada à ideia de acerto, como costuma ser usada. Ser assertivo não significa estar certo, ou ter alto nível de acertos. Assertividade é a capacidade de transmitir sua mensagem de maneira firme e segura; ser assertivo é falar de forma clara e direta, por exemplo. E mais: uma análise ou processo dificilmente podem ser considerados assertivos; mais correto é dizer que foram ou devem ser precisos ou ter elevado nível de exatidão.

**Bottom line**

Em inglês, a expressão surge quando alguém se refere ao mais importante ou àquilo que resulta de uma discussão ou processo. Em português, há termos mais precisos, como o essencial, o fundamental ou resultado.

**Coworking** 

Refere-se a um modelo de trabalho no qual o mesmo ambiente é compartilhado por diversas pessoas ou empresas. Mas vem sendo usado para substituir “colaboração”, de mais fácil entendimento.  

**Follow-up**

Jargão que significa acompanhar, avaliar e dar retorno sobre o andamento de tarefas. Também, nesse caso, o uso de palavras em português pode melhorar o entendimento.

Compartilhar:

Artigos relacionados

A aposta calculada que levou o Boticário a ser premiado no iF Awards

Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Tecnologia & inteligencia artificial, Inovação & estratégia
19 de setembro de 2025
Sem engajamento real, a IA vira promessa não cumprida. A adoção eficaz começa quando as pessoas entendem, usam e confiam na tecnologia.

Leandro Mattos - Expert em neurociência da Singularity Brazil

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de setembro de 2025
Ignorar o talento sênior não é só um erro cultural - é uma falha estratégica que pode custar caro em inovação, reputação e resultados.

João Roncati - Diretor da People + Strategy

3 minutos min de leitura
Inovação
16 de setembro de 2025
Enquanto concorrentes correm para lançar coleções sazonais inspiradas em tendências efêmeras, o Boticário demonstra que compreende um princípio fundamental: o verdadeiro valor do design não está na estética superficial, mas em sua capacidade de gerar impacto social e econômico simultaneamente. A linha Make B., vencedora do iF Design Award 2025, não é um produto de beleza – é um manifesto estratégico.

Magnago

4 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Bem-estar & saúde, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
15 de setembro de 2025
O luto não pede licença - e também acontece dentro das empresas. Falar sobre dor é parte de construir uma cultura organizacional verdadeiramente humana e segura.

Virginia Planet - Sócia e consultora da House of Feelings

2 minutos min de leitura
Marketing & growth, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
12 de setembro de 2025
O futuro do varejo já está digitando na sua tela. O WhatsApp virou canal de vendas, atendimento e fidelização - e está redefinindo a experiência do consumidor brasileiro.

Leonardo Bruno Melo - Global head of sales da Connectly

4 minutos min de leitura
Liderança, Cultura organizacional, Inovação & estratégia, Tecnologia & inteligencia artificial
11 de setembro de 2025
Agilidade não é sobre seguir frameworks - é sobre gerar valor. Veja como OKRs e Team Topologies podem impulsionar times de produto sem virar mais uma camada de burocracia.

João Zanocelo - VP de Produto e Marketing e cofundador da BossaBox

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, compliance, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Liderança
10 de setembro de 2025
Ambientes tóxicos nem sempre vêm da cultura - às vezes, vêm de uma única pessoa. Entenda como identificar e conter comportamentos silenciosos que desestabilizam equipes e ameaçam a saúde organizacional.

Tatiana Pimenta - CEO da Vittude

5 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Inovação & estratégia
9 de setembro de 2025
Experiência também é capital. O ROEx propõe uma nova métrica para valorizar o repertório acumulado de profissionais em times multigeracionais - e transforma diversidade etária em vantagem estratégica.

Fran Winandy e Martin Henkel

10 minutos min de leitura
Inovação
8 de setembro de 2025
No segundo episódio da série de entrevistas sobre o iF Awards, Clarissa Biolchini, Head de Design & Consumer Insights da Electrolux nos conta a estratégia por trás de produtos que vendem, encantam e reinventam o cuidado doméstico.

Rodrigo Magnago

2 minutos min de leitura
Tecnologia & inteligencia artificial, Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
5 de setembro de 2025
O maior desafio profissional hoje não é a tecnologia - é o tempo. Descubra como processos claros, IA consciente e disciplina podem transformar sobrecarga em produtividade real.

Diego Nogare

6 minutos min de leitura