ESG, ESG, Diversidade
2 min de leitura

Escolha a sociedade que você financia

Essa semana assistimos (atônitos!) a um CEO de uma empresa de educação postar, publicamente, sua visão sobre as mulheres.
Diretora executiva de franquias da Algar, empresa brasileira de telecomunicações. Tem experiência de 30 anos como executiva em negócios, franquias, varejo, marketing e estratégia empresarial com liderança de unidades e projetos de negócios e equipes multiskills. Entusiasta por novos modelos de negócios, inovação em varejo, tendências e tecnologia.

Compartilhar:

Semana passada assistimos (atônitos!) a um CEO de uma empresa de educação postar, publicamente, sua visão sobre as mulheres.

Não nos faltam dados objetivos que comprovam o contrário do que ele disse.

Segundo dados publicados pela Forbes da consultoria Grant Thornton, o Brasil ocupa a 11ª posição no ranking de países com maior presença feminina em cargos de liderança Uma pesquisa da FIA Business School aponta que as mulheres eram 38% de todos os líderes do Brasil em 2023.

Essa mesma pesquisa, que analisou respostas de mais de 150 mil funcionários de 150 grandes empresas do país premiadas com o selo Lugares Incríveis para Trabalhar 2023, atestou que as mulheres são mais conhecidas e melhor avaliadas por suas equipes.

Para 50% dos entrevistados, as  mulheres CEOs têm uma gestão excelente e 79% confiam totalmente em sua CEO.

Pesquisa de 2024 da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostrou importante evolução na liderança das operações franqueadas identificando que 3 em cada 10 (32,2%) são mulheres.

A fala desse CEO traz um posicionamento explícito e (infelizmente ainda) atual para uma questão subliminar de séculos.
E não bastasse o primeiro post, o pedido de desculpas é ainda pior…do tipo “penso isso para mim e minha vida pessoal mas não penso isso para minha empresa e minha vida profissional…”

O fato é que não é possível separar as empresas de seus fundadores e executivos mais importantes e nem nossas vidas pessoais das profissionais ou de nossa atuação coletiva.

Tanto que são inúmeros os movimentos profissionais que trabalham para evoluir temas como esses. Só no contexto do Varejo e do Franchising temos organizações relevantes como Movimento Mulheres do Brasil e Instituto Mulheres do Varejo.

Além do esforço consciente e proativo de milhares de empresas para discutir e equilibrar a questão.
Na Algar, grupo empresarial em que trabalho há 23 anos, existem vários programas e iniciativas para promoverem a diversidade e inclusão. Só no comitê de direção da empresa 50% são mulheres e na área de negócios 40% são diretoras.

Sim, há sempre o que evoluir, mas a busca é atenta e constante.

Mas é fato também que o que mantém empresas com posicionamentos assim é cada um de nós que compra seus produtos.

Sim, somos nós consumidores que promovemos (ou não) o crescimento e manutenção das empresas e, portanto, somos nos também que temos o poder de construir, em cada compra, que sociedade queremos ter.

Há algumas décadas descobri que pequenas milhares de ações cotidianas tem um poder irrevogável e unicamente consistente de fazer acontecer o que a gente realmente quer e acredita.

E é esse o meu convite para você: financie, conscientemente, com seu poder de compra a sociedade que você quer deixar para seus filhos.

É ela que está em obras sempre.

Compartilhar:

Diretora executiva de franquias da Algar, empresa brasileira de telecomunicações. Tem experiência de 30 anos como executiva em negócios, franquias, varejo, marketing e estratégia empresarial com liderança de unidades e projetos de negócios e equipes multiskills. Entusiasta por novos modelos de negócios, inovação em varejo, tendências e tecnologia.

Artigos relacionados

Bem-estar & saúde, Liderança
26 de novembro de 2025
Parar para refletir e agir são forças complementares, não conflitantes

Jose Augusto Moura - CEO da brsa

3 minutos min de leitura
Marketing & growth
25 de novembro de 2025

Rafael Silva - Head de Parcerias e Alianças na Lecom Tecnologia

4 minutos min de leitura
Inovação & estratégia, ESG
24 de novembro de 2025
Quando tratado como ferramenta estratégica, o orçamento deixa de ser controle e passa a ser cultura: um instrumento de alinhamento, aprendizado e coerência entre propósito, capital e execução.

Dárcio Zarpellon - Chief Financial Officer na Hypofarma

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
22 de novembro de 2025
Antes dos agentes, antes da IA. A camada do pensamento analógico

Rodrigo Magnano - CEO da RMagnano

5 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho, Cultura organizacional
21 de novembro de 2025
O RH deixou de ser apenas operacional e se tornou estratégico - desmistificar ideias sobre cultura, engajamento e processos é essencial para transformar gestão de pessoas em vantagem competitiva.

Giovanna Gregori Pinto - Executiva de RH e fundadora da People Leap

3 minutos min de leitura
Inteligência Artificial, Liderança
20 de novembro de 2025
Na era da inteligência artificial, a verdadeira transformação digital começa pela cultura: liderar com consciência é o novo imperativo para empresas que querem unir tecnologia, propósito e humanidade.

Valéria Oliveira - Especialista em desenvolvimento de líderes e gestão da cultura

3 minutos min de leitura
Cultura organizacional, Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
19 de novembro de 2025
Construir uma cultura organizacional autêntica é papel estratégico do RH, que deve traduzir propósito em práticas reais, alinhadas à estratégia e vividas no dia a dia por líderes e equipes.

Rennan Vilar - Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional

3 minutos min de leitura
Inovação & estratégia
18 de novembro de 2025
Com agilidade, baixo risco e cofinanciamento não reembolsável, a Embrapii transforma desafios tecnológicos em inovação real, conectando empresas à ciência de ponta e impulsionando a nova economia industrial brasileira.

Eline Casasola - CEO da Atitude Inovação, Atitude Collab e sócia da Hub89 empresas

4 minutos min de leitura
Gestão de pessoas & arquitetura de trabalho
17 de novembro de 2025
A cultura de cocriação só se consolida quando líderes desapegam do comando-controle e constroem ambientes de confiança, autonomia e valorização da experiência - especialmente do talento sênior.

Juliana Ramalho - CEO da Talento Sênior

4 minutos min de leitura
Liderança
14 de novembro de 2025
Como dividir dúvidas, receios e decisões no topo?

Rubens Pimentel - CEO da Trajeto Desenvolvimento Empresarial

2 minutos min de leitura

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança

Baixe agora mesmo a nossa nova edição!

Dossiê #170

O que ficou e o que está mudando na gangorra da gestão

Esta edição especial, que foi inspirada no HSM+2025, ajuda você a entender o sobe-e-desce de conhecimentos e habilidades gerenciais no século 21 para alcançar a sabedoria da liderança